A influenciadora Erika Schneider, 34, esteve no Festival de Cannes na última quinta-feira (22) para acompanhar a première de “La Venue de L’Avenier”, longa dirigido por Cédric Klapisch.
Para o evento, a famosa investiu em um colar turmalina Paraíba, diamantes e um vestido vermelho que demandou mais de 160 horas de trabalho para ficar pronto. A peça foi assinada por Israel Valentim.
“Ele é construído em ziberline vermelha e milhares de pétalas aplicadas com corte a laser foram cuidadosamente idealizadas para dar suavidade à peça, buscando uma ideia orgânica e leve. O contorno do busto é realçado com cristais Swarovski. Este vestido é o resultado de um trabalho totalmente manual com mais de 160″, explica o estilista, que apostou no maximalismo na composição da peça, em comunicado enviado à CNN.
“Atualmente, o maximalismo se destaca como uma tendência na moda, enfatizando a expressividade e a criatividade por meio de combinações audaciosas e peças ricas em detalhes. Este estilo é reconhecido pelo uso de cores vibrantes, a mistura de estampas e texturas, além de acessórios imponentes, resultando em um impacto visual impressionante e autêntico”, acrescenta.
Erika Schneider no festival de Cannes 2025 • Divulgação/Victor Ferreira
Segundo Erika, a ideia foi incorporar não apenas criações com influências brasileiras, mas também uma seleção de tendências globais. “Essa abordagem permite que a moda apresentada seja contemporânea e inspiradora, refletindo referências tanto do Brasil quanto de outras nações”, pontuou.
Erika Schneider no festival de Cannes 2025 • Divulgação/Victor Ferreira
E mais – veja outros looks no Festival de Cannes 2025
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Alessandra Ambrósio no 1º dia de Festival de Cannes • Mike Marsland/WireImage via Gety Images
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Isabeli Fontana na abertura do Festival de Cannes 2025 • Samir Hussein/WireImage via Getty Images
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Bella Hadid na abertura do Festival de Cannes 2025 • Samir Hussein/WireImage via Getty Images
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Quentin e Daniela Pick Tarantino na abertura do Festival de Cannes 2025 • Sylvain Lefevre/Getty Images
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Robert De Niro e Tiffany Chen na abertura do Festival de Cannes 2025 • Samir Hussein/WireImage via Getty Images
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Julia Garner na abertura do Festival de Cannes 2025 • Mike Marsland/WireImage via Gety Images
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Halle Berry na abertura do Festival de Cannes 2025 • Sylvain Lefevre/Getty Images
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Heidi Klum na abertura do Festival de Cannes 2025 • Samir Hussein/WireImage via Getty Images
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Halle Berry, Jeremy Strong e Juliette Binoche na abertura do Festival de Cannes 2025 • Samir Hussein/WireImage via Getty Images
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Sean Baker e Samantha Quan na abertura do Festival de Cannes 2025 • Pascal Le Segretain/Getty Images
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Halle Berry durante segundo dia do Festival de Cannes 2025 • Stephane Cardinale – Corbis/Corbis via Getty Images
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Tom Cruise no tapete vermelho do Festival de Cannes, no segundo dia de evento • Fatti Arantes/AgNews
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Angela Bassett, Erik Jendresen, Eddie Hamilton, Greg Tarzan Davis, Hayley Atwell, Tom Cruise, Pom Klementieff, Simon Pegg, Esai Morales, Tramell Tillman, Hannah Waddingham e Christopher McQuarrie no tapete vermelho do Festival de Cannes • Monica Schipper/Getty Images
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Atriz Zoe Saldaña em 2º dia do Festival de Cannes 2025 • Fatti Arantes/AgNews
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Tom Kaulitz e Heidi Klum no tapete vermelho do Festival de Cannes • Fatti Arantes/AgNews
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Livia Nunes cruzou o tapete vermelho do Festival de Cannes no sábado (17) com um look Maison Valentino Spring 2025 para assistir à première de “Nouvelle Vague” • Isabela Montenegro
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Carla Diaz comparece ao tapete vermelho de “The Phoenician Scheme” no 78º Festival de Cinema de Cannes • Gisela Schober/Getty Images
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A influenciadora Lala Rudge no tapete vermelho do Festival de Cannes • Gerson Lirio
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Anttónia usou look azul no Festival de Cannes • @valeriiarii
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Marina Ruy Barbosa no Festival de Cannes de 2025 • Reprodução/Instagram
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Lelê Saddi posa no tapete vermelho do Festival de Cannes • Getty Images
O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e no mundo, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). E, embora as taxas de cura sejam altas, há subtipos graves que podem levar à metástases (quando o tumor se espalha para outras regiões do organismo).
