Policiais militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreenderam, neste domingo (6), uma adolescente de 16 anos que transportava 5,8 quilos de skunk em um ônibus que fazia a rota Ponta Porã/Campo Grande.
A abordagem ocorreu durante um bloqueio policial na BR-463, nas proximidades do Posto Fiscal do Pacuri. Ao vistoriar o coletivo, os militares encontraram, dentro de uma mochila levada pela menor de idade, diversos pacotes da droga conhecida como skunk — uma variação da maconha com concentração mais elevada de substâncias psicoativas.
Ao ser interrogada, a jovem declarou que havia recebido a droga em Ponta Porã e que pretendia entregá-la em Campo Grande, onde receberia a quantia de R$ 5 mil pelo transporte.
O entorpecente e a adolescente foram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil de Ponta Porã, onde o caso será investigado pela autoridade competente.
Campo Grande é reconhecida nacionalmente e internacionalmente como referência em arborização urbana e recebeu nesta terça-feira (8), na Faculdade Insted, a Oficina Regional do Centro-Oeste para construção participativa do Plano Nacional de Arborização Urbana (PlaNAU). A ação coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e apoiado tecnicamente pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade reúne representantes de órgãos públicos, organizações sociais, conselhos profissionais e especialistas para discutir caminhos e soluções para cidades mais arborizadas e sustentáveis. Mais de 150 representantes de cerca de 20 municípios participaram.
A secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável, Vera Bacchi, participou da abertura do evento e destacou as ações desenvolvidas pela gestão municipal voltadas à preservação da floresta urbana. “Fomos uma das primeiras cidades do Brasil a elaborar um Plano Diretor de Arborização Urbana, ainda em 2011, e desde então temos trabalhado para fortalecer e ampliar nossa floresta urbana. Esse compromisso foi reconhecido pelo último censo do IBGE, que apontou Campo Grande como a capital mais arborizada do país, e também pela ONU, que desde 2019 reconhece Campo Grande como Tree City of the World – Cidade Árvore do Mundo”. Este reconhecimento é fruto de um trabalho contínuo e inovador por parte da Prefeitura Municipal de Campo Grande. Inclusive, por conta dessa referência, Campo Grande foi escolhida para sediar a oficina regional de construção do PlaNAU.
A analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Jennifer Viezzer, destaca que que o objetivo do Ministério é trabalhar de forma coordenada e estratégica para, de fato, aumentar a cobertura das árvores nas cidades, mas considerando as especificidades regionais, seus biomas e ecossistemas.
“É a primeira vez que a gente faz um plano ao nível nacional sobre esse tema. A gente tem o programa Cidades Verdes e Resilientes instituído há um ano por um decreto. Ele é um programa com seis temas de atuação, sendo realizado em parcerias com o Ministério das Cidades e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Um dos temas é a arborização urbana. Entendemos que a arborização e o seu protagonismo deve ficar com os municípios e ser tratada localmente, mas a gente quer coordenar as atividades, as ações dos municípios, dos estados e dos outros setores da sociedade, compartilhando responsabilidades, agora pela primeira vez também em âmbito nacional”, disse a representante do Ministério do Meio Ambiente.
Uma das ações propostas pelo PlaNAU é a adoção da regra 3-30-300 como indicador nacional, e Campo Grande é pioneiro na temática, pois é o primeiro município brasileiro a realizar o diagnóstico da arborização com base nessa regra e a assumir o compromisso de utilizá-la como estratégia para adaptar a cidade às mudanças climáticas, sempre priorizando a saúde e o bem-estar da nossa população.
Previsto para ser lançado durante a COP30, em Belém, o PlaNAU marca um movimento inédito de participação e construção coletiva para transformar as áreas verdes nas cidades brasileiras. As oficinas regionais são peças-chave desse processo, trazendo para a mesa as particularidades de cada território e fortalecendo a governança ambiental nas áreas urbanas.
“Fizemos uma apresentação das duas práticas que já são realizadas pelo município, porque eu entendo que Campo Grande está sempre à frente nesse tema. Quando elaboramos o nosso primeiro Plano Diretor, fomos um dos primeiros municípios do país a realizar esse tipo de construção. Agora estamos revisando o nosso Plano Diretor, em consonância com o que será solicitado na elaboração do Plano Nacional de Arborização Urbana. Por isso, vamos apresentar aqui as nossas boas práticas e como pretendemos avançar nos próximos anos em relação ao nosso plano de arborização urbana”, diz a auditora fiscal de meio ambiente, Silvia Rahe.
