O fisiculturista Luiz Cleiton, ex-namorado da ginasta Rebeca Andrade, falou abertamente à coluna Fábia Oliveira sobre os bastidores de sua trajetória no esporte, os efeitos da exposição pública e os desafios enfrentados com a saúde mental. Em um relato comovente, ele relembrou o período em que perdeu a avó e mergulhou em uma espiral de compulsão alimentar e depressão.
“Achei que seria tranquilo superar, mas acabei me desmoronando por dentro. Cheguei a pesar 130 kg e achei que não tinha mais volta”, revelou.
Luiz também contou que foi durante esse processo doloroso que o fisiculturismo deixou de ser apenas um esporte e passou a ser um verdadeiro alicerce emocional. “De certo modo, o fisiculturismo me salvou. Cada treino é uma forma de canalizar a dor em algo construtivo. Não é só sobre levantar peso, é enfrentar seus próprios demônios todos os dias”.
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Rebeca Andrade e Luiz Cleiton
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Rebeca Andrade e Luiz Cleiton
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Ao relembrar o relacionamento com Rebeca Andrade, ele descreveu momentos de carinho, simplicidade e acolhimento. Mas admitiu que a exposição pública o desestabilizou emocionalmente. “Eu não era mais o Luiz, era o namorado da Rebeca. Depois do fim, isso piorou. Tudo o que eu fazia era associado a ela. E o que eu não fazia, inventavam. As crises de ansiedade vieram como num embalo só. A sensação era de morte”, declarou ele.
Você tem uma trajetória no fisiculturismo marcada por transformações visíveis e títulos importantes. Quando foi que você percebeu que esse caminho era, de fato, uma escolha de vida?
Eu entrei no fisiculturismo em 2016, ainda sem saber o tamanho que isso ia tomar na minha vida. Comecei competindo como estreante, fiquei em segundo lugar logo na primeira vez, e aquilo me deu um choque porque ainda não enxergava aquilo como algo que fazia sentido pra mim. Eu não tive disciplina ou foco como deveria. Eu competi mais pelo hype, coisa de jovem. Mas o momento em que o fisiculturismo virou algo muito maior pra mim foi em 2020, quando perdi a minha avó. Foi ela quem me criou. Ela morreu de câncer, e mesmo sabendo que o fim era inevitável, meu coração não estava pronto. Achei que seria tranquilo superar, mas acabou havendo uma sucessão de impactos emocionais que pareciam ter um peso muito grande dentro de mim. Ela era minha base, minha referência de amor incondicional. E foi nesse período que eu cheguei a pesar 130 kg.
Justamente na época da perda da avó, eu parei de trabalhar por causa da pandemia e desenvolvi uma compulsão alimentar. Olha, isso é importante falar: eu sempre fui muito disciplinado com a alimentação. Quando trabalhava animando festas, eu levava minha marmita. Não comia salgadinho, bolo, docinho, nada. Levava minha comida e mantinha a rotina. Mas quando a rotina mudou completamente, somado a perda da minha avó, eu desenvolvi essa compulsão. E até hoje essa compulsão não está totalmente resolvida. Agora, na preparação para o campeonato de 2025, eu fui de 102 kg para 124 kg em apenas quatro dias. Aí vem depois o sentimento de culpa, o desespero de achar que não dá para reverter, de ter perdido completamente o controle… Estou tentando resolver isso, sendo acompanhado psicologicamente e tomando remédio. Porque não é só sobre disciplina ou força de vontade, é sobre entender que a comida virou meu refúgio emocional, e isso precisa ser tratado com seriedade.
De certo modo eu acho que fisiculturismo me salvou e continua me salvando de mim mesmo. Não foi só uma escolha de carreira, foi uma escolha de vida. Cada treino é uma forma de canalizar a dor e as minhas dificuldades em algo construtivo e positivo.
Recentemente, você conquistou mais uma premiação na sua categoria. Como foi a preparação pra essa competição e o que esse reconhecimento representa pra você hoje?
Essa preparação foi diferente de todas as outras. Não foi sobre dieta e treino, isso eu já domino há algum tempo e até gosto da parte física. Foi uma batalha mental intensa, de identificar meus gatilhos e entender por que eu me saboto quando chega perto da competição. Eu tenho um padrão: sempre acho que vou perder, que os outros são melhores. A regra na minha cabeça é não acreditar em algo bom pra mim, como se eu não merecesse estar ali. Muitas vezes quando chamam meu nome no palco, eu não acredito. Literalmente não acredito. É paralisante.
