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Brasil é superpotência alimentar e exporta sustentabilidade, diz Troyjo


O economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (o Banco dos Brics), vê o Brasil como “superpotência alimentar” e “grande exportador de sustentabilidade”.

Troyjo cita fatores estruturais e conjunturais que posicionam o país como um fornecedor de alimentos confiável e diferenciado.

“A aliança entre agro e meio ambiente dá esse diferencial de sustentabilidade ao Brasil”, afirmou Troyjo, em participação no CNN Entrevistas.

Ele enfatiza, porém, a necessidade de uma postura mais ativa no exterior: “O nosso esforço de comunicação, o nosso esforço de diplomacia econômica, o nosso marketing tem que estar recheado dessa mensagem de exportação de sustentabilidade. É algo que a gente não tem feito”.

Do lado estrutural, Troyjo explica uma importante mudança demográfica em curso no planeta.

Segundo ele, dos 198 países do mundo, 184 terão declínio populacional nos próximos 25 anos.

Nove, entretanto, sustentarão um crescimento “robusto” da população global: três asiáticos (Índia, Paquistão, Indonésia); cinco africanos (Nigéria, Sudão, Tanzânia, Congo, Uganda); e os Estados Unidos.

“Haverá uma demanda ainda maior de alimentos no mundo. De onde eles vão vir? Você tem quatro grandes produtores”, afirma Troyjo, iniciando sua explicação e elencando um por um.

“A China, por conta do tamanho de sua população e do seu mercado, é importadora líquida de alimentos. A Índia é outra grande produtora, mas com gravíssimos problemas de abastecimento hídrico, uma produção ainda muito voltada à economia de subsistência, em pequenas propriedades. Os Estados Unidos, com oscilações, mas sem ter tanta competitividade em algumas áreas“, argumenta o economista, que foi secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais no governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Quem pode responder a esse desafio? É o Brasil. É o único país que tem um teto retrátil para produzir com sustentabilidade. Tem as maiores reservas hídricas do mundo, tem um fenômeno extraordinário, que são os rios voadores.”

A questão conjuntural, também citada por Troyjo, remete à guerra tarifária deflagrada pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos.

Em resposta às sobretaxas adotadas pela Casa Branca, a China decidiu impor restrições para as importações agrícolas de produtores americanos.

“Os chineses anunciaram retaliações às exportações americanas de soja, milho, frango, carne bovina. O único país do mundo que a capacidade, seja em termos de velocidade ou de escala para gerar esse efeito de substituição, é o Brasil”, ressalta.

“A geopolítica em torno de todas essas tensões está convocando o Brasil a ser uma superpotência alimentar”, conclui Troyjo.



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Funk brasileiro está prestes a virar febre global, diz The Economist


A atenção mundial se voltou ao Brasil depois de o filme “Ainda Estou Aqui” receber o Oscar de melhor filme estrangeiro no último domingo (2).

A trilha sonora da obra alimenta o imaginário no exterior de que o Brasil ainda é o país do samba e da bossa nova. Mas esta imagem está “desatualizada”, diz a revista britânica The Economist em artigo publicado nesta quinta-feira (6).

“Os brasileiros modernos preferem o sertanejo, um gênero de música caipira, e o funk, um estilo que surgiu nas favelas do Rio. O funk, em particular, pode se tornar global e mudar a marca do Brasil no processo”, diz a revista, que destaca em seu site uma foto da cantora Anitta.

O veículo diz a seus leitores que a ascenção do sertanejo reflete as mudanças na economia do Brasil, que costumava ser baseada na indústria, mas agora é impulsionada pela agricultura.

Leo Morel, da Midia Research, disse à The Economist que a maioria dos produtores de música do Brasil ficava sediada no Rio mas, à medida que a agricultura se tornou mais importante, “os Estados rurais começaram a ganhar voz”. O texto destaca que os temas dos cantores sertanejos são gado, cerveja e caminhonetes americanas.

Mas apesar do domínio do sertanejo, a revista diz que o estilo tem pouco potencial de exportação. Morel diz à The Economist que poucos artistas sertanejos brasileiros se preocupam em se tornar globais.