A oficina em Campo Grande está conectando diferentes vozes e saberes, reunindo autoridades públicas, pesquisadores, sociedade civil e profissionais de urbanismo, arquitetura, arborização e sustentabilidade. Juntos, eles irão colaborar na formulação de diretrizes e recomendações para o PlaNAU, incorporando diagnósticos regionais e experiências locais a uma estratégia nacional para cidades mais resilientes e integradas à agenda climática.
“Com base nas informações coletadas ao longo do processo participativo, o ICLEI irá elaborar a minuta do plano, garantindo que os insumos territoriais, técnicos e sociais estejam refletidos no documento final. O objetivo central do nosso trabalho no processo é promover a arborização urbana como uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento de cidades mais resilientes, saudáveis e voltadas para o bem-estar humano”, explica Léa Gejer, Coordenadora Técnica do ICLEI Brasil.
A cidade de Campo Grande é associada ao ICLEI, desde 2023, e em 2024 sediou um evento realizado pela organização em parceria com o Consulado Geral da Alemanha em São Paulo sobre os impactos das mudanças climáticas no agronegócio, a preservação do bioma Pantanal e estratégias para promover um desenvolvimento sustentável que atenda às demandas ambientais e sociais do Centro-Oeste brasileiro.
A realização da oficina regional do PlaNAU em Campo Grande destaca o protagonismo da cidade na agenda de sustentabilidade urbana. “Campo Grande vem se destacando no cenário nacional no que se refere as ações de sustentabilidade. Sabemos da importância do papel dos municípios brasileiros e a implementação do PlaNAU vem ao encontro do que os municípios desejam para o fortalecimento do desenvolvimento sustentável”, destacou a Diretora-Executiva da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Mariana Massud, que representou a Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) no evento.
Sobre o Plano Nacional de Arborização Urbana
A construção participativa do Plano Nacional de Arborização Urbana (PlaNAU) faz parte do Programa Cidades Verdes Resilientes (PCVR) e é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), realizada em parceria com a Universidade Federal do Alagoas (UFAL) e implementada pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. Também conta com o apoio de instituições de ensino e pesquisa, da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), do Fórum de Secretários(as) de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras (CB27), da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma), da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), do Conselho Federal de Biologia (CFBio), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e dos governos municipais de Campinas, Manaus, Curitiba, Recife e Campo Grande, bem como dos governos estaduais de São Paulo, Paraná, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
#ParaTodosVerem As imagens de capa e internas são da oficina e autoridades.
Para o resgate dos valores, há a necessidade da conta Gov.Br, nos níveis prata ou ouro e com verificação em duas etapas habilitada.
Os brasileiros sacaram, em maio, R$ 315 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Banco Central (BC). No total, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 10,7 bilhões aos clientes bancários, mas ainda há R$ 10,1 bilhões disponíveis para saque.
O SVR é um serviço do BC no qual o cidadão pode consultar se ele próprio, sua empresa ou pessoa falecida tem dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição. Caso o resultado seja positivo, é possível solicitar a devolução.
O serviço do BC é totalmente gratuito. Para a consulta, não é preciso fazer login ─ basta informar o CPF e data de nascimento do cidadão ou o CNPJ e a data de abertura da empresa, inclusive para empresas encerradas. Já para o resgate dos valores, há a necessidade da conta Gov.Br, nos níveis prata ou ouro e com verificação em duas etapas habilitada.
O dinheiro pode ser resgatado de duas formas: a primeira é entrar diretamente em contato com a instituição responsável pelo valor e solicitar o recebimento; a segunda é fazer a solicitação pelo Sistema de Valores a Receber.
Para ter acesso a recursos de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Nesse caso e no caso de empresas encerradas, o representante pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br e assinar um termo de responsabilidade para resgatar os valores.
Solicitação automática
Em maio, o Banco Central inaugurou uma nova funcionalidade no sistema: a solicitação automática de resgate de valores. Com ela, o cidadão não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome.
