O presidente Lula fez questão de convidar para o almoço na sexta-feira (5/9), no Palácio da Alvorada, militares que exerceram, em seus governos anteriores, a mesma função que Mauro Cid ocupou na gestão Bolsonaro.
O encontro foi organizado pelo ministro da Defesa, José Múcio, e reuniu também os atuais comandantes das Forças Armadas e os ex-comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica nos primeiros governos Lula.
3 imagens
Fechar modal.
1 de 3
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no velório do jornalista Mino Carta.
Ramiro Brites/ Metrópoles2 de 3
Lula
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo3 de 3
Lula comanda segunda reunião ministerial do ano
Reprodução/Secom
Além deles, a coluna apurou que o almoço contou com a presença de quatro militares que atuaram como ajudantes de ordens do petista em suas duas primeiras gestões à frente do Palácio do Planalto, de 2003 a 2010.
A reunião de Lula com seus ex-ajudantes de ordens ocorreu no momento em que Mauro Cid está sendo julgado pela Primeira Turma do STF ao lado de Bolsonaro e de outros militares no chamado inquérito do golpe.
O julgamento começou no dia 2 de setembro e deve seguir até a sexta-feira (12/9). No processo, Cid, que chefiou a ajudância de ordens de Bolsonaro, fechou uma delação premiada na qual implicou o ex-presidente.
Atualmente, a função de ajudante de ordens de Lula é exercida pelo capitão do Exército Valmir Moraes. O militar, contudo, já atuava como assessor e segurança do petista antes mesmo de ele voltar ao poder, em 2023.
Uma ação integrada entre policiais militares do 8º BAEP do Estado de São Paulo, Polícia Militar de Goiás e Polícia Rodoviária Federal – PRF, apreendeu nesta sexta-feira (5), na divisa Mato Grosso do Sul/São Paulo, duas toneladas de maconha. A droga estava em fardos transportados em um caminhão de sucata, “escoltado” por um carro com placas do Paraguai.
De posse de denúncia sobre o esquema, as forças de segurança montaram a ação para interceptar a droga. Inicialmente uma equipe do BAEP localizou o veículo batedor, mas este em meio a manobras bruscas conseguiu fugir e está sendo procurado. Pouco tempo depois outra equipe do BAEP e PRF localizaram o caminhão na região de Presidente Epitácio onde foi abordado e localizada a carga de maconha em meio ao carregamento de sucata. O motorista foi preso em flagrante e entregue com o caminhão e droga, na Polícia Civil.
O grupo português Mota-Engil, que tem participação da empresa chinesa China Communications Construction Company (CCCC), venceu nesta sexta-feira (5) o leilão para a construção do túnel que vai ligar as cidades de Santos e Guarujá, no litoral paulista.
O leilão foi realizado durante a tarde de hoje na B3, sede da Bolsa de Valores de São Paulo, e contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Márcio França (Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, além de deputados, secretários estaduais e outras autoridades.
O grupo ofereceu 0,50% de desconto, batendo a proposta feita pelo outro grupo estrangeiro, a espanhola Acciona, que ofereceu zero por cento de desconto sobre o valor da contraprestação pública.
O critério de julgamento do leilão selecionou a proposta que ofereceu maior percentual de desconto sobre o valor da contraprestação pública máxima, fixada em R$ 438,3 milhões ao ano.
A concessionária vencedora do leilão ficará responsável pela construção, operação e manutenção do túnel por um período de 30 anos.
Com investimento estimado em R$ 6,8 bilhões, o projeto terá aporte público de até R$ 5,14 bilhões, dividido igualmente entre o governo de São Paulo e o governo federal. O restante será coberto pela iniciativa privada.
Enquanto o certame era realizado, um grupo realizou um protesto na frente da sede da B3. Eles argumentam que a obra vai provocar desapropriações.