A compulsão alimentar piora conforme a competição se aproxima. Justamente quando deveria estar mais focado, eu começo a me sabotar. Eu me vigio pra não criar um ciclo de culpa focando em não deixar a comida virar válvula de escape. Uma coisa que funcionou foi mudar de academia. Eu precisava ter menos interação com as pessoas. Elas fazem muitas perguntas sobre fisiculturismo, e um ambiente mais solitário, sem tantos estímulos, funciona melhor pra mim. Toda essa jornada mental me fez perceber que força não é só levantar peso, é enfrentar seus próprios demônios todos os dias. É acordar sabendo que sua mente vai trabalhar contra você e ainda assim escolher continuar.
Vencer a minha categoria já foi muito bom, mas conquistar o Overall, que é o título máximo da noite, foi um daqueles momentos que parecem congelar no tempo. Porque ali não é só o físico sendo julgado, é toda essa batalha mental, toda a luta silenciosa contra mim mesmo. É a prova de que, mesmo quando você se sente um impostor, mesmo quando acha que não merece, você pode surpreender até a si mesmo. Hoje eu olho pra esse troféu e vejo muito mais que uma conquista esportiva. Não é só sobre vencer competições, é sobre mostrar que dá pra continuar mesmo quando sua própria mente trabalha contra você. É sobre provar que você pode ser quebrado e forte ao mesmo tempo.
Você também tem formação em engenharia e já passou por outras áreas, como animação de festas infantis. De que forma essas experiências ajudaram na sua construção pessoal e profissional?
Essas experiências me moldaram profundamente de uma forma que eu nem imaginava na época. A animação foi muito mais do que um trabalho pra mim. Me preparou para apresentações, me ajudou a me desinibir, a me tornar mais sociável. Como eu me apresentava de forma teatral, aprendi sobre fala, sobre como usar o corpo, a expressão facial, a linguagem corporal. Hoje percebo que essas experiências me ajudaram a desenvolver habilidades sociais de uma forma única. Paralelo a tudo isso, sempre busquei conhecimento de forma intensa. Fiz cursos de Nutrição Esportiva, Métodos de Treinamento e Bodybuilding. Cheguei a passar no vestibular para cursar Nutrição e Educação Física, mas acabei optando pela engenharia na UFRJ. Ela me deu disciplina, método e pensamento analítico.
Você já compartilhou nas redes sociais que enfrentou um período de depressão. O que te motivou a tornar esse relato público?
Os stories que falei da minha depressão foram gravados no impulso. Foi um ato de desespero. Eu estava no fundo do poço e não soube lidar com o hate que estava vindo de todo o lado. Eu tinha namorado uma pessoa pública, mas não me via como uma, e não sabia lidar com tanta gente falando tanta babaquice. Mas internet é isso, basta você respirar. Você não precisa ser famoso ou conhecido, basta existir.
No final foi bacana porque vieram mensagens de pessoas passando por problemas de depressão ou com histórias de familiares ou amigos na mesma situação. Além das mensagens de apoio, de desejar o seu bem, sabe? Essa é a parte boa da internet. Foi reconfortante. Homens têm dificuldade de falar sobre saúde mental. Não é fraqueza buscar ajuda, é coragem. A terapia veio depois e foi ali que comecei a entender os estilhaços. Hoje, falo disso com mais consciência. Mas naquela hora? Era sobrevivência.
Durante um período em que sua vida pessoal estava mais exposta, você recebeu comentários negativos e até ofensivos. Como foi lidar com esse tipo de situação?
Tive muitas crises de ansiedade. Principalmente porque criaram um personagem de quem eu era e aquilo saía no jornal. E pior, quando saía matéria sobre nós dois, sempre falavam dos dois, quando saía sobre mim, era só me detonando. Foi cruel. As pessoas criam ódio de uma pessoa que elas nem conhecem. Esquecem que tem um ser humano ali. Li comentários dizendo que eu era um lixo, que era “livramento”… Isso num momento em que eu já estava destruído por dentro. Mas aprendi a filtrar. Quem te ataca, muitas vezes, só tá projetando sua própria dor. Comecei a focar em quem me acolhe. Foi isso que me manteve de pé.
Em uma das publicações, você expôs que foi chamado de “michê”. Como esse tipo de fala impactou você na época?
Na época não me impactou porque eu nem sabia o que era rs. Quando ela me explicou eu fiquei p*to, mas não porque estavam me “xingando”. Fiquei p*to por associarem o namorado dela a isso. Eu queria protegê-la, proteger a imagem dela, mas não sabia como fazer isso. Eu era tão louco por ela, que entrava até na frente de um tiro se tivesse que protegê-la. Eu fiquei irado e ela ficou mal também. Porque não foi só sobre isso, o cara também disse que não entendia como ela, sendo preta, podia estar comigo. Sei que a equipe dela entrou em contato com os jornais pedindo para isso parar de ser divulgado e foi abafado.
