Morto a facadas, desmembrado, armazenado em uma geladeira e descartado em um vaso sanitário. O assassinato de Thiago Lourenço Morgado chocou a região central do Rio de Janeiro (RJ) na última semana. Bárbaro e inexplicável, o crime está envolto em uma teia de questionamentos — sobretudo da família da vítima, que clama por justiça.
Entenda o crime:
4 imagens
Fechar modal.
1 de 4
Thiago Lourenço Morgado, de 35 anos
Reprodução / Redes sociais2 de 4
Reprodução3 de 4
Bruno matou o amigo após um desentendimento no último domingo
Imagem cedida ao Metrópoles4 de 4
Bruno Guimarães da Cunha Chaves, de 33 anos
Imagem cedida ao Metrópoles
Segundo informações divulgas pelo Portal Procurados.org, Bruno alegou à polícia que a motivação para o assassinato brutal foi o fato dele, supostamente, ter sido sedado e estuprado duas vezes pela vítima, identificada como Thiago Lourenço.
A vítima e o suspeito confesso moravam juntos em uma casa no Morro de São Carlos, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro.
A confissão foi dada em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Ele afirmou, ainda, que um dos estupros ocorreu há cerca de oito meses e que o último teria ocorrido há cerca de 90 dias.
Na versão de Bruno, em ambas as ocasiões, ele teria adormecido após comer lanches oferecidos por Thiago.
Apesar da confissão, as investigações seguem.
Conforme informado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), nessa sexta-feira (18), o suspeito foi submetido a audiência de custódia. A prisão em flagrante foi convertida para preventiva.
O homem está detido no Presídio José Frederico Marques, em Benfica.
Na linha de frente do enfrentamento ao crime cibernético em São Paulo, o Núcleo de Operações e Articulações Digitais (NOAD), da Polícia Civil do estado, atualmente monitora 702 suspeitos de envolvimento em cibercrimes.
O núcleo também já contabiliza 148 vítimas salvas, além de ter produzido 3.088 relatórios técnicos e ter feito 93 acionamentos a forças policiais de outros estados -saída encontrada pela equipe quando são identificados indícios de crime nas redes vindo de agressores que ultrapassam a jurisdição paulista.
Coordenado pela delegada Lisandrea Colabuono, o NOAD atua 24 horas por dia, sete dias por semana, com uma equipe reduzida de apenas sete policiais, todos especializados em inteligência digital.
“A gente trabalha infiltrado, e o a gente nota estão [crimes cibernéticos] aumentando muito, especialmente nas plataformas que não têm nenhum tipo de moderação.”, afirma Colabuono.
Com o agravamento da violência digital e a natureza cada vez mais complexa dos crimes, a técnica de infiltração passou a ser essencial nas investigações. Policiais do NOAD se inserem disfarçadamente em comunidades on-line para antecipar ações ilícitas, e muitas vezes violentas, e reunir provas.
“A gente consegue entrar e o monitoramento é feito tanto a partir de alvos que já foram identificados, ou a partir da constatação de crimes, e a gente gera um relatório técnico, que é disparado para quem vai executas. E isso pode ser tanto dentro de São Paulo como fora”, explica a delegada.
Segundo ela, o trabalho é constante e exaustivo, uma vez que não se pode delegar a tarefa para tecnologias de suporte. “Eu, como policial, sabendo que algo vai acontecer, não posso colocar um software para gravar e dormir. A gente fica monitorando o tempo inteiro”, afirmou à coluna.
Essas ações, explica, têm o objetivo principal de possibilitar a interrupção de crimes antes que eles ocorram, por meio da identificação de tendências dentro das redes.
Tais crimes, segundo Colabuono, normalmente se dão na forma de “eventos”, que são dinâmicas on-line que englobam as práticas dos desafios como o do “chroming” -quando a vítima é induzida a aspirar desodorante até desmaiar -, ou do “blackout” – quando envolve sufocamento, entre outros.
“Começa a anunciar evento, a gente já pede [para as plataformas] no emergencial para derrubar, antes de acontecer”, relata. Graças à infiltração, o núcleo já conseguiu evitar ataques em escolas e resgatar vítimas em tempo real.