“Nós estamos aqui representando uma comunidade que há muitos anos está lá instalada, que nasceram ou vivem lá. O que nós queremos é que seja feita um processo de desapropriação justo, ético, moral e digno”, disse José Santaella, da Associação Comunitária do Macuco, localizada em Santos, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ele, cerca de 200 famílias podem chegar a ser impactadas a depender do local de instalação do túnel. Famílias que vivem na região ainda não receberam informações sobre possíveis impactos.
“O que nós queremos é uma tutela do Estado, que o Estado garanta uma documentação rápida para as pessoas que não tem isso hoje. Depois, que faça uma avaliação dos imóveis do entorno porque a cidade de Santos é uma ilha”, disse Santaella, ressaltando que a comunidade luta para que não ocorra “expulsão dessa comunidade” da cidade de Santos.
Nessa quinta-feira (4), o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), rejeitou um pedido feito pelo Ministério Público junto ao TCU (MPTCU) para suspender o leilão do túnel .
O MPTCU questionava o modelo do leilão, que poderia sugerir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “teria favorecido grupos estrangeiros e imposto restrições às empresas brasileiras, inviabilizando sua participação no certame”.
Em sua decisão, o ministro Bruno Dantas considerou que a representação se baseava “apenas em reportagem jornalística” e não apresentava provas concretas de irregularidades.
Para o ministro do TCU, questões de financiamento são externas ao processo licitatório e não configuram falhas no edital.
O túnel Santos-Guarujá é a maior obra do Novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e será a primeira travessia submersa do Brasil. Terá 1,5 quilômetro de extensão.
Desse total, 870 metros serão imersos, com módulos de concreto pré-moldados instalados no leito do canal portuário.
O projeto inclui três faixas de rolamento em cada sentido, uma delas adaptada para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de ciclovia e espaço para pedestres e galeria de serviços.
O projeto já conta com licença ambiental prévia da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), emitida em agosto de 2025.
Atualmente, há dois principais modos de travessia entre as duas cidades: o trajeto de 43 km via Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), utilizado por veículos comerciais, com tempo médio de 60 minutos; e o sistema de balsas e barcas, usado por pedestres, ciclistas e veículos leves, com tempos de travessia que variam de 18 a 60 minutos, dependendo das condições operacionais do porto.
Segundo o governo paulista, as travessias por embarcações transportam diariamente mais de 21 mil veículos, 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres.
Além de reduzir o tempo de deslocamento, o túnel vai ligar as regiões de Outeirinhos e Macuco, em Santos, ao bairro Vicente de Carvalho, em Guarujá, o que deverá aliviar o tráfego na rodovia, impulsionar o turismo, fortalecer a economia local e contribuir para a redução de emissões, ao incentivar meios coletivos e sustentáveis de transporte.
O chanceler alemão Friedrich Merz pediu na sexta-feira (5/9) que a Europa recupere o atraso no setor de inteligência artificial, ao inaugurar o primeiro supercomputador “exascale” do continente, termo usado em computação de alto desempenho (supercomputação) para designar sistemas capazes de realizar pelo menos 1 “exaflop” — ou seja, um quintilhão (10¹⁸) de operações de ponto flutuante por segundo.
“Estados Unidos e China disputam lado a lado a liderança em uma economia mundial impulsionada pela inteligência artificial”, afirmou Merz em Jülich, perto de Colônia, no centro que abriga o novo supercomputador “Júpiter” (“Jupiter”, na grafia original) “Mas Alemanha e Europa têm todas as condições de alcançar esse nível.”
O equipamento, considerado um marco tecnológico, deve ajudar a reduzir a defasagem europeia no campo da IA e impulsionar pesquisas científicas, especialmente sobre mudanças climáticas.
Instalado em Jülich, a oeste de Colônia, o Jupiter é o primeiro supercomputador “exascale” da Europa, com capacidade de realizar pelo menos um quintilhão de cálculos por segundo. Os Estados Unidos já possuem três máquinas dessa categoria, todas operadas pelo Departamento de Energia.
Com cerca de 3.600 metros quadrados — quase metade de um campo de futebol —, o sistema reúne fileiras de processadores e cerca de 24 mil chips da norte-americana Nvidia, muito usados na indústria de IA.
