Uso do equipamento passa a ser obrigatório para competidores nascidos a partir de 01 de janeiro de 2000, visando maior segurança aos atletas e prepará-los para as normas internacionais do esporte.
A Ekip Rozeta colocou em vigor oficialmente nesta semana a regra do uso obrigatório do capacete de proteção na modalidade de Montaria em Touros. Com a nova regra, os competidores nascidos a partir de 01 de janeiro de 2000 são obrigados a montar utilizando capacete nas etapas do Campeonato, enquanto os nascidos antes desta data podem optar pelo uso ou não.
Esta medida que passou a valer em todas as etapas do Campeonato Nacional de Montaria em Touros organizado pela Ekip Rozeta a partir de 01 de julho tem o objetivo de trazer mais segurança e proteção aos atletas da modalidade e prepara-los para o cenário mundial do esporte, onde já há a exigência do uso do capacete para determinadas idades.
Para Enrique Moraes, presidente da Ekip Rozeta, o uso do capacete faz parte da evolução do nosso esporte, que é considerado o mais perigoso do planeta. “Já existem normas internacionais a respeito disso, então viabilizamos a implantação desta regra, tanto para proteger ainda mais nossos competidores, como para prepará-los para o futuro do esporte,” explicou.
Além de poder evitar lesões graves imediatas, o uso do capacete também busca evitar sequelas futuras aos atletas, que podem ser desenvolvidas pelos traumas constantes na cabeça. Entre essas sequelas está o desenvolvimento da ECT – Encefalopatia Traumática Crônica, conhecida popularmente como síndrome ou demência pugilista, que vitimou o campeão canadense Ty Pozzobon há alguns anos.
A implantação desta regra já vinha sendo estudada pela diretoria de competições da Ekip Rozeta há algum tempo e no início deste ano foi apresentada oficialmente no 10° Congresso Normas e Regras da entidade. Assim, os competidores que se enquadrem na faixa etária da regra tiveram ainda alguns meses para se adaptarem e passarem a utilizar o capacete.
Ainda de acordo com Moraes, estabelecer uma data padrão para o enquadramento na regra foi o caminho mais justo para não prejudicar competidores que jamais utilizaram o equipamento. “Não podemos exigir que competidores que estão há 10, 15 anos montando sem capacete passem a usar de uma hora para outra, por isso estabelecemos uma idade que consideramos justa.”

Inicialmente a regra obriga somente competidores de 25 anos ou menos a utilizar o equipamento, porém, como a data é fixada, estes competidores nascidos a partir de 2000 nunca deixam de se enquadrarem na regra e os novos competidores que estiverem iniciando a carreira já sabem que terão que sempre montar com capacete.
Neste início a regra deve enquadrar cerca de 35% dos competidores que participam das etapas da Ekip Rozeta, mas com o padrão estabelecido a quantidade deve aumentar a cada ano, com a estimativa de chegar a pelo menos 90% em até 10 anos, número que seria um avanço considerável na evolução do esporte. A PBR, que tornou obrigatório o uso do capacete em 2013 para uma determinada faixa etária, já atinge hoje números acima de 90% nos eventos de sua principal divisão e acima de 80% nos demais eventos que fazem parte da Liga.
O presidente da Ekip Rozeta ressalta que para implantar a iniciativa foi necessário um planejamento, incluindo um artigo bem claro no Regulamento de Competições, tratando da obrigatoriedade, de como seria feita a indicação dos competidores que se enquadram na regra, a fiscalização por parte dos juízes que atuam nas etapas e punições a quem não cumpri-la.
“Como toda iniciativa, essa com certeza gera muita polêmica, mas sabemos que estamos no caminho certo para dar a contribuição do nosso campeonato a evolução do esporte. Tenho que agradecer ao Rogério Pereira, diretor de competições e julgamento da Ekip Rozeta e ao Abner Henrique, pelo trabalho feito na implantação desta regra,” finalizou Enrique Moraes.

Historicamente o uso do capacete de proteção na Montaria em Touros teve início nos anos 90, nos Estados Unidos, quando alguns competidores passaram a utilizar capacetes de hóquei no gelo para se protegerem de fraturas no rosto e na cabeça. A partir dos anos 2000 o uso do capacete se popularizou em nosso esporte, em especial por competidores mais jovens ou que tenham sofrido algum trauma grave.
Ao longo dos anos, fabricantes passaram a desenvolver capacetes específicos para a modalidade, chegando até os mais modernos que utilizam alta tecnologia em sua fabricação e tem materiais mais leves e mais resistentes como a liga de titânio, fibra de carbono e polipropileno expandido (EPP).
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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