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O Grande Debate: Lula deve retaliar o “tarifaço“ de Trump ou dialogar?


Os deputados federais Filipe Barros (PL-PR) e Tabata Amaral (PSB-SP) discutiram, nesta sexta-feira (4), em O Grande Debate, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve propor uma retaliação às tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O republicano anunciou na última quarta-feira (2) uma série de tarifas para a importação de produtos oriundos do exterior. Para o Brasil, a taxação aplicada ficou no patamar básico, de 10%.

Na outra ponta, Lula declarou na última quinta-feira (3) que o Brasil “não bate continência para nenhuma outra bandeira que não seja a verde e amarela”, e exigiu “reciprocidade no tratamento”.

Para Tabata, é preciso “lembrar” ao líder norte-americano da soberania brasileira.

“O presidente Lula recebeu um instrumento que foi uma lei aprovada pelo Congresso Nacional de forma praticamente unânime, inclusive com o apoio do PL, que é o partido de Bolsonaro e do deputado Filipe, dizendo presidente Lula, o Congresso Nacional nessa questão tá unido da esquerda à direta”, afirmou a parlamentar, citando o Projeto de Lei (PL) da Reciprocidade.

“A gente entende que a reciprocidade você poder devolver com uma tarifa, você poder questionar uma patente. Eu vou além, e esse é um ponto importante, pode ser sim um instrumento para a gente como nação lembrar aos Estados Unidos, lembrar ao presidente Donald Trump que essa é uma nação soberana, que essa é uma democracia que deve ser respeitada”, prosseguiu.

Já Barros acredita que as tarifas não deveriam surpreender o governo, pois já eram esperadas.

“No período eleitoral dos Estados Unidos, o presidente Trump disse para todo mundo aquilo que ele iria fazer. Não é surpresa para ninguém e não deveria ser surpresa para o governo brasileiro a taxação que eles têm feito não só ao Brasil, como a outros países”, disse o deputado, que é responsável hoje por presidir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) da Câmara.

“É preciso relembrar que a taxação que hora é colocada ao Brasil, um dos fatores que foram levados em consideração é a péssima relação ou a relação inexistente do governo brasileiro com o governo norte-americano”, afirma. Ele também acrescenta que o Brasil não está falando de reciprocidade com os Estados Unidos, “até porque o Brasil taxa mais os Estados Unidos do que os Estados Unidos taxam o Brasil”.



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Minha Casa, Minha Vida fará quase 3 milhões entregas até 2026, diz ministro


O programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” passará por uma significativa expansão, incluindo uma nova faixa de renda para atender famílias que ganham até R$ 12 mil mensais.

Jader Filho, ministro das Cidades, anunciou que o programa tem como meta entregar aproximadamente 3 milhões de imóveis até 2026.

De acordo com Filho, a decisão de ampliar o programa para incluir a classe média surgiu de um pedido do presidente Lula, mas foi intensificada devido a problemas no mercado imobiliário.

“Com a taxa de juros muito elevada, muitos recursos estão saindo da poupança e indo para outros investimentos, o que está fazendo com que a poupança se fragilize”, explicou o ministro à CNN.

Diagnóstico e soluções

O Ministério das Cidades identificou que, até 2025, cerca de R$ 30 bilhões devem sair da poupança, principal fonte de financiamento para a classe média.

Para evitar que essas famílias fiquem desassistidas, o governo criou uma nova faixa no programa, com condições mais atrativas.

A nova faixa, que pode ser considerada como “Faixa 4”, oferecerá taxas de juros de 10,5%, abaixo do que vinha sendo praticado por instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal (11,5%) e o Itaú (12%). Além disso, o prazo para financiamento foi estendido para até 420 meses.

Com o aporte de R$ 30 bilhões, o ministro estima que será possível atender 120 mil famílias brasileiras ainda este ano.

“Nós já reavaliamos essa meta, nós já estamos apontando para uma meta de 2 milhões e meio de novas unidades habitacionais nesses quatro anos”, afirmou Filho.

A expansão do programa representa um esforço do governo para enfrentar o déficit habitacional no país e, ao mesmo tempo, estimular o setor da construção civil.