Hoje, podem me chamar do que quiserem. Será apenas uma tentativa de me diminuir através de preconceitos. Não vai me afetar em absolutamente nada.
Você também revelou ter recebido recentemente o diagnóstico de autismo. O que mudou na sua forma de se entender e de lidar com o mundo depois disso?
Foi libertador e assustador ao mesmo tempo. Finalmente entendi porque certas situações me afetavam tanto, porque eu processava o mundo de forma diferente. Muitas pessoas pensam que autismo é só criança, só estereótipo, mas não é. Eu sou prova viva de que pessoas autistas podem ser atletas, podem ter relacionamentos, podem ter amigos, serem absolutamente funcionais e, mais importante de tudo, serem felizes. O diagnóstico não mudou quem eu sou, apenas me ajudou a me aceitar. Hoje vejo minha sensibilidade como uma força, não como fraqueza.
Você teve um relacionamento com a ginasta Rebeca Andrade, que ganhou bastante repercussão. Essa exposição influenciou de alguma forma sua saúde emocional ou sua forma de lidar com a vida pessoal em público?
Sim, foi uma experiência que me marcou profundamente, tanto de forma positiva quanto dolorosa. Nosso relacionamento começou igual ao de muita gente… Uma amiga, que também era amiga dela, nos apresentou em sua festa de aniversário. Não havia nada de incomum ou diferente. Ela era apenas a Rebeca, eu era apenas o Luiz, que se tornaram namorados porque se apaixonaram. Durante o relacionamento, eu me sentia acolhido. Pela primeira vez, parecia que eu fazia parte de algo real. A gente brincava com os cachorros no parque, conversava até de madrugada, maratonávamos séries… fazíamos coisas simples, mas que pra mim tinham um valor enorme, porque eu nunca tive esse tipo de vínculo. E amar é bom, né? Você fica leve. É um sentimento muito bom.
Entre nós dois, no nosso relacionamento pessoal, nunca tive problemas que afetassem meu emocional. Ela é uma pessoa maravilhosa, mesmo. Não é um personagem. E eu gostava de todos que estavam a volta dela. Desde a família, o treinador, os amigos e as amigas. São pessoas muito legais, e isso acaba tornando o relacionamento ainda melhor. Quando veio a exposição pública, eu achei que estaria preparado, mas não estava. No primeiro momento, eu achava diferente. As pessoas que paravam para tirar fotos com ela, depois de um certo tempo, passaram a pedir para tirar comigo também. Eu achava engraçado, fazia piadas.
Minha saúde mental era realmente afetada quando saíam as matérias. Elas sempre tratavam sobre mim como se ela tivesse feito uma escolha ruim ou que eu fosse uma pessoa ruim. Eu ficava me perguntando: Será que faz bem a ela estar comigo? Será que estou atrapalhando o futuro dela? Com o tempo, eu sentia que não tinha mais identidade. Eu não era mais o Luiz, era o namorado da Rebeca. Depois do fim, isso piorou. Tudo o que eu fazia era associado a ela. E o que eu não fazia, inventavam. E aí minha saúde emocional sofreu. Porque, por mais que a gente tente separar, acaba absorvendo os julgamentos, as comparações e a pressão. As crises de ansiedade vieram como num embalo só. A sensação era de morte. Eu não quero que uma coisa boa na minha vida se torne um arrependimento por causa dos outros, entendeu?
Vocês ainda mantêm algum tipo de contato? Como foi o fim desse ciclo pra você?
Não. O tempo encerrou esse ciclo no meu coração. Isso é tudo o que eu posso te dizer.
Hoje, olhando pra trás, o que você diria pro Luiz que estava começando no esporte e ainda não imaginava tudo que viria depois?
Eu diria: Luiz, a sensibilidade, que você vê como fraqueza, é sua maior força. Você vai passar por momentos muito difíceis, mas também vai se apaixonar por crianças e vai fazer pessoas sorrirem vestido de super-herói, e isso não é menos importante que qualquer troféu que você venha a conquistar. Você vai viver um relacionamento que vai te dar a primeira sensação real de família, de pertencimento. Vai ser lindo enquanto durar. E quando acabar, vai doer muito, mas aceite que algumas coisas na vida não têm explicação clara, e que isso não é culpa sua. Sua jornada no fisiculturismo vai ser muito mais sobre batalha mental do que física. Você vai se sabotar, vai achar que não merece estar no palco, vai duvidar de si mesmo, mas você vai vencer. E principalmente: você não precisa ser perfeito para ser valioso. Você não precisa ter todas as respostas. Você pode ser quebrado e forte ao mesmo tempo.
