Obstrução na Câmara: entenda o rito após denúncias contra 14 deputados


A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados encaminhou na sexta-feira (8/8) representações de afastamento contra 14 deputados por obstrução dos trabalhos da Casa. Desses, 12 são do PL, um do Novo e um do PP.

Entenda o trâmite para que as punições possam ser aplicadas:

As representações serão encaminhados à Corregedoria Parlamentar. O corregedor, deputado Diego Coronel (PSD-BA), será o responsável por analisar os fatos e indicar punições, que pode ser de suspensão de mandato por até seis meses.

A partir do recebimento das representações, que deve ocorrer na segunda-feira (11/8), o corregedor parlamentar tem 48 horas para analisar o caso e enviar um parecer  à Mesa Diretora. O comando da Casa, então, decidirá se sugere ou não o afastamento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Precisa haver maioria absoluta da Mesa Diretora para qualquer que seja a decisão.

O Conselho de Ética definirá a punição caso a caso. O afastamento só ocorre depois do parecer do conselho, presidio pelo deputado Fabio Schiochet (União Brasil-SC), seguido por Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) e A.J Albuquerque (Republicanos-RR).

Ainda cabe recurso ao plenário, onde a última palavra é dada.

E se a Corregedoria Parlamentar rejeitar as representações?

Caso a Corregedoria Parlamentar entenda que não houve transgressão, as representações são arquivadas.

Veja quem são os deputados denunciados:

Relembre o motim na Câmara

A ala bolsonarista da Câmara obstruía os trabalhos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na segunda-feira (4/8).

Eles queriam que entrasse em votação três medidas de forma imediata: o projeto para anistiar envolvidos no 8 de Janeiro, a proposta de Emenda à Constituição do fim do foro privilegiado e também o impeachment de Moraes.

Dois dias depois, na quarta-feira (6/8), Motta decidiu convocar sessão e ameaçou punir com suspensão de seis meses qualquer deputado que insistisse na paralisação.

Na quinta-feira (7/8), em entrevista ao Metrópoles, o presidente da Câmara afirmou que o caso estava em “avaliação”. Sobre as pautas dos bolsonaristas, Motta reafirmou que não trabalha sobre “chantagem” e “imposição”.

1 de 12

Plenário da Câmara dos Deputados

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

2 de 12

Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

3 de 12

Câmara dos Deputados: plenário

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

4 de 12

Deputados na Mesa Diretora da Câmara

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

5 de 12

Plenário da Câmara dos Deputados

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

6 de 12

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados com movimentação de parlamentares

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

7 de 12

Confusão na Mesa Diretora da Câmara

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

8 de 12

Deputados de oposição buscaram o apoio do Centrão

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

9 de 12

Parlamentares bolsonaristas, que obstruem os trabalhos da Câmara dos Deputados, se reúnem na mesa diretora da Casa

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

10 de 12

Deputada Júlia Zanatta com bebê no colo na Câmara

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

11 de 12

Parlamentares bolsonaristas, que obstruem os trabalhos da Câmara dos Deputados, se reúnem na mesa diretora da Casa

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

12 de 12

Deputado Hugo Motta, presidente da Câmara, retoma Mesa Diretora, após obstrução da oposição

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto



Veja a matéria Completa!

Cookie policy
We use our own and third party cookies to allow us to understand how the site is used and to support our marketing campaigns.

Hot daily news right into your inbox.