Dia: 7 de agosto de 2025

Com um treinamento técnico, jurídico e operacional, a Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande (GCM) iniciou, nesta semana, uma nova edição do curso CETAMI (Capacitação Especializada em Técnicas de Ações com Motocicletas Individuais). O objetivo é qualificar agentes para integrar o Grupo Especializado de Motopatrulhamento (GEMOP), considerado um dos mais ágeis e estratégicos no atendimento de ocorrências em áreas urbanas.

Segundo o comandante do GEMOP, GCM Nogueira, esta é a segunda edição do CETAMI — a primeira foi realizada já na atual gestão. A formação foi retomada para garantir que todos os agentes do grupamento estejam devidamente capacitados.

“Alguns integrantes não conseguiram concluir o curso na primeira edição. Agora, com esta nova turma, permanecerão no grupamento apenas aqueles que tiverem o curso completo. É uma formação diferenciada, com conteúdos jurídicos, técnicos e voltados aos direitos humanos. O curso é completo e prepara o servidor para lidar com situações complexas do dia a dia”, explicou.

Além da parte prática com motocicletas, a capacitação também abrange conteúdos voltados para áreas como gerenciamento de crises, legislação, defesa pessoal e atuação em ocorrências de risco — incluindo, por exemplo, tentativas de suicídio.

Durante o curso, os agentes recebem treinamentos específicos para atuar como primeiros interventores, ou seja, profissionais que chegam antes das demais equipes, com a responsabilidade de isolar a área, agir com cautela e adotar as estratégias adequadas até a chegada de unidades especializadas.

O Secretário Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes), Anderson Gonzaga, destaca a importância do curso para a segurança pública. “Vamos ter 30 dias de treinamento com foco não só em pilotagem, mas também em técnicas operacionais e no bom trato com o cidadão. A motocicleta traz agilidade e isso reflete diretamente no tempo de resposta às ocorrências. É um ganho direto para a população em situações de extremas emergências”.

Entre os conteúdos aplicados, também estão instruções de CQB (Close Quarters Battle), voltadas à atuação em ambientes fechados, como casas e estabelecimentos, em situações de denúncia ou risco. Outra etapa da formação envolve escoltas especializadas, com simulações de deslocamento de autoridades, armamentos, ambulâncias ou até transplantes de órgãos.

De acordo com o gerente de ensino da GCM, Viana, a seleção e o treinamento exigem disciplina, esforço físico e psicológico. A média mínima para aprovação na avaliação de maneabilidade em motocicletas é 7, numa escala de 0 a 10. Quem não atingir esse desempenho é desligado do curso. “Só permanece quem realmente tem perfil para atuar nesse tipo de serviço. As etapas iniciais são desafiadoras, inclusive com testes de resistência em ambiente aquático, como o realizado na Lagoa Itatiaia”, destacou.

A nova turma do CETAMI também chama a atenção pela presença de dois servidores externos: um guarda municipal da cidade de Guaíra, no Paraná, e um agente das Forças Especiais da Polícia Nacional do Uruguai. Este último, segundo a GCM, veio a Campo Grande em busca de conhecimento para implementar o modelo de motopatrulhamento em seu país de origem.

“É um reconhecimento importante do trabalho que estamos desenvolvendo aqui. A troca de experiências fortalece a segurança como um todo”, afirmou o GCM Viana.

A formação também prioriza a integração e união dos agentes, considerados essenciais para o trabalho em campo. “O grupamento precisa agir como uma unidade única. As dificuldades simuladas durante o curso possibilitam fortalecer o companheirismo e eliminar aqueles que não se encaixam no perfil”, completou Viana.

#ParaTodosVerem:
A reportagem tem seis fotos: as duas primeiras são os agentes em postura de sentido em momento do curso; a terceira o comandante da Gemop, GCM Nogueira, em entrevista ao repórter; a quarta é dos agentes em curso na sala de aula; a quinta são os agentes em curso na Lagoa Itatiaia e a última, entrevista do GCM Viana ao repórter.

A 9ª edição do Feirão Habita Campo Grande teve início nesta quinta-feira (7), no Pátio Central Shopping, com a proposta de facilitar o acesso à casa própria para famílias da Capital. Reconhecido como o maior evento do setor de habitação de interesse social da região Centro-Oeste, o Feirão segue até o dia 22 de agosto, de segunda a sábado, das 8h às 19h, oferecendo condições especiais de financiamento e subsídio exclusivo de até R$ 20 mil para quem busca adquirir o primeiro imóvel.