Muita festa na chegada do triatlo sprint do Metrópoles Endurance, realização do Inbras e Sol Nascente, com apoio da Setur. Após 750 metros de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida, os primeiros atletas cruzaram a faixa da vitória.
José Kaique foi o campeão no masculino. No feminino, Giovanna Silva se sobressaiu. Os dois atletas competem pelo Sesi.
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A disputa também conta com a parceria do Sesc, da Clínica Neoliv, do Atacadão Dia a Dia, da Powerade e do Sistema OCB/DF.
Confira os vencedores do 1º dia de provas do Metrópoles Endurance
Confira os detalhes triatlo sprint:
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Confira as distâncias do triatlo
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Confira a premiação
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Cada prova tem um tempo limite
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Animação marcou as primeiras horas deste domingo (27/7) no Metrópoles Endurance. Os atletas que vão disputar as provas de triatlo sprint e standard chegaram ao Pontão do Lago Sul, local onde acontece a prova, esbanjando animação. O evento é uma realização do Inbras e Sol Nascente, com apoio da Setur.
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Os atletas do triatlo chegaram animados para o terceiro dia do Metrópoles Endurance. Neste domingo (27/7), serão disputadas as provas de triatlo sprint e triatlo standard
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A disputa também conta com a parceria do Sesc, da Clínica Neoliv, do Atacadão Dia a Dia, da Powerade e do Sistema OCB/DF.
Confira os vencedores do 1º dia de provas do Metrópoles Endurance
Após as provas de aquathlon e águas abertas, chegou a vez do triatlo. Confira os detalhes de cada uma das competições.
Triatlo sprint:
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Cada prova tem um tempo limite
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Triathlon standard:
A prova de triathlon standard terá uma premiação em dinheiro, no valor de R$ 50 mil, distribuídos para os cinco primeiros colocados gerais masculinos, e R$ 50 mil distribuídos para as cinco primeiras colocadas gerais femininas.
1º Geral Masculino – R$ 20.000,00
2º Geral Masculino – R$ 12.000,00
3º Geral Masculino – R$ 8.000,00
4º Geral Masculino – R$ 6.000,00
5º Geral Masculino – R$ 4.000,00
1º Geral Feminino – R$ 20.000,00
2º Geral Feminino – R$ 12.000,00
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4º Geral Feminino – R$ 6.000,00
5º Geral Feminino – R$ 4.000,00
Vale ressaltar que essa premiação em dinheiro é válida somente para a prova standard. Para efeito de premiação, a idade considerada será a mesma que o atleta tiver em 31 de dezembro de 2025.
Presidente nacional do PSB e atual prefeito do Recife, João Campos fez um alerta ao presidente Lula em relação à disputa ao Senado nas eleições de 2026.
Segundo relatos feitos à coluna, João Campos defendeu que Lula traga políticos de centro para as chapas majoritárias lideradas pelo PT e pela esquerda.
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Encontro PSB
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Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do encerramento do XVI Congresso Nacional do PSB, neste domingo (1º/6). O PSB oficializou o nome do prefeito do Recife, João Campos, como presidente nacional do partido
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João Campos é prefeito de Recife
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João Campos é aliado de Lula
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O presidente do PSB alertou que, se priorizar apenas nomes progressistas nas chapas, Lula favorecerá a polarização e acabará facilitando a eleição de bolsonaristas ao Senado.
O prefeito do Recife lembrou ao atual presidente da República que senadores de centro costumam deixar uma margem para negociação com o governo maior que os bolsonaristas.
João Campos, segundo apurou a coluna, reforçou o alerta a Lula durante almoço com o petista na quarta-feira (23/7), no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.
Pelo lado do PSB, participaram do encontro o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro Márcio França (Empreendedorismo) e o atual líder do partido na Câmara, Pedro Campos.
No almoço, de acordo com relatos, Lula pediu que PT e PSB “não batam cabeça” em relação à formação das chapas nas eleições de 2026, sobretudo ao Senado.
Durante o encontro, que teve ainda a participação da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), petistas e pessebistas conversaram sobre estados em que os dois partidos poderão caminhar juntos.