A revista contextualiza os leitores com o histórico do funk brasileiro, surgido no final da década de 80 e inspirado no Miami bass e electro-funk, subgêneros do hip-hop americano que incorporam bateria eletrônica.

Explica ainda que os brasileiros criaram seu próprio funk e que “desenvolveram uma subcultura em torno do gênero”, com movimentos como o “passinho” para os homens e a “rebolada” para as mulheres, que eles chamam de “uma variante acelerada do twerking”.

A The Economist diz que os temas e letras do funk brasileiro muitas vezes podem ser violentos.

“Em um baile funk recente em uma favela no bairro carioca da Glória, adolescentes andavam com fuzis pendurados nos ombros e cintos de cartucheiras na cintura. Um homem de 20 e poucos anos acenava com um fuzil semiautomático incrustado de ouro. Atrás do palco, homens armados guardavam uma mesa empilhada com bolsas de cocaína para venda”, descreve.

Em entrevista à revista, a professora de dança e curadora de uma exposição sobre o funk no Rio, Taísa Machado, diz que seus alunos eram frequentadores assíduos dos bailes funk. “Agora eles são dentistas e terapeutas que moram em bairros ricos. A maioria é branca. Essa normalização irritou os legisladores conservadores”.

Novos embaixadores da música brasileira?

Para a The Economist, se embaixadores da música do Brasil costumavam ser artistas como Gilberto Gil, “hoje o mascote preferido é Anitta”.

A revista destaca que ela trabalhou por muitos anos para chegar ao mercado internacional, aprendeu espanhol e inglês, comprou uma casa em Miami e assinou com uma gravadora de prestígio, a Republic Records.

Diz ainda que, em 2022, ela foi a primeira brasileira a chegar ao topo das paradas globais do Spotify com sua música Envolver, um reggaeton cantado em espanhol.

A The Economist diz que o fato de ela ter precisado aprender dois novos idiomas e misturar gêneros para se tornar uma artista global revela a dificuldade que artistas brasileiros têm para alcançar um público internacional.

A revista conta que Beyoncé e Kanye West, duas superestrelas americanas, usaram batidas de funk em seus novos álbuns.

Um produtor com experiência nos Estados Unidos entrevistado pelo veículo disse que músicos de lá não faziam ideia do que era o funk até recentemente, mas que agora ele tem recebido ligações de Timbaland e Snoop Dogg pedindo por batidas.

A The Economist diz que a América Latina e a África Subsaariana são os mercados de música que mais crescem no mundo.

Roberta Pate, do Spotify Brasil, disse ao veículo que embora a América Latina tenha apenas 8% da população mundial, ela é responsável por quase um quarto da base de usuários ativos mensais do Spotify.

Diz ainda que o ingrediente fundamental para o sucesso de gêneros internacionais, como reggaeton, foi a “consistência na forma como os artistas dedicam seus recursos para conquistar o público global”.

Para a revista, se Anitta for capaz de seguir o exemplo, o crescimento global do funk pode não estar longe.

Reportagem publicada originalmente aqui.



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Destinos brasileiros para curtir os próximos feriados de 2025 sem muvuca


Especialistas recomendam lugares fora da rota de cada época e que podem sair mais em conta em relação aos momentos de alta temporada.



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Descoberto “laboratório” de produção de skank na fronteira


Agentes Especiais da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) do Paraguai, realizaram neste sábado uma operação em uma área rural da Colônia Umbú, no distrito de Capitán Bado, Departamento de Amambay. Durante a incursão, as autoridades identificaram uma base de produção de skunk.  

No local, os agentes encontraram um acampamento equipado com gerador, iluminação artificial, motor de bomba e outros materiais utilizados no cultivo da droga. Dois cidadãos colombianos foram presos.  Bili Bran Pequi Campo e Edwin Fraydo Martinez Pequi, apontados como especialistas na produção dessa variedade de cannabis. Segundo as investigações, eles teriam sido recrutados por organizações criminosas da região para desenvolver a plantação e treinar produtores locais.

As equipes localizaram e destruíram aproximadamente 18 mil mudas de maconha de uma variedade especial. Essa cepa foi originalmente desenvolvida na Califórnia, nos Estados Unidos, e se destaca por seu alto teor de THC, que pode atingir 30%, muito superior à maconha convencional cultivada na região, cuja concentração geralmente não ultrapassa 10%.