A Prefeitura, por meio da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), reuniu 7 construtoras e imobiliárias que estarão à disposição da população durante o evento. Ao todo, mais de 200 imóveis, entre casas e apartamentos, estão disponíveis para venda. Além do subsídio concedido pela Prefeitura, o Governo do Estado e os parceiros do setor privado também podem oferecer benefícios, valor que será abatido da entrada no financiamento habitacional.

Projetando alcançar ainda mais famílias nesta edição, o número de benefícios concedidos por meio do programa Bônus Sonho de Morar (Portaria nº 435/25) foi dobrado. Em 2025, o programa prevê a concessão de 600 subsídios, somando mais de R$ 45 milhões em benefícios voltados à população. A iniciativa tem como foco atender aqueles que desejam sair do aluguel e aguardavam a oportunidade ideal para financiar o primeiro imóvel.

“Campo Grande já é referência em habitação de interesse social no Centro-Oeste, e o nosso Feirão se tornou modelo para outras cidades e capitais. Seguimos com muito trabalho, com equipes preparadas e comprometidas, e tenho certeza de que muitas pessoas, assim como o Mateus, um jovem que veio em busca da moradia e do subsídio oferecido pela Prefeitura, vão sair daqui contempladas com essas oportunidades”, afirmou a prefeita Adriane Lopes.

Mateus Lucas, 21 anos, é promotor de vendas e representa exatamente esse perfil de jovem que busca sua independência e estabilidade. Ele conquistou seu primeiro imóvel no Feirão Habita Campo Grande e celebrou a aquisição. “É uma conquista muito grande! Principalmente pra mim que sou jovem e ainda não tenho uma renda muito alta, o subsídio foi um incentivo a mais pra correr atrás. Sentimento de sonho realizado, meu primeiro imóvel aos 21 anos. Não esperava que seria tão rápido”, afirmou.

Outro jovem que conquistou a casa própria no primeiro dia de Feirão foi o Abner Eugênio, 26 anos, técnico em ar-condicionado. “Fiquei sabendo do Feirão e já corri pra cá. Consegui quase R$ 70 mil em subsídios, somando Prefeitura, Estado e ainda um bônus da construtora, com parcelas que cabem no bolso. Moro com meus sogros e já estava há um ano procurando uma casa para mim e minha esposa. A oportunidade apareceu e eu não podia deixar passar”, afirmou.

Leonardo Cardoso, 25 anos, é policial militar e estava prestes a fechar negócio em outro imóvel quando soube do Feirão e decidiu mudar de planos. “Eu já estava de olho em outro imóvel, mas apareceu essa chance. O empreendimento que eu escolhi fica mais próximo da região onde moro atualmente, no Bairro Tarumã. Consegui financiar cerca de R$ 200 mil, já com os subsídios incluídos. Uma oportunidade incrível. Valeu a pena!”, afirmou.

Os subsídios estão organizados por faixas de renda bruta e são destinados à complementação da entrada do financiamento imobiliário, principal dificuldade identificada em famílias que desejam adquirir o primeiro imóvel, já que grande parte não possui o montante total exigido pelo agente financeiro para realizar o financiamento da sua moradia própria. Os subsídios estão divididos da seguinte forma:

• R$ 20 mil para 100 famílias com renda até R$ 2.850,00;
• R$ 10 mil para 100 famílias com renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700,00;
• R$ 4 mil para 400 famílias com renda até 7 salários mínimos. 

Além do subsídio oferecido pela Prefeitura, todos os parceiros do Parque Privado também vão conceder mais R$ 6 mil por unidade, igualmente abatidos no valor da entrada do financiamento imobiliário. O aporte financeiro será concedido apenas para aqueles que adquirirem algum dos imóveis das empresas previamente cadastradas para participar do 9º Feirão Habita Campo Grande, sendo que o valor total da transação não poderá ultrapassar R$ 250 mil.

“Hoje o Feirão chega à sua 9ª edição, uma edição diferenciada. Trouxemos o evento para o centro da cidade, facilitando o acesso das famílias, não só para que possam buscar o sonho da casa própria, mas também para movimentar o nosso centro, que é rico em comércio, serviços e oportunidades. Muitas vezes, as famílias com menor renda têm medo de vir fazer a análise de crédito, achando que vão passar vergonha. Mas essa é a chance de tentar. No último Feirão, a maioria das famílias atendidas ganhava até dois salários mínimos. Então sim, é possível”, afirmou o diretor-presidente da Emha, Claudio Marques.

Quem pode participar 

O interessado em solicitar o benefício do programa Bônus Sonho de Morar durante o 9º Feirão Habita Campo Grande deve: 

• Ter renda familiar mensal bruta de até 7 (sete) salários mínimos;
• Estar cadastrado no cadastro geral da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários;
• Não ter nenhum imóvel em nome do interessado;
• Não ter sido beneficiado anteriormente com imóveis de programas habitacionais de interesse social com recursos do Governo Federal, Estadual ou Municipal;
• Se enquadrar nos critérios dos Programas de Habitação de Interesse Social e/ou Loteamentos Sociais.