O governo federal analisa quais podem ser as “cartas” a serem usadas na mesa de negociação com os norte-americanos para reverter a tarifa dos EUA sobre os produtos brasileiros. As taxação de 50% entra em vigor em 1° de agosto. Uma das principais estratégias envolve os minerais críticos e estratégicos (MCEs), especialmente as chamadas “terras raras” – conjunto de 17 elementos essenciais para as indústrias automotiva e de energia.
Na última quarta-feira (23/7), o governo dos EUA voltou a demonstrar interesse nos MECs do Brasil. O recado foi transmitido pelo encarregado de negócios da embaixada norte-americana em Brasília, Gabriel Escobar, durante reunião com representantes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Dados do Ibram e Centrorochas mostram que o setor de rochas registrou US$ 711 milhões em exportações em 2024 aos Estados Unidos, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior, o que representa 57% das exportações de rochas brasileiras. O Espírito Santo é o principal polo, que responde por mais de 94% desse volume.
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Presidente dos EUA, Donald Trump
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Veja a íntegra do que disse Trump sobre Lula e Bolsonaro
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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
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Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
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Segundo o Centrorochas, desde o anúncio da medida tarifária, em 9 de julho, estima-se que cerca de 60% dos embarques de rochas naturais brasileiras com destino ao mercado norte-americano tenham sido suspensos. A previsão é que, até o fim do mês, o setor deixe de embarcar cerca de 1.200 contêineres, o que pode representar uma redução de até US$ 40 milhões nas exportações brasileiras de julho.
Para o diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil, Valdir Silveira, o Brasil possui condições de usar a carta dos minérios críticos para negociar com os EUA diante do “tarifaço”. Ele destaca que o país é visto como um grande fornecedor de matérias-primas, como terras raras e nióbio, recursos essenciais para setores de alta tecnologia.
“Como país soberano, o Brasil pode sim usar como moeda de troca e tirar proveito dessa situação atual”, afirmou Silveira.
O diretor do Serviço Geológico do Brasil ressaltou ainda que o Brasil é um parceiro confiável e multilateral, qualificado para ocupar espaço no cenário geopolítico atual. Ele cita que o governo atual tem defendido a inserção do país em temas globais, como transição energética e segurança alimentar, onde os minerais brasileiros são indispensáveis. “Não haverá transição energética se nessa equação o Brasil não tiver inserido”, declarou,
Em fala sobre o tema nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT), afirmou que que os minerais estratégicos brasileiros, como o lítio e o nióbio, devem ser protegidos, pois são do povo brasileiro.
“Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro”, disse Lula.
Victor Taranto, advogado especialista em direito minerário, destaca que os EUA estão em busca de alternativas para reduzir sua dependência de minerais estratégicos da China, o que coloca o Brasil em posição vantajosa. “A elevada dependência em relação à Pequim tem impulsionado Washington a buscar fontes mais seguras e politicamente alinhadas”, afirma. Ele ressalta que o país pode usar esse cenário como moeda de barganha.
Sobre a postura do Brasil nas negociações, Taranto avalia que as tarifas impostas pelos EUA têm motivação política, não apenas econômica. “Ainda que o Brasil mantenha déficit comercial com os americanos, foi incluído nessas medidas, o que mostra que o critério não foi puramente comercial”, observa.
O especialista aponta que, além dos minerais críticos, o país pode explorar outros ativos, como sua capacidade agroindustrial e parcerias em energia limpa, mas pondera, “Tais trunfos não garantem a reversão das tarifas, já que os interesses da política externa norte-americana são mais amplos”.
Líderes do Senado avaliam que o posicionamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está isolando a oposição aliada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dentro do Congresso. O filho “03” do ex-chefe do Executivo subiu o tom contra os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e disse que ambos poderiam ter seus vistos cassados pelo governo de Donald Trump.
Na ala próxima a Bolsonaro, o sentimento é de preocupação. Líderes bolsonaristas, ouvidos sob cautela pelo Metrópoles, avaliam que a recente operação contra Bolsonaro, a proibição de contato entre pai e filho, o uso de tornozeleira eletrônica e o congelamento de contas bancárias “radicalizaram” o deputado que está nos EUA ainda mais.
Na sexta-feira (25/7), Eduardo anunciou que Alcolumbre e Motta poderão sofrer sanções dos EUA caso não pautem o PL da anistia e o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. Um líder próximo ao ex-presidente chamou a condição de Eduardo de “absurda”. Um líder próximo ao ex-presidente chamou a condição de Eduardo de “absurda”.