Com a inclusão da classe média, o “Minha Casa, Minha Vida” busca se tornar uma solução mais abrangente para o problema da moradia no Brasil.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.



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José Mourinho é absolvido em acusação de racismo na Turquia


O técnico José Mourinho foi absolvido das acusações de racismo na Turquia. A decisão saiu nesta sexta-feira (4).

Como resultado da queixa criminal apresentada pelo Galatasaray Club contra nosso Diretor Técnico, José Mourinho, com base em racismo, o Ministério Público de Istambul decidiu que nenhum crime ocorreu e que não havia necessidade de processo. Resumindo; A queixa-crime foi concluída com decisão de não acusação. Nós o apresentamos ao público

Fenerbahçe, em comunicado oficial

“The Special One” vinha sendo acusado por conta de uma declaração feita após o clássico contra o Galatasaray, no qual disse que os jogadores do rival “pulavam como macacos” no banco de reservas.

Drogba sai em defesa de Mourinho

Ídolo do Galatasaray, Didier Droga defendeu o técnico português nas redes sociais. O marfinense frisou que considerava Mourinho como um pai, e que a figura não poderia ser considerada racista.

“Vocês sabem o quanto fiquei orgulhoso de vestir a camisa amarela e vermelha e o meu amor pelo clube mais condecorado da Turquia!! Todos nós sabemos o quão apaixonadas e acirradas as rivalidades podem ser, e eu tive a sorte de vivenciar isso. Vi os comentários recentes sobre José Mourinho. Acredite em mim quando digo que conheço José há 25 anos e que ele não é racista, e a história (passada e recente) está aí para provar isso. Vamos focar nos nossos jogos, apoiar os nossos brilhantes leões e vamos ganhar a liga para chegar perto dos nossos 5 estrelas. Como meu “pai” pode ser racista. Vamos lá, rapazes”, escreveu Drogba. 

O clima entre Mourinho e Galatasaray, no entanto, esquentou de vez. No último clássico, realizado na quarta-feira (02), o português agrediu o técnico do rival, Okan Buruk, com um beliscão no nariz.

Segundo o Fenerbahçe, “The Special One” está processando o Galatasaray em 1.907.000 liras turcas (cerca de R$ 300 mil) por conta da acusação de racismo.





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Bombeiros resgatam 26 feridos em acidente de ônibus no RS


As equipes do Corpo de Bombeiros resgataram 26 passageiros do ônibus que capotou na manhã desta sexta-feira (4), na região de Imigrante (RS), a cerca de 130 quilômetros de Porto Alegre. De acordo com o subcomandante do Batalhão, as vítimas foram encaminhadas aos hospitais mais próximos com lesões de moderado a grave.

Sendo assim, 18 passageiros foram encaminhados para o Hospital Ouro Branco, dois foram transferidos para o Hospital Bruno Born e seis no Hospital Estrela. Até o momento, sete óbitos foram confirmados no local do acidente.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o ônibus levava 31 alunos e três professores, além do motorista. O veículo estava com destino marcado à cidade de Imigrante, transportando alunos e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para uma visita técnica ao cactário da cidade.

A rodovia onde ocorreu o acidente foi bloqueada em ambos sentidos para atendimento da ocorrência.

*Sob supervisão



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Trump diz ver “momento perfeito“ para Fed reduzir os juros


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta sexta-feira (4) ao chair do Federal Reserve, Jerome Powell, que reduza a taxa de juros, afirmando que é o “momento perfeito” para fazê-lo.

“CORTE A TAXA DE JUROS, JEROME, E PARE DE FAZER POLITICA!”, disse Trump no Truth Social.



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Grupo recrutava ‘laranjas’ e dava curso para golpes no Piauí


A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), por meio da 2ª Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DEPATRI) de Parnaíba, deflagrou na manhã desta sexta-feira (4) a Operação Personagens. A ação visa desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas contra instituições bancárias, com prejuízo estimado em R$ 12 milhões.