Caso seja disponibilizado algum recurso por instituições financeiras, o crédito será feito diretamente na conta do cidadão. A solicitação automática de resgate é exclusiva para pessoas físicas e está disponível apenas para quem possui chave pix do tipo CPF. A adesão ao serviço é facultativa.
Recursos que podem ser recuperados pelo Sistema de Valores a Receber (SVR):
Valores disponíveis em contas-correntes ou poupanças encerradas;
cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;
recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;
tarifas cobradas indevidamente;
parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente;
contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas;
contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas;
e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Beneficiários
As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem, com a atualização de novas fontes de valores esquecidos no sistema financeiro.
Em relação ao número de beneficiários, até o fim de maio, 31.304.956 correntistas haviam resgatado valores, sendo 28.458.524 pessoas físicas e 2.846.432 pessoas jurídicas. Por outro lado, 48.135.963 de beneficiários ainda não sacaram seus recursos. Destes 43.926.928 são pessoas físicas e 4.209.035, pessoas jurídicas.
A maior parte das pessoas e empresas que não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 62,84% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,06% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10,21% dos clientes. Só 1,89% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
Golpes
O Banco Central alerta os correntistas a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O BC ressalta que todos os serviços do Sistema de Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
O órgão também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do SVR pode contatar o cidadão. O banco também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.
O ministro Alexandre de Moraes (STF) aplicou multa de R$ 50 mil ao comunicador Allan dos Santos por descumprimento de medidas cautelares. O valor também foi estendido aos responsáveis pelo canal “Conversa Timeline”, no qual o investigado participou de entrevista publicada no YouTube em 1º de julho.
A penalidade foi determinada por Moraes com base na constatação de que Allan “participou do programa intitulado ‘Lula incha o Estado e STF persegue brasileiros! É a ditadura da toga’”, o que, segundo o despacho, configura nova violação de determinações anteriores de bloqueio e suspensão de perfis em redes sociais.
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Allan dos Santos está foragido do Brasil desde 2021 e vive nos EUA
Reprodução
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O ministro Alexandre de Moraes
Vinicius Schmidt/Metropoles
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Allan dos Santos
Roque de Sá/Agência Senado
O ministro afirmou que Allan dos Santos “utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Supremo Tribunal Federal, bem como o próprio Estado Democrático de Direito”. Segundo o relator, a conduta pode se enquadrar nos crimes previstos nos artigos 286 e 359-L do Código Penal.
Moraes justificou que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, nem autorização para “propagação de discursos mentirosos, agressivos, de ódio e preconceituosos”. O ministro acrescentou que os direitos individuais “não são absolutos e ilimitados”, e que “não podem ser utilizados como um verdadeiro escudo protetivo da prática de atividades ilícitas”.
No despacho, o relator citou jurisprudência do Supremo e trechos doutrinários para reforçar que “não havendo justificativa para o desrespeito das medidas cautelares impostas, incide a multa fixada”.
O caso integra um dos inquéritos que investigam supostos ataques às instituições e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Allan dos Santos é alvo de ordens anteriores de bloqueio de contas em diversas plataformas, incluindo Telegram, YouTube, Instagram, X (antigo Twitter), TikTok, Rumble e OnlyFans.
EUm adolescente invadiu uma escola no município de Estação, no Rio Grande do Sul, e atacou ao menos três crianças e uma professora com facadas. Um menino morreu. O caso aconteceu na manhã desta terça-feira (8). O agressor teria usado bombinhas para assustar as crianças e os professores e possibilitar os ataques. De acordo com a Administração Municipal de Estação, o agressor invadiu a Escola Maria Nascimento Giacomazzi, que tem cerca de 150 alunos.
As aulas em todas as escolas da rede municipal de ensino estão suspensas por tempo indeterminado. “Estamos com toda a nossa equipe mobilizada, prestando apoio e assistência contínua a todas as famílias e à comunidade escolar neste período”, afirma a prefeitura por meio das redes sociais. Os alunos têm entre 7 e 8 anos e seriam estudantes do 3º ano do ensino fundamental, conforme o prefeito Geverson Zimmermann.
Em entrevista à rádio local Timeline Gaúcha, Zimmermann confirmou a morte de uma das crianças atingidas e disse que não se sabe, ainda, a motivação do ataque. “A gente ainda não sabe o que ocasionou isso. Ele conseguiu adentrar na escola mesmo com toda a segurança. Ele jogou as bombinhas para assustar as crianças e entrou na sala de aula. Duas crianças foram feridas na cabeça.”
