O ex-comandante do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Luis Elizondo, afirmou em entrevista à CNN que o avanço e a democratização da tecnologia ajudaram a desmistificar as discussões sobre objetos voadores não identificados (Ovnis).
O ex-oficial do Pentágono defendeu a tese de que hoje é possível adquirir informações mais rapidamente e em maior volume do que éramos capazes de fazer há algumas décadas. Hoje, tudo está na palma da mão e disponível na internet, além de que os equipamentos populares são capazes de produzir imagens que antes estavam restritas a poucos órgãos.
“Temos a tecnologia em nossas mãos para tirar fotos usando dispositivos que há apenas 10 anos não tínhamos essa capacidade como agora”, afirmou Elizondo.
“Quando eu ia para a escola, se eu quisesse aprender sobre algo, eu teria que ir a uma biblioteca e teria que ler um livro. E é provável que o livro tivesse mais de 20 anos e talvez algumas páginas estivessem faltando. Hoje em dia, em 5 segundos, sua geração pode acessar todas as informações que existem no mundo e em praticamente todos os idiomas do país e do planeta. É instantâneo. Temos transmissão ao vivo da Nasa.”
O norte-americano atribui mérito também às novas gerações, que são muito mais abertas a falar sobre Ovnis com uma abordagem científica, longe dos tabus sociais.
“A geração mais jovem, é muito mais aberta à discussão da realidade de que vida inteligente pode existir em nosso Cosmos. Agora percebemos que vivemos em um universo inimaginavelmente grande e complexo e estamos começando a ver sinais de que potencialmente há vida em outros planetas”, declarou.
“É uma combinação de uma geração mais disposta a aceitar uma nova realidade e o fato de que a tecnologia melhorou e está mais difundida agora do que nunca.”
“Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a óvnis” é um livro que retrata a jornada de Luis Elizondo no comando do AATIP do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Publicado no Brasil pela editora Harper Collins e lançado em abril, ele traz detalhes sobre os estudos conduzidos pela equipe de Elizondo e seus esforços para dar visibilidade ao tema, que ainda enfrentava fortes pressões motivadas pela religião e pelas empresas norte-americanas do setor aeroespacial.
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