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
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Deputado Eduardo Bolsonaro
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Eduardo Bolsonaro disse que Moraes quer prender Bolsonaro ainda em 2025
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro comemorou ataque de Lula
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Caciques partidários salientam que a postura do deputado federal vai dificultar a articulação por projetos prioritários para a direita dentro do Congresso na volta do recesso parlamentar em 4 de agosto. A possibilidade é encarada até mesmo pelas pessoas mais próximas a Eduardo, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
“Eu acho que pode atrapalhar dependendo de como vai ser a reação do presidente Davi […] Eu sou sempre do diálogo de construir, de conversar. Mas quando há uma intransigência e nada mais pode ser feito, eu só enfatizo de novo. É uma possibilidade que pode ser que esteja lá na mesa do Trump, mas a gente não tem nenhum controle sobre isso”, disse ao Metrópoles na quarta-feira (22/7).
O próprio Bolsonaro tem demonstrado preocupação com a conduta de Eduardo a aliados. Em conversas nos últimos dias, o ex-presidente tem cobrado firmeza na defesa de sua inocência e contra as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, mas “sem apelar”.
Há uma ala do PL que tenta se afastar do tarifaço e enfatizar a suposta perseguição do Judiciário contra Bolsonaro para justificar as suas ações. Durante uma coletiva de imprensa da oposição na Câmara, na terça-feira (22/7), por exemplo, um grupo de deputados estendeu uma bandeira de Trump e foi desautorizado pelo líder da bancada, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Líderes ligados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticam duramente as propostas defendidas por Eduardo Bolsonaro. A leitura é que o deputado federal quer “vingança” por ações da Justiça contra o pai a qualquer custo. Um líder chamou a conduta do deputado de “autodestruição política”.
A pesquisa Quaest divulgada no início do mês aponta que 72% dos brasileiros discordam da atitude do presidente dos EUA, Donald Trump, em impor tarifaço por acreditar em perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 57% acreditam que ele não tem direito de criticar o processo no qual o ex-presidente é réu, no Supremo Tribunal Federal (STF), pela suposta trama golpista.
Pesquisas divulgadas nos dias que seguiram o tarifaço de Trump mostraram que o bolsonarismo foi impactado pela defesa da taxação nas redes sociais. O governo Lula começou a retomar a popularidade e voltou a liderar os cenários de 1º turno do ano que vem– cenário que anima os governistas.
Já nomes do chamado centrão satirizam a escalada de Eduardo e afirmam que a movimentação “jogou o Hugo e o Davi no colo do Lula”, em referência a uma eventual aproximação na relação que ficou estremecida depois do impasse sobre o aumento do IOF.
Apesar do PL ter a maior bancada na Câmara e a 2ª maior no Senado, líderes de centro avaliam que eles não teriam força para avançar com a anistia e o impeachment de Moraes, pois as pautas ficaram desidratadas por causa do tarifaço.
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O deputado Eduardo Bolsonaro comemorou restrições dos EUA a Moraes
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Eduardo Bolsonaro apresentou projeto na Câmara para regulamentar influenciadores que divulgam apostas
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Eduardo Bolsonaro segura foto do delegado Fábio Shor durante pronunciamento na Câmara
Reprodução/TV Câmara
A operação contra Bolsonaro e a consequente subida de tom adotada por Eduardo se deram durante o recesso parlamentar. Desde o início das “férias” o presidente Davi Alcolumbre tem aparecido pouco, mas foi depois que a PF entrou na casa de Bolsonaro que o presidente do Congresso deixou de atender ao telefone.
Um líder bolsonarista disse à reportagem que ligou para Alcolumbre depois da operação, na tentativa de sensibilizar o presidente sobre a situação. Não foi atendido. Outro líder, dessa vez do centrão, mandou mensagem para ele ainda na sexta-feira depois das ameaças de Eduardo. A mensagem sequer foi entregue pelo aplicativo de mensagens Whatsapp.
Motta também tem se mantido fora do radar, mas ao ser provocado por Sóstenes depois de proibir as comissões de se reunirem no recesso, Motta disse à CNN que tomou a decisão por zelar pela pluralidade dos integrantes dos grupos que não estavam em Brasília por causa do recesso.
A lei municipal 16.547/2016 estabeleceu em São Paulo a possibilidade de remunerar ciclistas como forma de fomentar a mobilidade ativa e diminuir o uso do transporte motorizado, como carro e ônibus. No entanto, a medida nunca foi regulamentada nem implementada. Para colocar a legislação em prática, um projeto-piloto inédito oferece créditos no Bilhete Único a quem usar a bicicleta em deslocamentos diários.