As outras duas crianças feridas são atendidas no Hospital São Roque, de Getúlio Vargas, e a professora foi encaminhada ao Hospital Santa Terezinha, em Erechim. Depois do ataque, houve tumulto em frente à escola, de acordo com Zimmermann, porque “todos os pais querem saber como estão seus filhos”. Ainda de acordo com o prefeito, o adolescente seria conhecido na cidade, que tem apenas 6 mil habitantes, e estava em tratamento psicológico.
Com o objetivo de aprimorar a qualidade do atendimento aos usuários que buscam o Cadastro Único nas 21 unidades de Cras, a Gerência do CadÚnico da Secretaria de Assistência Social da Cidadania (SAS) está realizando duas capacitações. Passam pelo treinamento nesta terça-feira (8), o total de 35 novos entrevistadores sociais e quatro supervisores de Cadastro, selecionados em processo seletivo realizado pela Prefeitura de Campo Grande. Eles começam a atuar nas unidades este mês.
As capacitações têm como foco desde o preenchimento dos formulários físicos quanto a utilização do sistema eletrônico da DATAPREV até o acesso ao Portal do Cadastro Único, que este ano foi reformulado pelo Governo Federal para dar mais agilidade ao processo de atendimento dos usuários. Os novos servidores permitirão à gestão ampliar o acesso das famílias em situação de vulnerabilidade aos programas sociais do Governo Federal
O reforço nas equipes representa um passo essencial rumo à descentralização do atendimento do Cadastro Único, sistema que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, permitindo o acesso a políticas públicas como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Tarifa Social de Energia Elétrica, entre outros.
“A ampliação do quadro de entrevistadores e supervisores permitirá maior agilidade no atendimento e, principalmente, aproximará o serviço da população, beneficiando, sobretudo, as famílias que vivem em regiões mais distantes do centro da cidade”, disse a gerente do Cadastro Único, Mayara Almeida da Silva Ferreira. Ela explica que a estratégia fortalece a democratização do acesso ao CadÚnico, garantindo que mais usuários possam realizar cadastros e atualizações sem enfrentar longos deslocamentos ou filas excessivas.
Após as capacitações, que ocorrem no auditório da SAS e na Faculdade Estácio de Sá, os novos entrevistadores sociais serão designados à sua respectiva unidade de lotação a partir desta quarta-feira (9). “A presença dos novos profissionais nos Cras será fundamental para fortalecer as equipes das unidades, assegurando um atendimento mais humanizado, qualificado e eficiente, pois estarão atualizados em relação aos procedimentos, normativas e diretrizes do CadÚnico”, ressaltou a gerente do Cadastro Único, Mayara Almeida da Silva Ferreira.
Já os supervisores de Cadastro terão um papel estratégico na coordenação técnica das equipes, promovendo a padronização dos atendimentos e a integridade das informações inseridas no sistema.
Responsabilidade
A secretária de Assistência Social e Cidadania, Camilla Nascimento, destacou que a realização do processo seletivo e a qualificação imediata dos servidores reafirma o compromisso da gestão municipal com a inclusão social e o fortalecimento da política pública de Assistência Social. “Nosso objetivo é promover uma gestão mais próxima, moderna e centrada nas necessidades reais da população”, pontuou
A secretária-adjunta Inês Mongenout, que também marcou presença nas capacitações, reforçou a importância do comprometimento dos servidores para garantir um atendimento assertivo. “Vocês que estão trabalhando com os usuários na ponta do processo têm uma responsabilidade muito grande porque precisam compreender as solicitações e orientar as pessoas da forma correta para que elas não percam seus benefícios”, afirmou.
Para Jaqueline Pereira Gonçalves de Alcântara, que irá atuar como entrevistadora, o processo seletivo está sendo a oportunidade de retornar ao mercado de trabalho e também a porta de entrada para construir uma carreira na Assistência Social. Cursando o quinto semestre de Serviço Social, ela conta que sempre sonhou trabalhar em prol das pessoas em vulnerabilidade.
“O que me chamou mais atenção nesse processo foi a oportunidade de fazer o bem, de conseguir ajudar aquelas pessoas que estão precisando de um amparo e às vezes estão invisíveis. Elas não têm informações e nem acesso a oportunidades que podemos ajudar”, disse.