As ações ocorreram nas cidades de Parnaíba, Luís Correia (PI) e em municípios do Maranhão. Um dos investigados, que se encontra na Itália, terá o mandado de prisão incluído na Difusão Vermelha da Interpol. A operação conta com a participação da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e cumpre 30 mandados de busca e apreensão e 27 mandados de prisão. Até o fechamento dessa matéria, 20 mandados de prisão já haviam sido cumpridos.

organização criminosa utilizava métodos sofisticados de fraude, incluindo falsificação de documentos, como RGs e CNHs, abertura de contas bancárias com dados falsos, obtenção de empréstimos fraudulentos e uso indevido de cartões de crédito.

A Polícia Civil identificou núcleos distintos dentro da organização, com um grupo responsável por recrutar “laranjas” para fornecer fotos e dados para a confecção de documentos falsos. Os criminosos também utilizavam as compras com milhas e a contratação de seguros de vida como parte do esquema.

Criminosos usavam “laranjas” e reconhecimento facial para aplicar golpes

Com os dados das vítimas, geralmente beneficiárias de programas previdenciários, os criminosos criavam contas bancárias digitais. Utilizavam a técnica de validação por reconhecimento facial, com a participação dos “laranjas”, para burlar a segurança dos bancos. Após a aprovação dos empréstimos fraudulentos, os valores eram transferidos para contas de intermediários e, posteriormente, para os membros da organização, incluindo seus líderes.

O líder da organização criminosa foi preso em Imperatriz (MA). Ele viajava pelo Brasil ensinando a aplicar os golpes financeiros. A PC-PI destacou a importância do trabalho de inteligência policial e da cooperação entre forças de segurança no combate a crimes complexos com ramificações interestaduais e internacionais.

Polícia Civil continua as investigações para identificar todos os envolvidos no esquema criminoso e recuperar os valores desviados.



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BDM: Payroll e Powell movimentam os mercados


O mercado financeiro global enfrenta mais um dia de agitação nesta sexta-feira (4), com a expectativa do Payroll, relatório oficial de emprego dos Estados Unidos, e declarações de membros do Federal Reserve (Fed), incluindo seu presidente, Jerome Powell.

A semana foi marcada por turbulências após o anúncio de novas tarifas por Donald Trump, que causou forte impacto nos mercados internacionais. Os investidores agora buscam sinais que possam guiar as apostas sobre possíveis cortes nas taxas de juros americanas.

Expectativas para o Payroll

O relatório de emprego, previsto para as 9h30 (horário de Brasília), deve mostrar a criação de 137 mil vagas em março, uma desaceleração em relação às 151 mil de fevereiro. A taxa de desemprego deve permanecer estável em 4,1%, assim como o ganho médio por hora, em 0,3%.

As declarações de Jerome Powell, agendadas para 12h25, são aguardadas com grande expectativa.

É provável que o presidente do Fed adote um tom mais cauteloso em comparação com sua última entrevista, quando defendeu que a inflação causada pelas políticas comerciais de Trump teria caráter transitório.

Impacto das tarifas de Trump

O anúncio de novas tarifas por Trump causou forte reação nos mercados.

As bolsas americanas registraram perdas equivalentes a US$ 2,5 trilhões em um único dia. O índice VIX, conhecido como “índice do medo”, disparou 39,5%, atingindo 30,02 pontos, nível associado a cenários de grande incerteza.

Curiosamente, o Ibovespa mostrou resiliência, com queda marginal de 0,04%, fechando em 131.140 pontos. Analistas atribuem esse desempenho ao fato de o Brasil ter recebido uma tarifa recíproca menor (10%) em comparação a outros parceiros comerciais importantes dos Estados Unidos.

Agenda econômica do dia

Além dos eventos nos EUA, o mercado brasileiro acompanha a divulgação da balança comercial de março, prevista para as 15h. Analistas estimam um superávit de US$ 7,2 bilhões.

No cenário internacional, destaca-se o encontro entre representantes da União Europeia e do Japão, às 9h45, para discutir o fortalecimento de relações bilaterais em segurança e defesa, além de desafios globais como a guerra na Ucrânia, a situação no Oriente Médio e a guerra tarifária iniciada por Trump.

 

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.