O tema será discutindo no “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” deste sábado (24). Nele, o Dr. Roberto Kalil entrevista Marco Antônio Oliveira, dermatologista do Hospital A.C. Camargo, e Paula Bellotti, também dermatologista.
O câncer de pele pode ser dividido em dois tipos: melanoma e não melanoma, sendo o segundo o mais frequente no Brasil. Apesar disso, o melanoma é o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase.
Segundo Oliveira, os carcinomas se desenvolvem de maneira mais lenta, e permitem mais tempo entre diagnóstico e o tratamento. “Já o melanoma, não. Ele é um tumor mais agressivo, que gera metástase e que pode levar a óbito se não tratado precocemente”.
Porém, de acordo com Paula Bellotti, cerca de 80% dos brasileiros desconhecem o melanoma. “Muitas vezes, a pessoa não sabe nem que a pele é um órgão, e não fica atento ao diagnóstico precoce, que dá 90% de chance de cura”, afirma.
Os dois principais fatores de risco são a predisposição genética e a exposição solar, principalmente sem proteção. Os especialistas alertam que o sol tem efeito cumulativo sobre a pele.
“A gente se expõe desde a infância, adolescência, até a vida adulta. Nessa fase jovem, a gente ia lá, tomava sol, ficava vermelho, descascava e achava que ficava por aí. Hoje a gente sabe que não. O sol vai machucando a nossa pele e o DNA da célula todos os dias, aos pouquinhos. E ele sempre vai levar de 10 a 20 anos para mostrar o efeito deletério na nossa pele”, afirma Oliveira.
Por isso, os especialistas reforçam: protetor solar e exposição ao sol fora do horário de pico de radiação ultravioleta, que é entre 11h e 15h.
Bellotti também ressalta a importância do uso de proteção solar nas crianças. “A queimadura por sol na infância aumenta – e muito – o risco de desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta. Por isso, a partir dos seis meses de idade a gente já pode utilizar a proteção solar nas crianças”, afirma.
Cultura do bronzeamento é vilã contra a pele
Durante a conversa, ambos os dermatologistas alertam para a cultura do bronzeamento, popular no Brasil.
“Eu, na minha época, cheguei a passar Coca-Cola no corpo, urucum (para bronzear). Mas a gente não tinha essa informação toda. E hoje é inacreditável o que ainda existe”, diz Bellotti, referindo-se a notícias falsas e às mídias sociais. “São absurdos que a gente tenta desmistificar, porque a desinformação é muito grande e grave”, alerta.
O mesmo vale para o bronzeamento artificial. Embora as câmaras de bronzeamento estejam proibidas no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os dermatologistas explicam que ainda há quem faça, apesar dos riscos.
“Não existe dose de segurança, mesmo calibrando uma lâmpada, você não tem como garantir que aquela irradiação vai ser segura para a formação de um câncer de pele”, disse Oliveira.
Sinais de alerta para câncer de pele
Entre os principais sintomas de câncer de pele estão manchas que coçam, descamam ou sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e feridas que não cicatrizem em quatro semanas.
“A gente tem a regra do ‘ABCDE’. Então, ‘assimetria’, ou seja, um lado é diferente do outro. Depois, as ‘bordas’ dessa mancha ou dessa pinta são irregulares. A ‘cor’ em várias tonalidades, que vai desde o marrom, preto, azul, vermelho. Depois, a ‘dimensão’, ou seja, [é importante] ficar atento a lesões maiores que seis milímetros. E a ‘evolução’ também de uma mancha. Por exemplo, sangrou, alterou cor, aumentou de tamanho…” enumera Bellotti.
As áreas mais afetadas do corpo são exatamente aquelas mais expostas ao sol. “Mas isso não ignifica que você não possa ter um câncer de pele em áreas não expostas”, afirma a dermatologista.