Uma das estratégias utilizadas pelos criminosos é tentar burlar mecanismos de proteção das redes e até autoridades por meio de código. Colabuono cite, por exemplo, inclusive o uso da palavra “eventos” para substituir o que antes chamavam de “luz”. O jargão era usado para indicar transmissões ao vivo de atos violentos.
“Eles pararam de usar aquela palavra ‘luz’. Pararam. Por quê? Porque algumas plataformas, como o TikTok, a Meta, começaram a identificar essa palavra. A palavra luz seria pra indicar um evento”, explica. “Luz é um evento de um maus-tratos animais, evento de alguém se mutilando, estupro virtual”.
Um caso emblemático identificado pelo núcleo foi de um adolescente que havia adotado cerca de 30 gatos ao longo de um ano. A intenção, depois da adoção, era torturá-los para exibir nas redes.
Em outro, uma menina morreu após participar de um desafio virtual. Dias depois, a irmã dela acessou o mesmo perfil e acabou sendo capturada psicologicamente pelo mesmo agressor. “Ee [o agressor] entrou na mente dela. Só que ela, a família conseguiu salvar”, conta.
Um dos casos mais recentes que envolveu o Noad, núcleo coordenado por Colabuono, foi a operação Nix, que investigou adolescentes suspeitos de usarem a internet para praticar cyberbullying e estupros virtuais. Segundo a investigação, os jovens são acusados de obrigar mais de 400 vítimas a cometerem automutilações e promoverem ataques a moradores de rua e animais.
Grande parte das vítimas identificadas pelo núcleo são meninas menores de idade, mas ela ressalta que isso não exclui os meninos da lista. Os crimes contra as vítimas femininas, principalmente, incluem chantagens emocionais, exploração sexual e humilhações públicas.
Os meninos também são alvos, especialmente em desafios ligados à automutilação e ao ganho de status entre os grupos criminosos. “Nos meninos, a automutilação serve para ascender na hierarquia. É um desafio para mostrar que suporta a dor”.
Para Colabuono, é urgente que plataformas digitais tenham representações formais no Brasil, com canais de emergência que funcionem, além de filtros efetivos dentro das redes para captar os códigos usados por redes criminosas.
“Tem que ter ‘enforcement’ no país. Isso tem que ser obrigatório […] Isso não é gasto, é investimento”, afirma.
Patrício Pitbull conquistou a primeira vitória no UFC, na disputa contra Dan Ige, na edição 318. O evento realizado Nova Orleans, nos Estados Unidos, foi a segunda vez que o brasileiro entrou no octogono do maior campeonato de MMA do mundo. A luta antecedeu o principal evento da noite: o duelo entre Max Holloway e Dustin Poirier.
A vitória de Pitbull veio por meio de decisão unanime dos juízes após os três rounds.
3 imagens
Fechar modal.
1 de 3
Pitbull venceu pela primeira vez no UFC
Cooper Neill/ Zuffa LLC Getty Images2 de 3
O brasileiro estreiou em abril deste ano
Jeff Bottari/Zuffa LLC3 de 3
Esta foi a segunda luta de Pitbull no UFC
Cooper Neill/Zuffa LLC/ Getty Images
A estreia do brasileiro no UFC foi em abril deste ano, contra Yair Rodríguez, e ele buscava o triunfo inédito.
Nesta disputa, a luta foi escalando a cada round. No primeiro assalto, a timidez ainda tomava conta do octogono, sem muitos golpes certeiros. Contudo, na etapa seguinte, Pitbull afastou qualquer apreensão e foi para cima. Apesar de não ter finalizado o adversário, o brasileiro conseguiu prevalecer e levou Ige para os cantos na missão de contê-lo.
Por fim, o assalto final começou com um susto. Patrício levou uma joelhada no rosto, mas apesar do golpe certeiro, não desistabilizou-o. A intensidade da luta estava nas alturas. O brasileiro levou o norte-americano ao chão, mas mesmo no campo de maior domínio dele, o Jiu-Jitsu, não conseguiu finalizar a luta.
Após a buzina final, ficou por conta dos juízes definir quem foi melhor e Pitbull foi escolhido vencedor por todos.