Jaqueline irá atuar na Central do Cadastro, no bairro Amambaí e está ansiosa pelo seu primeiro dia. “O curso está sendo muito bem aplicado, os técnicos ficam o tempo todo dando suporte e esclarecendo dúvidas. Eu não sabia que tinha tanta exigência, é uma responsabilidade muito grande né, mas estou animada porque minha meta é prestar concurso público”, concluiu.
#ParaTodosVerem As imagens de capa e internas mostram a capacitação, pessoas sentadas ao auditório, depois em frente a computadores e vendo palestras durante o treinamento.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias a investigação da Polícia Federal (PF) contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. A decisão, publicada nessa segunda-feira (7/7), é justificada pela necessidade “de prosseguimento das investigações, com a realização de diligências ainda pendentes”.
Na quinta-feira (3/7), a PF pediu ao STF mais tempo para investigar o deputado, que está nos Estados Unidos desde março. Eduardo Bolsonaro é alvo de um inquérito para apurar suposta obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A abertura, determinada em 26 de maio, veio depois de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) que alegava que o deputado vinha fazendo declarações públicas e postagens em redes sociais, nas quais dizia estar atuando para que o governo norte-americano impusesse sanções a ministros do STF e outras autoridades brasileiras.
Nesse inquérito, a PF ouviu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), uma vez que ele seria o responsável por manter financeiramente o filho nos EUA. Em sua oitiva, ele afirmou ter enviado R$ 2 milhões para o filho.
O dinheiro, diz ele, foi transferido em 13 de maio por meio de um Pix e que o valor tem origem nos R$ 17 milhões arrecadados pelo ex-presidente em campanha realizada em 2023 para pagar multas recebidas à época da pandemia.
A Câmara Municipal de Dourados participou no último dia 16, do Encontro de Pesquisa da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul em Maracaju, levando a experiência da Escola do Legislativo Professor Wilson Valentim Biasotto para o centro do debate sobre educação para a cidadania e letramento político. A apresentação foi conduzida pelo advogado e assessor jurídico da Câmara, Paulo Vinícius Rivas Cardoso (UFGD/CMD), e pela coordenadora pedagógica da escola, a professora doutora Maisa Barbosa da Silva.
A iniciativa, segundo Paulo Vinícius, é um passo fundamental na construção de pontes entre o Parlamento e a sociedade. “Fortalecer a democracia é construir pontes — e a criação da Escola do Legislativo representa exatamente isso: uma resposta concreta do Parlamento à necessidade de aproximação com a sociedade. É o elo entre a Casa de Leis e a população, criando espaços de diálogo, aprendizado e participação que vão muito além do momento eleitoral”, afirmou.
A Escola do Legislativo de Dourados já se consolida como um projeto inovador no interior do estado de Mato Grosso do Sul. Criada pelo Decreto Legislativo nº 1.408/22, a escola tem como missão oferecer suporte técnico, educativo e social para aproximar o Poder Legislativo da população, além de promover a formação de servidores públicos e ações voltadas à comunidade, especialmente junto à rede básica de ensino.
Durante o evento em Maracaju, foi destacado que, apesar do voto ser obrigatório no Brasil, a apatia política e a desinformação ainda afastam muitos cidadãos das decisões que impactam suas vidas. O debate evidenciou que iniciativas como a Escola do Legislativo são essenciais para reverter esse quadro e fomentar a participação ativa na democracia. A coordenadora pedagógica da escola, Maisa Barbosa, reforçou que a proposta vai além da capacitação técnica de servidores. “Trata-se de um projeto de educação política que visa formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, capazes de participar ativamente da construção de políticas públicas e do fortalecimento das instituições democráticas”, pontuou.
A experiência de Dourados foi elogiada por acadêmicos e educadores presentes no evento, especialmente pelo enfoque na educação cidadã desde os primeiros anos escolares. Segundo a equipe da escola, uma das metas futuras é ampliar a estrutura física e garantir orçamento próprio para execução de projetos de médio e longo prazo, como bolsas de estudo, premiações educativas e parcerias com programas como o Interlegis, do Senado Federal. Além da formação política, a escola também atua no resgate da história legislativa local, incentivando o engajamento da comunidade e criando espaços de debate sobre temas sociais, políticos e culturais que impactam diretamente o cotidiano dos douradenses.