Inclusive, os especialistas desmistificam a ideia de que pele negra não tem câncer de pele. “Peles claras são mais suscetíveis, mas peles negras também podem ter câncer de pele, que se comporta de maneira diferente e, por isso mesmo, nem sempre são diagnosticados precocemente”, diz Bellotti.
O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 24 de maio, às 19h30, na CNN Brasil.
O indiciamento de Augusto Melo no caso VaideBet reverbera nos bastidores do Corinthians. Alguns patrocinadores ameaçaram romper contratos vigentes com o clube paulista.
O motivo passa pela coletiva de Augusto Melo, marcada para a tarde desta sexta-feira (23). O mandatário falará sobre as acusações de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro na Neo Química Arena, e os parceiros do Timão não querem ter a marca estampada na entrevista.
A CNN Brasil apurou que os patrocinadores conversaram diretamente com o marketing do Corinthians, a fim de que não estejam presentes no backdrop. Caso o acordo não seja cumprido, as empresas romperão os vínculos sob alegação de descumprimento da cláusula de corrupção.
Entenda as acusações contra Augusto Melo
Augusto Melo e mais três figuras ligadas ao Corinthians foram indiciadas no caso VaideBet: Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing e o empresário Alex Fernando André, conhecido como Cassundé.
Na última semana, conforme revelado por reportagem da CNN, um relatório de análise das movimentações financeiras, apontava que parte do patrocínio da empresa de apostas esportivas foi repassado pelo intermediário Cassundé até chegar em uma conta vinculada ao PCC, principal facção criminosa de São Paulo.
Quase R$ 1 milhão foram parar na conta da UJ Football Talent Intermediação citada por Vinícius Gritzbach, morto em novembro de 2024, no Aeroporto de Guarulhos, em delação feita com promotores de Justiça sobre contas laranjas da organização criminosa.
Ainda de acordo com o delegado, conforme publicado pela CNN, o Pivô do caso VaideBet, Alex Cassundé esteve no Parque São Jorge, sede do Corinthians, no dia em que começou a repassar valores da comissão recebida.
A CNN teve acesso a materiais que comprovam a relação do ex-militar com os criminosos, incluindo áudios e mensagens em que Pessanha afirma ser “referência em incursões e treinamento de guerra”.
Imagens obtidas pela polícia mostram um dos treinos realizados por Pessanha, em que traficantes aparecem em atividades físicas e simulações de combate, portando fuzis. Veja abaixo:
Expulso da Polícia Militar em 2022, Pessanha já havia sido preso em 2020 por envolvimento com milícias e crimes como extorsão e grilagem de terras em comunidades da zona oeste, como Rio das Pedras e Muzema. Após sair da prisão, ele se aliou ao tráfico local, aproveitando a disputa territorial na região.
Em um dos áudios, Pessanha relata um episódio em que precisou encontrar o traficante Willian Sousa Guedes, vulgo Corolla, no alto do morro: “Cheguei lá em cima morto, cara.”
E reclama dos riscos: “Isso não pode acontecer, não. Vai que eu preciso, porr*, sei lá, incursionar, fazer algum bagulho. Porr*, eu vou morrer e porr*, eu sou referência, né, cara, nessa questão de combate.”
Mensagens também mostram cobranças do traficante Manoel Cinquini Pereira, o Paulista, líder do Complexo da Penha, ao ex-policial: “Você foi no Corolla e não veio aqui por causa de quê? Ô, tenho combinado contigo, irmão. Tá maluco?”. Ele ainda reforça o combinado das sessões de treino e reforça o compromisso com o pagamento.
Investigadores apontaram que além dos treinamentos, o ex-policial também alugava carros de luxo para traficantes, por meio de sua empresa de segurança. Um McLaren avaliado em R$ 2 milhões foi alugado por R$ 460 mil para Paulista, que atualmente está foragido.
Ronny Pessanha foi preso, novamente, em março deste ano durante a “Operação Contenção”, da Polícia Civil, que visava desarticular quadrilhas na Zona Oeste do Rio. Ele, Corolla e Paulista foram denunciados pelo Ministério Público por associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Evanildo Bechara morreu na quinta-feira (22), aos 97 anos. Ao longo de sua carreira, o gramático, considerado a maior referência no assunto no Brasil, lançou obras que podem auxiliar quem está se preparando para o vestibular.
