Na última semana, um grupo formado por 11 pinguins-de-magalhães retornou ao oceano após meses de reabilitação na Fundação Mundo Marino, na Argentina. Os animais haviam sido resgatados no início de março em diferentes pontos do litoral da província de Buenos Aires, com sinais evidentes de desnutrição, exaustão e baixa condição corporal.
A soltura ocorreu na praia de San Clemente del Tuyú, onde os pinguins correram em direção às ondas sob olhares atentos e emocionados de técnicos, biólogos e crianças de uma escola local.
“O contato direto com esses processos ajuda as crianças a entender a importância de cuidar dos ecossistemas e o papel que cada espécie desempenha”, afirmou a chefe de conservação da fundação, Karina Álvarez.
O grupo é formado por quatro adultos e sete filhotes — que agora reencontram a vida marinha selvagem.
A cena, registrada em vídeo e amplamente compartilhada nas redes sociais, simboliza não só a recuperação desses animais, mas também o impacto positivo do trabalho de conservação marinha feito por ONGs e instituições de pesquisa.
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Durante o período de internação, os pinguins receberam hidratação, alimentação forçada nos primeiros dias, exames clínicos regulares e sessões de natação assistida, fundamentais para recuperar a força muscular e a autonomia.
Segundo os veterinários da fundação, todos os indivíduos estavam aptos a retornar à natureza e já demonstravam comportamentos típicos da espécie, como mergulhos profundos e boa capacidade de orientação.
Pinguins viajantes
Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) são visitantes sazonais da costa argentina, migrando anualmente entre a Patagônia e o sul do Brasil em busca de alimento. Mudanças climáticas, poluição e escassez de peixes aumentam os casos de encalhe e desnutrição nos últimos anos, tornando o trabalho das equipes de resgate ainda mais necessário.
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Fundação Mundo Marino
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Segundo o chefe de resgate da fundação e biólogo Sergio Rodríguez Heredia, os pinguins mais jovens, por serem inexperientes, possuem uma enorme dificuldade de se localizarem, o que leva à desnutrição.
“Infelizmente, esse é um padrão que observamos todos os anos: animais muito jovens não conseguem encontrar alimento suficiente e chegam à costa exaustos”, ressaltou.