O foco das organizações criminosas nesse tipo de droga se deve à grande demanda no mercado brasileiro, onde o quilo skunk pode atingir 4 mil dólares, um valor significativamente superior ao da maconha comum. A SENAD reforçou que continuará com operações na fronteira para desarticular essas redes de produção e tráfico de entorpecentes.



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Femicídios crescem e casos de estupro batem recorde no Rio em 2024


O número de mulheres vítimas de feminicídio aumentou 8% no estado do Rio de Janeiro em 2024. Foram 107 vítimas, contra 99 registradas em 2023. Esse é o segundo maior patamar desde 2016, quando este crime passou a ser contabilizado nas estatísticas feitas pelo Instituto de Segurança Pública.

O dado faz parte do Panorama da Violência Contra a Mulher 2025, lançado neste sábado (08), Dia Internacional da Mulher, pelo Governo do Estado.

O termo feminicídio designa o assassinato de mulheres como crime de ódio ou em contexto de desigualdade de gênero, como violência doméstica, por exemplo.

Em 2015, isso se tornou uma qualificação, o que agrava a pena por homicídio. No ano passado, o feminicídio foi transformado em um crime autônomo, que não agrava a pena.

O mesmo panorama mostra que o assassinato de mulheres em razão do seu gênero cresceu mesmo com a diminuição de 26,3% dos homicídios dolosos com vítimas femininas, o que inclui também aqueles onde o sexismo não foi um fator determinante.

Em 2024, foram 140 registros – o que significa que 76% dessas mulheres foram vítimas de feminicídio. Já em 2023, o estado do Rio teve 190 homicídios dolosos em geral praticados contra mulheres, incluindo 99 feminicídios, ou seja 52% do total.

Além disso, as delegacias do estado receberam 370 denúncias de tentativa de feminicídio em 2024, um recorde na série histórica, que é 20% maior do que os 308 registros feitos em 2023.

O Rio de Janeiro conta com 14 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, e em 2024, somente nessas unidades foram feitos mais de 36 mil registros de ocorrência, sendo 22.710 relacionados a medidas protetivas.

A denúncias de estupro feita por mulheres e meninas também bateram o recorde em 2024, passando de 5 mil, cerca de 300 a mais do que em 2023.

Já os casos de importunação sexual – que é o termo correto para a prática mais conhecida como assédio, quando alguém pratica atos libidinosos sem o consentimento da outra pessoa – foram 2441, outro recorde.

Denúncia e ajuda

Além de denunciar qualquer tipo de violência diretamente nas delegacias, as vítimas também podem acionar a Polícia Militar, caso ainda estejam sofrendo a violência ou em perigo iminente.

No Rio de Janeiro, as vítimas de violência doméstica também são atendidas pelo programa Patrulha Maria da Penha, que tem como principal função garantir que as medidas protetivas sejam cumpridas e encaminhar as mulheres para a rede de proteção. Em cinco anos, mais de 91 mil mulheres foram assistidas em cerca de 343 mil atendimentos.

As mulheres também podem baixar o aplicativo Rede Mulher, disponível para todos os aparelhos de celular. Ele oferece informações sobre os serviços de proteção à mulher disponíveis no estado e também permite que a vítima peça socorro a amigos e familiares de forma rápida e fácil, e acione a Polícia Militar, com somente alguns cliques.



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“Nunca subestime o poder da sua jornada”: Ingrid Silva discursa na ONU em celebração do Dia Internacional da Mulher


Em entrevista à Globonews, a bailarina relembrou a trajetória e ressaltou a importância da inclusão na dança. Ingrid Silva ganhou destaque mundial ao se tornar a primeira bailarina negra a ter as sapatilhas de ponta da cor da sua pele.



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8 de Março: denúncias de assédio a mulheres no trabalho aumentam 16,8%


A data de 8 de março é reconhecida internacionalmente como o Dia Internacional da Mulher e motivo de celebração pelos avanços e medidas para equiparação de gênero. Mas, de acordo com dados obtidos pela CNN, um outro ponto é de preocupação: as denúncias de assédio sexual contra mulheres em ambiente de trabalho cresceram 16,8% em um ano.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou 1.281 denúncias em 2023, 143 termos de ajustes de conduta (TACs) e 45 ações civis. Em 2024, os números saltaram para 1.497 denúncias, 151 TACs e 50 ações.