Na 40º edição de “Moderna Gramática Portuguesa”, lançada em 2024 pela Editora Nova Fronteira, Bechara destrincha as principais regras gramaticais da língua portuguesa. Além dos vestibulandos, a obra também pode ser consultada por estudiosos de todas as idades e àqueles que precisam se preparar para as provas de concurso público.
Vale destacar que a obra está em consonância com as regras do novo Acordo Ortográfico. Firmado em 1990, o tratado teve Bechara como representante do Brasil.
Além disso, foi professor titular e emérito de instituições como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e universidades internacionais, como a de Coimbra, em Portugal, e a de Colônia, na Alemanha.
Capa da 40º edição de “Moderna Gramática Portuguesa”, lançada por Evanildo Bechara em 2024 • Divulgação
A Assembleia Extraordinária de Acionistas da JBS aprovou, nesta sexta-feira (23), a dupla listagem das ações da companhia com entrada na Bolsa de Nova York. A decisão aconteceu em assembleia realizada nesta manhã na sede da companhia, na capital paulista.
Ainda não há detalhes sobre o placar da votação.
Com a decisão, as ações do grupo passarão a ser negociadas em Nova York e terão a listagem simultânea em São Paulo.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro faz uma operação, na manhã desta sexta-feira (23), contra uma quadrilha que cobrava pagamentos pelo resgate de veículos roubados.
A ação faz parte da Operação Torniquete e é coordenadada por agentes da Delegacia de Roubo e Furtos de Automóveis (DRFA) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Segundo a polícia, o alvo é uma organização criminosa estruturada que fomentou o aumento expressivo de roubo de veículos no estado fluminense.
A investigação aponta que, em apenas 11 meses, quatro empresas receberam mais de R$ 11 milhões pelos automóveis recuperados. Nesse mesmo tempo, só por essas companhias, mais de 1,6 mil veículos foram recuperados.
São cumpridos mandados de busca e apreensão contra sócios e funcionários das empresas nesta manhã. Veja vídeos do cumprimento das ordens judiciais:
A polícia também destaca o curto tempo entre a data do roubo e a data da recuperação dos veículos que, em algumas empresas, em média, é de apenas quatro dias.
Como funcionava o esquema
O inquérito policial revelou que empresas recuperadoras de veículos, conhecidas como “pronta resposta” ou “pronto emprego”, contratadas por associações e cooperativas de proteção veicular, negociavam diretamente com traficantes e receptadores o pagamento de valores para a devolução dos veículos.
O objetivo do esquema é evitar que essas associações precisem indenizar seus clientes com base na tabela Fipe. A polícia afirma que esse modelo impactou diretamente no aumento do número de roubos de veículos ocorridos no segundo semestre do ano passado e nos dois primeiros meses desse ano em todo o estado, principalmente na capital e na Baixada Fluminense.
Quando um veículo protegido por uma associação ou cooperativa era roubado, os funcionários dessas empresas de “pronta resposta” entravam em contato com criminosos, traficantes ou roubadores para negociar a devolução.
Esse contato, muitas vezes, era feito dentro das próprias comunidades dominadas por facções. Para os criminosos, trata-se de uma forma rápida, segura e altamente rentável de obter dinheiro, explica a Polícia Civil.
A rentabilidade também vale para as empresas. Em média, foram pagos mais de R$ 6 mil por veículo recuperado, sendo que uma parte desses valores era pago pelo resgate e grande parte ficava para a empresa.
As investigações continuam para desvendar todo o esquema criminoso.
Operação Torniquete
A ação desta sexta (23) faz parte da segunda fase da Operação Torniquete, que busca reprimir roubo, furto e receptação de cargas e veículos no estado do Rio de Janeiro.
Além disso, a iniciativa mira crimes que financiam atividades de facções criminosas, como o Comando Vermelho, e suas disputas territoriais urbanas.
Desde setembro de 2024, quando a operação foi deflagrada, já são mais de 520 presos, além de cerca de R$ 37 milhões em veículos e cargas recuperados. As ações incluem ainda o bloqueio de mais de R$ 70 milhões em bens e valores.