Conduzido por pesquisadores do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP) e do FGV Cidades, o levantamento avaliará se os incentivos financeiros podem mudar as escolhas dos paulistanos ao percorrer a cidade.
Para selecionar participantes, as inscrições ficaram abertas ao longo de junho. Os interessados tiveram de realizar um curso sobre segurança no trânsito. Segundo Fabio Kon, um dos coordenadores da iniciativa, houve quase 3 mil cadastros.
“Neste momento, a gente tem mais de 2 mil pessoas que cumpriram todos os requisitos para participar do
teste, então baixaram o aplicativo e usaram ao longo de julho para testar que está tudo funcionando. A partir de agosto, a gente realmente vai começar a remuneração com pouco mais de mil pessoas”, explica o professor de ciência da computação do IME-USP.
Limitadas inicialmente a duas por dia, as viagens com bike geram créditos no sistema de bilhetagem. É preciso apenas validar nas máquinas de recarga.
A paulistana Gabriela Giamoniano, de 44 anos, é uma das participantes do projeto-piloto. Ela ficou sabendo da oportunidade por meio de um grupo no WhatsApp formado por mulheres ciclistas.
Há mais de cinco anos, a professora de ioga tem a bicicleta como meio de transporte diariamente. Além disso, pratica esportes com bike, como downhill, que é o ciclismo de montanha.
“Uso para o trabalho de segunda a sexta-feira. Até para ir ao mercado, utilizo a bicicleta. Minha bicicleta é dobrável, então consigo utilizar o metrô em qualquer horário; além disso, ela dobrada cabe no porta-malas do Uber. Se eu cansar ou se precisar ir mais longe, essa facilidade é um ponto muito positivo para eu combinar com outro meio de transporte”, conta.
Para Giamoniano, a experiência de testar o aplicativo “caiu como uma luva”. “Cadastrei os endereços que utilizo no dia a dia: trabalho, residência e treino. Quando vou iniciar o trajeto, dou início no app, e, quando chego ao final do trajeto, finalizo”, compartilha. “Na hora que termino o trajeto, já aparece o valor que serei remunerada de acordo com a distância percorrida. Também existe a opção de pausar o trajeto durante o percurso, caso eu necessite parar para fazer compras no mercado, por exemplo.”
Na avaliação da usuária, a ferramenta é útil por muitos motivos, não somente pela remuneração. “Com ele, será mais fácil analisar quais ciclovias são mais utilizadas e onde faltam ciclovias. O meu trajeto, por exemplo, é de quase 11 km, mas não há ciclovias no trajeto todo. Poderá haver mais pessoas utilizando a bicicleta como meio de transporte e como consequência — meu sonho — ter motoristas mais conscientes e mais respeitosos com os ciclistas”, pondera.
A pedido da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte, da prefeitura, os dados coletados no projeto devem subsidiar a regulamentação da norma. No entanto, os próprios pesquisadores tiveram que colher recursos para o teste. Conseguiram apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Durante dois anos, a gente desenvolveu todo o software necessário para fazer o cadastramento das pessoas, primeiro pela web, daí um aplicativo de celular que é capaz de rastrear as viagens e verificar se a viagem foi realmente feita de bicicleta ou não, e se ela foi feita entre pontos pré-determinados”, explica Fabio Kon.
No decorrer dos testes, serão detalhados para os pesquisadores os trajetos de aproximadamente 100 mil viagens. “Com isso, a gente vai trazer várias informações muito úteis para a Prefeitura. Uma delas, por exemplo: a gente vai saber para cada quarteirão da cidade qual é a taxa de bicicletas que passam por lá e quando elas passam”, detalha o coordenador do projeto.
As constatações poderão ser indícios para traçar ações de planejamento público. Uma das possibilidades é identificar locais nos quais há um grande tráfico de ciclistas, mas sem infraestrutura adequada.
“A gente vai dizer quais são os públicos-alvo, público prioritário, talvez quais as regiões da cidade são prioritárias; como fazer, se a gente realmente vai remunerar até duas viagens por dia, se é adequado ou não”, completa Kon.
Fabio Kon ressalta que o intuito da iniciativa não é fazer com que as pessoas deixem de usar o transporte público, mas que haja sinergia entre os meios de locomoção. Além disso, expor para a população os benefícios das pedaladas.
“A bicicleta tem muitas vantagens em relação ao carro; é o modo mais eficiente, em termos de uso de energia, para se deslocar”, garante o professor da USP. “O espaço ocupado por uma bicicleta é menos de um décimo do ocupado por um carro, então reduz o congestionamento”, acrescenta.