O termo de ajuste é um instrumento extrajudicial, por meio do qual as partes se comprometem, perante os promotores de Justiça e os procuradores da República, a cumprirem determinadas condições, de forma a resolver o problema que estão causando ou a compensar danos e prejuízos já causados.

Em 2025, o MPT já recebeu 240 denúncias, até 6 de março, e realizou 25 termos de ajustes de conduta.

À CNN, Michelle Heringer, advogada especialista no enfrentamento do assédio no trabalho, explica que o assédio sexual é caracterizado por condutas de natureza sexual indesejadas, que podem ocorrer de forma verbal, não verbal ou física, “criando um ambiente intimidatório, hostil ou ofensivo para a vítima”.

“É fundamental registrar provas. Quando se alega a situação de assédio é necessário provar, o que se torna difícil quando falamos desse tipo de violência”.

A especialista lista as provas mais eficazes:

  • Mensagens escritas (e-mails, mensagens de texto, WhatsApp) que demonstrem o comportamento inadequado.
  • Gravações de áudio ou vídeo, desde que a vítima faça parte do diálogo;
  • Testemunhas que possam confirmar a conduta do assediador.
  • Registro detalhado dos episódios (data, hora, local, contexto e impacto).
  • Laudos médicos ou psicológicos, caso haja consequências emocionais ou físicas.

A advogada que atua nessas causas avalia que falta punição real e efetiva a quem assedia, que as medidas mais severas desencorajariam condutas abusivas. Além de haver mais mecanismos de denúncia seguros e confiáveis, sem risco de revitimização.

Exemplos de assédio

1) Uma funcionária ser tocada ou ouvir comentários de cunho sexual por parte do chefe e ser chantageada a não resistir pois ela pode ser demitida ou perseguida no trabalho.

2) Uma funcionária começar a ser elogiada de forma inicialmente sem ser invasiva, mas os comentários começarem a “piorar”.

3) Em deslocamentos de trabalho, um colega passar a mão na perna da funcionária e sugerir irem para outro lugar.

Como denunciar

Para formalizar uma denúncia de assédio é necessário acessar o site do MPT, selecionar o seu estado e relatar a situação, incluindo os detalhes, as vítimas, os agressores e as testemunhas, além de indicar o endereço, e-mail ou telefone das testemunhas, se possível.

Dados de assédio sexual no trabalho

(Fonte: MPT)

2025 (até 6 de março)

  • Denúncias: 240
  • Ações: 6
  • Termos de ajuste de conduta (TACs): 25

2024

  • Denúncias: 1.497
  • Ações: 50
  • TACs: 151

2023

  • Denúncias: 1.281
  • Ações: 45
  • TACs: 143



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Brasil pode perder R$ 1 bilhão com isenção na importação de alimentos


A isenção do imposto de importação (II) de nove produtos alimentícios, anunciada na noite de quinta-feira (6/3) pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), pode gerar perda de arrecadação da ordem de R$ 1 bilhão por ano. O objetivo da medida é arrefecer a inflação dos alimentos, que está pressionando o governo.

O cálculo é de Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos. O total da arrecadação perdida no ano de 2025 vai depender do início da vigência da medida, além de considerações de sazonalidade. Salto explica que o custo para os cofres públicos não é muito relevante, ao menos neste momento.

O Ministério da Fazenda ainda não apresentou o cálculo oficial de impacto fiscal das medidas. O ministro Fernando Haddad, inclusive, não participou das reuniões desta semana em Brasília, pois tem passado os últimos dias no gabinete em São Paulo. Representaram o ministro o secretário-executivo, Dario Durigan, e o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.

Terão as alíquotas de importação zeradas:

  • Café, hoje taxado em 9%;
  • Azeite de oliva, hoje em 9%;
  • Óleo de girassol, hoje em 9%;
  • Milho, hoje em 7,2%;
  • Açúcar, hoje em 14%;
  • Sardinha, hoje em 32%;
  • Biscoito, hoje em 16,2%;
  • Massa alimentícia (macarrão), hoje em 14,4%; e
  • Carne, hoje em 10,8%.