Construído pela francesa Atos, ao custo de € 500 milhões, o projeto foi financiado em partes iguais pela União Europeia e pelo governo alemão. Ele é o primeiro supercomputador exascale da Europa e o quarto do mundo, segundo dados disponíveis.
“Estamos falando do que há de mais poderoso atualmente em computadores de alto desempenho”, afirmou Emmanuel Le Roux, diretor de Computação Avançada da Atos.
Para Thomas Lippert, diretor do centro de Jülich, trata-se de um “salto de performance” para o continente: “A máquina é 20 vezes mais potente que qualquer outro computador na Alemanha.”
Jupiter é o primeiro supercomputador europeu considerado competitivo para o treinamento de modelos de inteligência artificial, segundo Lippert.
Um relatório da Universidade de Stanford divulgado este ano aponta que, em 2024, instituições dos EUA criaram 40 modelos de IA de destaque, contra 15 da China e apenas três da Europa.
“O novo sistema tem um peso enorme nos esforços europeus para treinar modelos de IA”, avaliou Jose Maria Cela, pesquisador do Centro de Supercomputação de Barcelona. “A performance de um modelo depende diretamente da capacidade de cálculo do computador usado”, disse à AFP, acrescentando que a Europa sofre com um “déficit” de infraestrutura nesse porte.
O Júpiter fornecerá a potência necessária para treinar grandes modelos de linguagem (LLMs), que geram volumes maciços de texto e alimentam chatbots como o ChatGPT e o Gemini.
Ainda assim, a máquina é altamente dependente da tecnologia norte-americana da Nvidia, num momento de atritos crescentes entre Estados Unidos e Europa.
Leia mais em RFI, parceira do Metrópoles.
O vereador Franklin Schmalz (PT) encaminhou ofícios à Prefeitura de Dourados solicitando explicações sobre o cancelamento de contrato firmado em julho do ano passado com a empresa Mendes, Vasconcelos & Nascimento Ltda, com valor superior a R$1,6 milhão, para execução de serviços especializados em Segurança e Medicina do Trabalho para a administração municipal.
Entre os serviços previstos neste contrato estavam programas e laudos técnicos de saúde e segurança do trabalho, como o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), além de exames admissionais e demissionais, análise ergonômica e gestão em saúde ocupacional.
Franklin visitou escolas e CEIMs e em diálogo com servidoras, principalmente as merendeiras, recebeu a denúncia de que os processos de medição de temperatura para cálculo de insalubridade e exames ocupacionais realizados em 2024 não tiveram devolutivas ou resultados. Assim, encaminhou requerimento no início de maio solicitando informações à Semad (Secretaria Municipal de Administração) sobre o referido contrato, mesmo pedido feito ao fiscal responsável.
Em resposta enviada no dia 11 de julho, a pasta informou que o contrato estaria em revisão para apuração de possíveis inconsistências na execução de seu objeto, conforme identificado desde o início da gestão em janeiro. Diante disso, a Semad informou que o contrato de 2025, com um aditivo de aproximadamente R$ 3,7 milhões, foi rescindido devido a termos inadequados na licitação que impossibilitaram a execução contratual adequada.
Paralelamente, o vereador também oficiou a empresa, que respondeu alegando ter cumprido integralmente os serviços previstos no contrato de 2024, tendo entregue os resultados em meio físico e digital. Diante da rescisão contratual e das alegações apresentadas, Franklin agora questiona a gestão municipal sobre os resultados efetivos do trabalho realizado.
Segundo o parlamentar, é necessário esclarecer se o investimento público de mais de R$ 1,6 milhão trouxe resultados concretos para a Prefeitura e para os servidores. “Estamos falando de um contrato milionário para prestar um serviço que já deveria ter gerado a melhoria das condições de trabalho de servidoras e servidores, mas não gerou. Não sabemos o que houve com os resultados, temos uma alegação da prefeitura para o cancelamento do contrato e temos também a posição da empresa que diz ter cumprido sua parte, precisamos de transparência”, destacou Franklin.