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“Sensação de marmita“: SP terá chuva forte e tempo abafado nesta sexta (4)


São Paulo terá um dia com alta probabilidade de chuva nesta sexta-feira (4). A temperatura mínima prevista é de 19°C e a máxima de 26°C. A chuva esperada deve ser de mais de 30 milímetros acumulados. umidade relativa do ar varia entre 77% e 100%. As informações são da Climatempo.

A previsão do tempo indica chuva ao longo do dia na capital paulista. O volume de água deve ser considerável, com acumulado de 30.4 milímetros. A umidade elevada, chegando a 100%, contribuirá para a sensação de tempo abafado.

Apesar da chuva, as temperaturas em São Paulo permanecerão amenas, variando entre 19°C e 26°C. velocidade do vento, relativamente baixa, de 9km/h, não deve influenciar significativamente a sensação térmica.

Alerta: grandes ondas podem atingir litoral Sul e Sudeste do Brasil

A Marinha do Brasil emitiu um alerta nesta quarta-feira (2) para ventos fortes e grandes ondas nas costas do litoral Sul e Sudeste do Brasil. As ondas variam entre 2,0 e 3,5 metros.

Entenda alerta emitido pela Marinha do Brasil

Na costa do Sudeste, o alerta começa na sexta-feira (4) pelo litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, devido ao avanço da frente fria, que já causa chuvas na região. A previsão é que os fortes ventos e o risco de ressaca prossiga no fim de semana.

No litoral de São Paulo, o mar começa a ficar agitado no decorrer da tarde e da noite desta sexta-feira (4). A previsão é de ondas com picos entre 2,0m a até 2,5m no sábado (5) e de 1,5m a até 2,0m no domingo (6), segundo a Climatempo.



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CEO do Santos abre o jogo sobre a permanência de Neymar no clube


O retorno de Neymar ao Santos movimentou não apenas o cenário esportivo brasileiro, mas também a estrutura do clube.

Convidado do CNN Esportes S/A deste domingo (6), Pedro Martins, CEO do Santos, falou sobre os bastidores da negociação do craque e o desejo de prolongar sua permanência no clube da Vila Belmiro.

“A partir do momento em que a gente entendeu que era viável e possível trazer o Neymar de volta, tivemos que fazer uma engenharia financeira para equilibrar o salário de um jogador do tamanho dele. Ele mesmo abriu mão de valores importantes para poder fazer esse movimento de retorno ao Santos”, revelou Pedro Martins.

“Os patrocinadores entendem que a imagem do Neymar, a volta do Neymar e a conexão da imagem dele com o Santos têm um valor. E isso já estamos vendo em novos contratos que o Santos está conseguindo fechar para equilibrar a conta do Neymar, para que ele se pague por completo. Mas também há todo o cenário financeiro para que a gente consiga fazer com que o projeto Neymar seja viável”, explicou o dirigente.

Fica no Santos?

A diretoria do Santos estuda a renovação contratual de Neymar por mais um ano, até a Copa do Mundo de 2026. O camisa 10 possui contrato com o Peixe até o final de junho, mas já externou que pode prorrogar o vínculo com o clube que o revelou.

“O contrato do Neymar é até o meio do ano, mas nossa ideia e nosso objetivo é estender esse vínculo para que ele permaneça no Santos. Estamos trabalhando para isso […] eu falo que a parte mais difícil já foi feita, que é trazer o Neymar de volta para o futebol brasileiro e para o Santos. isso só aconteceu porque ele queria, porque ele estava muito disposto a voltar e fazer parte dessa reconstrução do clube”, contou Martins.

“A decisão que ele tomou de voltar para o futebol brasileiro não foi uma decisão financeira. Ele perde dinheiro estando aqui. O Neymar vem para ser feliz, ele vem porque tem conexão com o Santos e ele vem dizendo que ele quer fazer parte dessa reconstrução”, acrescentou o CEO.

Quanto ao futuro, o dirigente se mostrou otimista, embora sem garantias.