“A bicicleta normalmente trafega entre 10 e 20 km por hora, então é dificilmente acontece um acidente fatal com bicicleta, a não ser que ela tenha sido atingida por um carro, ou outro veículo motorizado”, finaliza o especialista.
Com casa cheia, os amantes das artes marciais lotaram a arena do BSB Fight 1, maior evento de MMA de Brasília, e vibraram com cada golpe desferido pelos atletas em combates eletrizantes. Realizado pela Inbras, com apoio da Setur, a disputa contou com 30 lutas, divididas entre diversas modalidades, como MMA amador e profissional, jiu-jitsu e boxe.
O BSB Fight 1, maior evento de MMA de Brasília, aconteceu neste sábado (26/7), no estacionamento do Kartódromo do Guará, no Guará II.
Morador de Samambaia, o jovem Maurício Maciel, de 20 anos, esteve presente no evento e elogiou a estrutura e a organização. Praticante de jiu-jitsu e MMA, ele é um dos milhares de brasileiros que sonham em um dia estar no ringue lutando pelo cinturão.
“O evento ter colocado várias modalidades, e não só o MMA, deixou tudo mais dinâmico para o público. Eu até ia competir no BSB Fight 1, mas resolvi esperar pra treinar um pouco mais. O sonho é, um dia, disputar cinturões”, afirmou.
Confira abaixo os detalhes das principais lutas do evento:
A luta entre Luigi Vendramini e Marcelo Romero começou com os dois atletas se estudando bastante, até que Luigi levou o duelo para o chão. No solo, ele manteve o controle e buscou o braço do paraguaio, mas sem sucesso.
Na sequência, ele conseguiu pegar as costas do adversário e finalizou a luta com um mata-leão, aos 2:17 do primeiro round.
Ex-UFC, Luigi mandou um recado para o Ultimate Fighting Championship (UFC) após a vitoria.
“Essa foi mais uma vitória no primeiro round! Não sei mais o que tenho que fazer para voltar ao UFC. Apenas me liguem, estou pronto”, afirmou Vendramini.
A luta entre Erick Maia e Bruce Sensei começou movimentada, com Erick levando o combate ao chão.
Na defensiva, Sensei tentou passar o braço no pescoço do rival, buscando a finalização, mas o brasiliense conseguiu se sobressair.
Entretanto, ainda no solo, Erick conquistou a montada e fez a transição para finalizar o adversário com um katagatame, técnica de estrangulamento e imobilização, aos 2:45 do primeiro round e venceu o confronto.
Ao Metrópoles, Erick Maia destacou a performance recente e reforçou o sonho de levar a capoeira ao UFC.
“Essa foi a quinta vitória consecutiva, trabalhando duro, firme. Tem uma representatividade enorme vencer em Brasília. Estamos trabalhando nos próximos passos rumo ao UFC e nós estamos chegando”, afirmou.
Na última luta da noite, Jaime Samoa e João Simão protagonizaram um duelo com muita trocação.
Enquanto João Simão explorava os leg kicks, que são chutes nas pernas do adversário, Samoa buscava encaixar socos no adversário.
Faltando 26 segundos para o término da luta, Simão arriscou um chute alto, mas sem sucesso. Em seguida, Samoa acertou um cruzado de direita e levou o adversário ao chão. O golpe lhe garantiu a conquista do cinturão.
Após a luta, Samoa relembrou a batalha para chegar ao título e afirmou estar pronto para qualquer adversário que entrar em seu caminho.
“Pode vir qualquer um, estou preparado. Seja striker ou jiu-jitsu, eu estou pronto. Vou fazer história”, destacou.
Com o sucesso da primeira edição, o BSB Fight contará com uma nova edição nos dias 20 de setembro, no Paranoá, e que deve contar com o dobro de estrutura.
Roger Vieira, um dos organizadores do evento, ainda revelou que um novo evento acontece em dezembro e vai contar com novidades.
“Haverá uma oportunidade única na edição de dezembro para os atletas de 61 kg do Brasil. Vamos fazer o GP valendo R$ 100 mil. Já temos alguns atletas escalados, com cerca de três lutadores de Brasília e o restante formado pelos melhores lutadores da categoria”, declarou.
A ideia dos organizadores é colocar Brasília na rota dos grandes eventos de MMA no país. “Queremos derrubar o paradigma de que São Paulo e Rio são o eixo da luta no Brasil, o que não é verdade. Hoje, Brasília tem quatro atletas no UFC e diversos jovens prestes a entrar no Ultimate. Então, temos potencial para mostrar nosso valor”, finalizou Roger.