Uma trégua surpresa na crescente guerra tarifária entre os EUA e a China na semana passada foi celebrada por especialistas chineses como um sucesso para o país. No entanto, Pequim está se preparando para um caminho turbulento nas relações e negociações futuras.
Já nos dias imediatamente após o acordo de 12 de maio entre negociadores americanos e chineses em Genebra, Pequim tem atacado Washington.
Na segunda-feira (19), o Ministério do Comércio da China acusou os EUA de “minar” as conversas de Genebra após a administração Trump alertar empresas contra o uso de chips de IA fabricados pela campeã nacional de tecnologia Huawei.
Dois dias depois, afirmou que Washington estava “abusando dos controles de exportação para suprimir e conter a China”, referindo-se novamente às diretrizes de Trump sobre chips de IA.
Pequim também manteve sua posição sobre o fentanil, chamando a praga das drogas de “problema dos EUA, não da China” — mesmo que uma maior colaboração com Washington para conter a produção de produtos químicos que podem ser usados para fabricar a droga pudesse ajudar Pequim a reduzir as tarifas americanas remanescentes sobre seus produtos.
O discurso duro da China envia um sinal claro antes das negociações esperadas: mesmo que Pequim enfrente grandes dores econômicas devido às fricções comerciais, não está disposta a fazer concessões rápidas às custas de sua própria imagem ou interesses.
É também um lembrete de que, apesar da redução temporária, uma rivalidade estratégica EUA-China enraizada lançará uma pesada sombra sobre essas conversas.
Washington agora vê uma China cada vez mais assertiva como uma ameaça e tem se movido para apertar os controles sobre o acesso chinês à tecnologia e investimentos americanos, enquanto fortalece suas alianças asiáticas — atos que Pequim vê como “contenção”.
O relógio já está correndo nas negociações comerciais, já que a trégua acordada por funcionários americanos e chineses no início deste mês dura apenas 90 dias.
Sob esse acordo, os dois lados concordaram em reduzir em 115 pontos percentuais as tarifas que haviam chegado a um embargo comercial de facto entre duas economias altamente integradas — deixando linhas de montagem paralisadas, portos silenciosos e empresas dos dois lados lutando para lidar com a situação.
Não houve anúncio de novas negociações comerciais entre os EUA e a China, embora o representante comercial dos EUA Jamieson Greer e o enviado comercial chinês Li Chenggang tenham se reunido à margem de um encontro de ministros do comércio da APEC na Coreia do Sul na semana passada, informou a Reuters.
Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que o Vice-Ministro Ma Zhaoxu conversou com o Subsecretário de Estado para Gestão e Recursos dos EUA, Richard Verma, sobre as relações China-EUA.
“O reavivamento dos laços comerciais EUA-China beneficia ambos os lados e a economia global”, disse a emissora estatal chinesa CCTV de forma amigável em 14 de maio, quando as reduções entraram em vigor, adotando um tom mais modesto que comentaristas como Hu Xijin, ex-editor de um tabloide nacionalista ligado ao Estado, que havia chamado o resultado de uma “grande vitória” para a China.
Mas, a CCTV acrescentou, os EUA devem “corrigir completamente” seu “erro de criar desculpas para impor tarifas imprudentemente. O diálogo pode começar, mas a hegemonia deve acabar”.
Quando Trump anunciou os chamados impostos recíprocos sobre parceiros comerciais em todo o mundo no mês passado, a China adotou uma abordagem diferente da maioria dos países, retaliando rapidamente com suas próprias medidas.
E não recuou mesmo quando o presidente dos EUA pausou a maioria das tarifas sobre outros países, mas as aumentou sobre a China, com Pequim se projetando como um líder global enfrentando um valentão enquanto suas tarifas de retaliação escalavam.
Agora, os líderes chineses provavelmente se sentem “seguros de que sua estratégia em relação aos EUA está no caminho certo”, segundo o estrategista geopolítico Brian Wong, professor assistente na Universidade de Hong Kong.
Mas a questão para Pequim é como transformar isso em uma vitória duradoura para sua economia — e sua narrativa, apesar de uma profunda desconfiança mútua e crescente competição EUA-China em tecnologia, poderio militar e influência global, sem mencionar um presidente conhecido por sua política agressiva.