A Escola do Legislativo com a função de capacitar os servidores do Poder Legislativo local e também de demais Câmaras de Vereadores da Grande Dourados. Além disso, tem como instrumento de integração com a sociedade civil, num contexto de harmonia entre a Casa de Leis e a população, por exemplo disseminando conhecimentos sobre cidadania e fazendo intercâmbio de informações com alunos, professores e funcionários de escolas da educação básica.
Campo Grande já vivencia uma nova forma de fazer urbanismo: mais humana, mais próxima e mais acolhedora. É a chamada gentileza urbana, um conceito que ganha cada vez mais força em grandes centros urbanos e que tem como essência a valorização do espaço público como extensão da vida em comunidade. Um dos exemplos mais concretos dessa transformação está na região Norte, onde um parque do Villaggio Santa Inês se tornou símbolo de como uma ação da iniciativa privada, aliada ao poder público, pode gerar qualidade de vida e senso de pertencimento.
A área, que já faz parte da estrutura legal do loteamento, foi transformada em um parque aberto ao público, com projeto pensado para ser mais do que um espaço de lazer: um ponto de encontro, descanso, esporte e conexão entre vizinhos. Segundo Cíntia Maria Calefe, da Santa Inês Empreendimentos, a ideia surgiu da vontade de ocupar positivamente o terreno, promovendo bem-estar e contribuindo para a urbanização da região. “Sempre tive o desejo de fazer um parque. É um espaço que incentiva o esporte, o lazer e une as pessoas. Essa é uma área que ainda precisava de melhorias urbanísticas, então o parque veio para cumprir esse papel de transformação social e urbana ao mesmo tempo”, explica.
Aberto diariamente das 6h às 22h, o parque é gratuito e não exige nenhum tipo de cadastro para entrada. Há, no entanto, regras de convivência que garantem a harmonia do ambiente, como a proibição de fumar e o uso de caixas de som. “A ideia é que as pessoas tratem o parque com gentileza, porque ele foi feito com carinho. A cidade precisa disso”, afirma Cíntia.
A ação da Santa Inês não se deu como contrapartida exigida por lei, o que torna o projeto ainda mais significativo. Foi uma iniciativa espontânea, que contou com apoio da Prefeitura por meio de um termo de permissão de uso. “Isso não foi imposto. Foi uma escolha nossa. A prefeitura entendeu a importância e nos orientou a formalizar a proposta”, reforça Cíntia.
Vera Bacchi, secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Turístico (Semades), explica a importância da iniciativa para o poder público. “A gentileza urbana é uma forma de promover qualidade de vida. Quando um empreendedor alarga a calçada ou cria um espaço de convívio, ele convida a população a se apropriar do território e cuidar dele. Isso estimula o senso de pertencimento e valoriza o entorno”, diz Bachi.
Ela lembra que os reflexos são múltiplos. Além de beneficiar a comunidade, o parque também valoriza os imóveis do entorno e torna os empreendimentos mais atrativos para novos moradores. “Quando alguém vai visitar um lote e encontra, além da infraestrutura básica, um parque arborizado, bem cuidado, isso muda completamente a experiência. Isso agrega valor, e espero inspirar outros empreendedores a fazerem o mesmo”, conclui Vera.
Para a diretora-executiva da Planurb, Mariana Massud, a parceria é motivo de orgulho. A Planurb, que é a Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano de Campo Grande, atua desde a fase inicial dos loteamentos, na emissão das Guias de Diretrizes Urbanísticas (GDUs), e vê com entusiasmo o impacto positivo de projetos como esse. “Essa região foi, por muito tempo, estigmatizada como carente de desenvolvimento. Ver o que está acontecendo hoje, com qualidade urbanística e ambiental, é gratificante. A população utiliza, cuida e valoriza esse espaço, e isso é resultado da colaboração entre o setor público e privado”, destaca.
A gentileza urbana, portanto, deixa de ser apenas um conceito e se concretiza como uma estratégia transformadora. Ela mostra que pensar na cidade com empatia é um caminho possível — e necessário — para tornar Campo Grande uma capital cada vez mais viva, humana e cheia de possibilidades para todos.
#ParaTodosVerem As imagens de capa e internas são do Villagio Santa Inês.