“Hoje eu posso te dizer que eu sinto que o Neymar no dia a dia, o staff dele e as pessoas que trabalham com ele estão muito satisfeitas com o vínculo que ele tem com o Santos. Creio que esse é o maior indício para se falar sobre o futuro. Não consigo garantir porque não tem nada assinado, mas se for para avaliar a relação e ter isso como termômetro para projetar o futuro, eu fico otimista quando se fala da permanência do Neymar”, finalizou.

CNN Esportes S/A

Com Pedro Martins, o CNN Esportes S/A chega à 89ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.

Em pauta, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola, na perspectiva de economia e negócios.



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Ibovespa e dólar: o que esperar do mercado após choque tarifário de Trump


As bolsas globais e o valor do dólar caíram nesta quinta-feira (3), após as tarifas recíprocas anunciadas na quarta (2) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A avaliação de republicano é de que o choque inicial dos investidores já era esperado, mas que a tendência é o mercado eventualmente prosperar.

Investidores ouvidos pela CNN, porém, não compartilham da mesma certeza. Do contrário, o consenso que há entre eles é de que o momento é o mais incerto possível.

“É muito difícil cravar qual o futuro da economia, […] a gente ainda tem uma nuvem, um ponto de interrogação gigante [sobre a extensão dos danos da política comercial dos EUA]”, avalia André Fernandes, economista-chefe da Análise Econômica.

Aqui no Brasil, o dólar despencou 1,18%, a R$ 5,629 na venda – o menor fechamento desde 16 de outubro de 2024, quando encerrou em R$ 5,6226. Já o Ibovespa operou entre altas e baixas no dia, encerrando o pregão em suave queda de 0,04%, a 131.140,65 pontos.

No resto do mundo, porém, as perdas foram bem mais expressivas. Bolsas da Ásia, Europa e a dos EUA experienciaram quedas robustas com o temor incutido pelo tarifaço.

“Tem uma crise de confiança, o mercado passou a acreditar menos nos Estados Unidos. Governo Trump tem feito um trabalho […] de ‘desinternacionalizar’ os Estados Unidos. […] E aí há um selloff dos ativos americanso nos mercados globais”, observa Renoir Vieira, sócio da Duna Consultoria.

“A interpretação do mercado em relação as tarifas para o caso brasileiro é positiva. O Brasil saiu muito melhor do que a maior parte dos países relevantes, e isso direciona, a princípio, recursos para o Brasil. Pode ver no médio prazo empresas internacionais aumentando produção e investimento no Brasil para atender o mercado americano com preços mais competitivos”, pontua Vieira.

Do lado negativo, e o que deve ter pesado mais para levar o Ibovespa à queda no fim do pregão, os investidores apontam a baixa no comércio internacional e menor eficiência das cadeias globais de valor.

Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, destaca que se houver uma escalada da guerra comercial, a tendência é de aumentar a aversão ao risco e, consequentemente, haver uma piora nos preços dos ativos.

“No curto prazo vai continuar vendo os efeitos desse choque, onde boa parte da correção já está acontecendo. Houve uma mudança grande de cenário, os ativos vão buscar equilíbrio, mas o momento é de realização nos mercados”, pondera Costa.

Paula Zogbi, gerente de Research da Nomad, ressalta que a queda do dólar nesta quinta se deu, em parte, pela expectativa de que a economia dos EUA desacelere em decorrência das tarifas. Ademais, chama atenção para os juros altos aqui no Brasil, que atraem capital de investidores que buscam alternativas rentáveis. Mas reforça que o momento é de volatilidade.

Nessa linha, Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, bate na tecla da dificuldade que é de se projetar o futuro do mercado neste cenário.

“Daqui para frente é muito difícil falar em perspectiva para dólar porque está tudo muito incerto. Se a gente continuar vendo essa tendência de possível recessão, e se os indicadores apontarem para isso, a gente pode ter um dólar mais fraco. Só que o ambiente é muito incerto, e o ambiente de muita aversão […] pode ter uma fuga para o porto seguro que — ainda que os Estados Unidos estejam aí no olho do furacão — é o dólar, que ainda é uma moeda segura”, conclui Veronese.

Abertura comercial reduz impacto de tarifas de Trump no Brasil? Entenda



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