Serviço

9º Feirão Habita Campo Grande

Data: 07 a 22 de agosto de 2025

Horário: Das 08 às 19 horas

Local: Pátio Central Shopping, R. Mal. Rondon, 1380 – Centro 

#ParaTodosVerem As imagens de capa e internas mostra o 9º Feirão Habita com autoridades, entrevistados e atendimento.

Campo Grande vem atuando para instalar um modelo inovador de desenvolvimento sustentável sob a coordenação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (SEMADES) e da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (PLANURB). Diferentes iniciativas estão sendo integradas para fortalecer a agricultura familiar, estimular o birdwatching (observação de aves), estimular o plantio de árvores, recuperar nascentes e córregos e implementar ações com foco em carbono neutro.

As ações fazem parte de um esforço transversal da Prefeitura de Campo Grande para promover um território mais resiliente, inclusivo e ambientalmente equilibrado — e devem ser apresentadas como modelo positivo durante a COP 30, que acontece em 2025 no Brasil. A Prefeitura vai participar da COP30, apoiando o governo do Estado e contribuindo com a elaboração de um documento com as boas práticas do Município de Campo Grande.

O apoio direto aos pequenos produtores, por exemplo, tem sido fundamental para garantir a produção de alimentos saudáveis e fortalecer a economia local. O vínculo entre o campo e a cidade está sendo potencializado com a formação de hortas urbanas, muitas delas em parceria com escolas, associações de bairro e instituições sociais. A SEMADES mantém, inclusive, um programa contínuo de doação de mudas nativas e frutíferas, que tem contribuído para o sombreamento urbano, restauração de matas ciliares e fortalecimento da biodiversidade local. O viveiro municipal tem capacidade para produzir cerca de 250 mil de mudas por ano das mais diversas espécies, como ipês de flores branca, amarela e roxa, pata de vaca, flamboyant mirim, jabuticaba, acerola, pitanga, romã, ipê mirim, quaresmeira, entre tantas outras. Outro destaque da política ambiental municipal é a recuperação de nascentes e córregos urbanos, com intervenções estruturantes e reflorestamento de margens, o que contribui para a melhoria da qualidade da água e a prevenção de enchentes.

“Campo Grande está comprometida com a preservação ambiental e a construção de uma cidade mais equilibrada. Quando a gente planta árvores, cuida das nascentes e recupera nossos córregos, estamos não só valorizando o meio ambiente, mas também contribuindo para um futuro com mais qualidade de vida. Tudo isso faz parte de um esforço maior para tornar Campo Grande uma cidade cada vez mais sustentável, que busca reduzir os impactos ambientais e avançar rumo ao carbono neutro”, diz Ademar Silva Jr, secretário da Semades.

O incentivo à prática de birdwatching (observação de aves) em parques urbanos e áreas verdes restauradas, como o Parque das Nações Indígenas e o entorno de nascentes revitalizadas, tem colocado a Capital de Mato Grosso do Sul no mapa do ecoturismo nacional. A cidade abriga mais de 350 espécies de aves e está aproveitando esse ativo ambiental como estratégia de educação e turismo sustentável. “A adoção de ações sustentáveis de carbono neutro é essencial para consolidar Campo Grande como um destino turístico comprometido com a preservação ambiental e o bem-estar social, além do estímulo ao birdwatching, sendo este um segmento turístico em expansão que vem demonstrando o alinhamento da capital sul-mato-grossense com práticas que valorizam os recursos naturais locais”, diz Wantuyr Tartar, gerente de Turismo da SEMADES.

Responsável pela coordenação das ações da Prefeitura para a COP 30 e COP 15, o gerente de Integração e Parcerias, Paulo César Fialho, conclui que atualmente há uma janela de oportunidade dentro das agendas globais, incluindo transição energética, segurança alimentar e sustentabilidade. “Neste contexto, é possível a participação ativa de Campo Grande na COP 30 e COP 15, alinhando as potencialidades locais com os objetivos globais de preservação ambiental e de desenvolvimento sustentável”, finaliza.

A COP 30 acontece em novembro deste ano em Belém do Pará, trazendo os olhos do mundo para a Amazônia e o debate urgente sobre as mudanças climáticas. Em março de 2026, Campo Grande sediará a COP 15 sobre Biodiversidade, reforçando o protagonismo brasileiro na agenda ambiental global. As duas conferências se complementam criando uma conexão simbólica e estratégica entre biomas, saberes e ações em defesa do nosso futuro