Segundo Salto, são três os produtos que respondem pela quase totalidade do efeito fiscal da isenção: azeite, milho e carnes.

A medida ainda não tem data para entrar em vigência, pois depende da aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que deverá identificar os códigos dos produtos isentos.

Portanto, essa é uma estimativa preliminar dos efeitos fiscais a partir de dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Lula citou possíveis novas medidas drásticas

Em agenda em Minas Gerais nesta sexta-feira (7/3), o presidente Lula dedicou uma grande parte do discurso ao problema dos alimentos.

“Eu quero que vocês saibam que preço do café está muito caro para o consumidor, o preço do ovo está muito caro, o preço do milho está caro e nós estamos tentando encontrar uma solução. A gente não quer brigar com ninguém, a gente quer encontrar uma solução pacífica”, disse Lula.

“Mas, se a gente não encontrar, a gente vai ter que tomar atitude mais drástica, porque o que interessa é levar a comida barata para a mesa do povo brasileiro”, destacou o chefe do Palácio do Planalto.

As medidas já anunciadas não foram bem recebidas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Para a bancada, as iniciativas são “pontuais e ineficazes para efeito imediato”.

“A redução mais eficiente para combater a inflação de alimentos é a colheita da safra brasileira que ocorre nos próximos meses e a correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil”, ressaltou a FPA em nota.
Para a bancada do agro, a gestão petista “tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação”.



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Governo busca novo slogan e deve aposentar “União e Reconstrução“ | Blogs


O governo deverá abandonar o slogan “União e Reconstrução” e adotar um novo lema para marcar uma virada no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A busca por uma nova identidade ocorre em meio ao desafio do Palácio do Planalto de reverter a queda de popularidade da gestão.

À CNN, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, afirmou que o maior desafio neste momento é aumentar a percepção da população sobre as ações realizadas pelo governo Lula nos dois primeiros anos de mandato.

“Estamos analisando um novo slogan para o governo. Pretendemos divulgar todas as ações que já foram feitas durante esses dois anos. O que o governo já fez é muito maior do que a percepção popular. Esse é o nosso grande desafio”, disse Sidônio.

O slogan “União e Reconstrução” foi adotado no início do governo para marcar o retorno do presidente Lula ao Palácio do Planalto após vencer a eleição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ideia era justamente passar a ideia de que a nova gestão tinha como objetivo unir o país após uma disputa presidencial radicalizada.

Agora, porém, na avaliação de interlocutores do Planalto, o lema “União e Reconstrução” já não comunica a mensagem do governo. O presidente Lula tem insistido que 2025 deverá ser o “ano da colheita” e de apresentar os resultados.

Como mostrou a CNN, Lula tem recebido a promessa de que, até julho deste ano, o governo conseguirá reverter a tendência de queda em sua popularidade.

Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, divulgada nesta sexta-feira (7), aponta que a avaliação negativa da gestão Lula aumentou.

A amostra diz que 50,85 dos entrevistados consideram o governo ruim/péssimo, enquanto 37,6% acham ótimo/bom. Em janeiro, a avaliação positiva chegava a 37,8% e a negativa, 46,5%

O levantamento mostrou ainda que a desaprovação de Lula chegou a 53%, apresentando também um aumento em relação ao levantamento passado, enquanto a aprovação foi a 45,7%. Na aferição de janeiro, 51,4% desaprovavam o petista, enquanto 45,9% aprovavam.

Diante da queda da popularidade, Palácio do Planalto tem buscado medidas para reverter o cenário desfavorável.

Nesta quinta-feira (6), o governo anunciou um conjunto de ações para baratear os alimentos, incluindo a isenção de imposto de importação sobre alguns produtos e ações regulatórias para estimular a competitividade e reduzir custos.

O presidente Lula também deu início à reforma ministerial. Em busca de uma programa que seja a marca na gestão, demitiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e escolheu o ministro Alexandre Padilha, que será presidido pela ex-presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na Secretaria de Relações Institucionais.