“Não há absolutamente nenhuma ilusão por parte dos tomadores de decisão seniores (da China) sobre… um alívio das tensões sino-americanas”, disse Wong. As apostas são altas para a China garantir que as tarifas sejam reduzidas para seu maior mercado de exportação – e não voltem a subir.
Se as atuais tarifas reduzidas permanecerem em vigor, o comércio EUA-China poderia ser cortado pela metade, reduzindo o crescimento da China em 1,6% e levando a perdas de quatro a seis milhões de empregos, de acordo com a economista-chefe para Ásia-Pacífico Alicia Garcia Herrero do Natixis, um banco de investimentos.
O governo Trump ainda não estabeleceu um conjunto claro de demandas para as negociações com a China, mas o presidente há muito critica o déficit comercial de aproximadamente US$ 300 bilhões dos EUA com a China e culpa o país pela transferência de empregos americanos e pelo declínio da manufatura dos EUA.
Apesar do discurso duro, observadores dizem que Pequim provavelmente está preparada para fazer algumas concessões. Isso poderia incluir retornar ou expandir um acordo comercial para comprar mais produtos americanos alcançado durante a primeira guerra comercial de Trump, que nunca foi totalmente implementado.
A colaboração na aplicação da lei ou controles mais rígidos sobre a produção de produtos químicos precursores usados para fazer fentanil poderiam ser outra opção.
“Os chineses estão dispostos a fazer acordos para enfrentar a tempestade chamada Trump”, disse Yun Sun, diretora do programa China no think tank Stimson Center em Washington.
“Se houver uma maneira de minimizar o custo e estabilizar as relações bilaterais… isso é preferível. Mas eles querem que os EUA sejam práticos e razoáveis.”
Existem pontos claros de atrito. Pequim provavelmente gostaria de trabalhar para reduzir a lacuna comercial comprando tecnologia americana de ponta, muito da qual está agora proibida para venda lá.
As autoridades chinesas também podem estar receosas de negociar muito amplamente com a equipe de Trump e fazer concessões relacionadas à abertura de seu sistema econômico, algo que os países ocidentais há muito pedem.
Mas Pequim também tem sua própria influência, já que parece continuar mantendo um controle rígido sobre suas exportações de terras raras, que são críticas para as indústrias automobilística, aeroespacial e militar.
E os observadores veem a China como mais capaz de suportar a dor econômica do que os EUA.
Isso é em parte porque o líder chinês Xi Jinping, um homem forte no topo de um sistema do Partido Comunista rigidamente controlado, não é vulnerável da mesma forma que Trump à reação pública sobre a dor econômica e a queda dos preços das ações.
“Embora os efeitos das tarifas na economia chinesa se tornem mais agudos, Pequim acredita que pode suportar a guerra comercial por mais tempo que os Estados Unidos”, escreveu o ex-diplomata chinês Zhou Xiaoming em uma análise online no início deste mês antes das negociações de Genebra.
Onde as negociações chegarem até 12 de agosto, quando a janela de 90 dias se fecha, terá um grande impacto na trajetória mais ampla das relações entre as potências globais rivais. Mas enquanto isso, Pequim continua se preparando para uma ruptura de longo prazo com os EUA.
As tensões comerciais adicionaram urgência aos esforços duplos da China para impulsionar o consumo doméstico e expandir outros mercados de exportação, enquanto o governo procura maneiras de compensar a potencial perda de clientes americanos.
Xi e seus funcionários lançaram uma série de iniciativas diplomáticas visando parceiros da América Latina à Europa e ao Sudeste Asiático, projetando a China como um parceiro responsável – e oferecendo-se para fortalecer a cooperação ou expandir o livre comércio.
Pequim tem feito isso “brilhantemente”, segundo Suisheng Zhao, diretor do Centro de Cooperação China-EUA na Escola Josef Korbel de Estudos Internacionais em Denver.
“Se Trump continuar esta guerra tarifária (global), isso dará muita vantagem estratégica à China.”
E isso é importante para Pequim, ele acrescentou, porque independentemente do que acontecer nos próximos 90 dias, a rivalidade mais ampla entre EUA e China significa que ambos esperam se tornar menos dependentes um do outro.
“Não importa sobre o que eles conversem (nas negociações)… eles prefeririam reduzir seu comércio com o outro – essa é a tendência”, disse ele.