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Crise no Theatro Municipal tem orquestra contra diretoria por causa de edital


Uma nova crise opõe a administração do Theatro Municipal de São Paulo e seus artistas. Em uma ação na Justiça do Trabalho, a Orquestra Sinfônica Municipal (OSM) pede a anulação de um edital, aberto em dezembro passado pela Sustenidos, a administradora do teatro, para a contratação de novos instrumentistas.

Segundo a associação dos músicos, a organização social ignorou as regras do regimento interno da orquestra ao redigir o documento, o que ameaça a qualidade do corpo artístico e pode precarizar as suas condições de trabalho. Ainda segundo a associação dos músicos, o chamamento não prevê a abertura de três importantes vagas —dois violinos e um primeiro trombone.

Do mesmo modo, o edital adota o critério de pontuação, e não de votação, como previsto no regramento. Atualmente, as três vagas são preenchidas por instrumentistas contratados em regime CLT, mas que não passaram por processo seletivo, outra violação do regimento interno do conjunto sinfônico.

“O critério de pontuação gera distorções na seleção dos músicos, e sabemos que a qualidade e integração da orquestra depende de processos seletivos”, diz o advogado Gabriel Franco da Rosa, que defende a associação. Segundo os artistas, o regimento, documento delineia os direitos e os deveres desses profissionais, sempre baseou as decisões tomadas em relação à orquestra.

Não à toa, eles estranham a alegação da Sustenidos de que o documento não deve ser observado ao se elaborar um edital para contratação. Sob condição de anonimato, um funcionário do Municipal afirmou que a orquestra está em choque. Ele relatou também que esse é o momento mais tenso entre os músicos e a diretoria, desde que a Sustenidos assumiu o controle da instituição cultural, em maio de 2021.

Em nota, a organização social diz buscar procedimentos transparentes e imparciais em seus processos seletivos. Por isso, decidiu adotar o critério de pontuação, e não de votação.

“Quanto às vagas atualmente preenchidas por músicos que não passaram por processo seletivo, os mesmos foram contratados por gestões anteriores e a nós transferidos com contrato de trabalho por tempo indeterminado. A Sustenidos não pode ser responsabilizada por supostos erros cometidos antes que tenha assumido o contrato de gestão”, diz a nota. A administradora disse, por fim, cumprir com o seu contrato e todas as legislações pertinentes.

O regente titular da orquestra, Roberto Minczuk, não se manifestou até a publicação deste texto. Dias após a publicação do edital, os chefes de naipe da orquestra chegaram a enviar uma carta à diretoria do teatro, agora formada por Andrea Caruso Saturnino e Alessandra Costa, pedindo a abertura daquelas três vagas e o cumprimento dos critérios do regimento.

Como as demandas não foram atendidas, os músicos decidiram entrar com a ação. A defesa da Sustenidos disse à Justiça ser descabida a alusão ao regimento interno, documento inexistente, e que os três músicos estão sendo discriminados.

Contudo, a permanência desses artistas havia sido condicionada a realização de novo processo seletivo, como ficou acordado em reunião presidida, em outubro, por Minczuk. A liminar que requeria a anulação do edital foi negada em primeira instância.

Segundo a defesa da associação, os músicos vão recorrer da decisão, caso não se chegue a um acordo com a diretoria do teatro, em uma audiência, prevista para ocorrer daqui a duas semanas.

“Os músicos vão tomar todas as medidas legais para reverter essa situação”, afirma Rosa. “Não respeitar o regimento interno cria incerteza quanto às condições de trabalho dos artistas e dos próprios três músicos.”

O Sindicato dos Músicos Profissionais no Estado de São Paulo (Sindmussp) publicou uma nota de repúdio ao edital. “Trata-se de mais uma tentativa de rebaixar as condições de trabalho dos músicos do Theatro Municipal, dessa vez abruptamente e unilateralmente, não reconhecendo a validade do seu regimento interno, documento que vem delineando os direitos e os deveres dos músicos há dez anos.”

Há dois anos, o Coro Lírico Municipal entrou em crise com a Sustenidos, tremendo uma onda de demissões. A organização social havia elaborado uma avaliação interna, que decidiria a permanência ou não dos coristas. Naquele contexto, os artistas do Municipal afirmaram que o teatro sofria com a má gestão de seus recursos orçamentários.



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