O coronel do Exército Waldo Manuel de Oliveira Aires, testemunha de defesa de Walter Braga Netto, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (23), que o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil ficou surpreso com os atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Segundo Aires, ele e Braga Netto estavam jogando vôlei em Copacabana, no Rio de Janeiro, no momento da invasão às sedes dos Três Poderes.
“Creio que para todos foi uma surpresa porque não esperávamos que ocorresse. Os atos de depredação causaram uma certa surpresa porque jamais esperávamos até pelo histórico das manifestações dos conservadores, que eram pacíficas. Creio que a relação do Braga Netto também foi de surpresa“, alegou Oliveira Aires durante audiência.
De acordo com a Polícia Federal (PF), o general tentou interferir nas investigações do caso e acessar conteúdos sigilosos da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
Entre as acusações apresentadas contra Braga Netto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) está a participação no planejamento do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”.
A operação previa ações clandestinas, incluindo o assassinato de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda conforme a denúncia do procurador-geral, Paulo Gonet, Braga Netto teria se reunido com integrantes das Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos”, em sua residência funcional no dia 12 de outubro de 2022, para discutir o plano.
Na gestão Bolsonaro, Braga Netto ocupou as pastas da Casa Civil e da Defesa. Em 2022, foi candidato a vice ao lado do então presidente.
Audiências
O STF começou a colher, nesta semana, depoimentos para o inquérito que apura a existência de uma trama golpista no país, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
A coleta de falas marca a etapa inicial do julgamento de aqueles que já foram formalmente acusados pela tentativa de golpe de Estado.
De acordo com a legislação, as testemunhas de acusação são as primeiras a serem ouvidas. Essas foram listadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e ouvidas entre segunda (19) e quarta (21). Os depoimentos de acusação foram marcados por contradições entre falas de comandantes das Forças Armadas.
Na quinta (22), a Corte começou a ouvir as testemunhas de defesa. Falaram as testemunhas escolhidas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no processo, Mauro Cid.
Nesta sexta, o STF colhe depoimentos pela manhã e à tarde.
Pela manhã foram ouvidos:
delegado Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, testemunha de Ramagem;
coronel do Exército Waldo Manuel de Oliveira Aires, testemunha de Braga Netto;
No período da tarde serão ouvidos:
Hamilton Mourão, general, senador, ex-vice-presidente, indicado pelo ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República general Augusto Heleno e também por Bolsonaro,
Paulo Sérgio, Braga Netto;
Alex D’alosso Minussi, coronel;
Gustavo Suarez da Silva, coronel, ex-GSI;
comandante da Marinha, Sampaio Olsen, testemunha de Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
A Agência de Intermediação de Empregos da Fundação Social do Trabalho (Funsat) anuncia nesta sexta-feira (23), oportunidades de recrutamento em 195 empresas de Campo Grande. São oportunidades para 1.834 vagas, referentes a 147 profissões.
São ofertas para profissionais como acougueiro (33 postos), ajudante de padeiro (1 posto), analista de Marketing (2 postos), atendente de lanchonete (100 postos), auxiliar financeiro (1 posto), eletricista (2 postos), motorista entregador (18 postos), pedreiro (10 postos), além de 205 vagas urgentes para repositor em supermercados.
A Fundação avisa ainda que para 1.269 anúncios, não é cobrada a experiência do candidato para o encaminhamento de entrevista para 54 atividades. Para saber, é preciso consultar o filtro de vagas, no atendimento do órgão, entre as 7h e 17h, na Rua 14 de Julho, 992, na Vila Glória.
A concorrência em algum dos chamados de parceiros da Funsat, depende, no entanto, do cadastro do trabalhador estar atualizado na Agência da pasta. Há ainda no expediente do dia aponta captação exclusica ao público PCD (Pessoa com Deficiência), em 17 frentes: agente de saneamento (1), assistente administrativo (5), auxiliar administrativo (2), auxiliar de limpeza (1), auxiliar de linha de produção (1), porteiro(1), repositor em supermercados (5), vendedor interno (1).
Mais informações pelo telefone (67) 4042-0585/Ramal 5800 ou no Instagram da Funsat, no @funsat.cg e também no quadro geral de oportunidades divulgado no Portal Oficial da Prefeitura de Campo Grande.