O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou, nesta segunda-feira (14/7), que o “problema” de retornar ao Brasil, não é sua possível prisão, mas, sim, o fato de que se voltar dos Estados Unidos, ele perderá o canal de contato com Donald Trump. Eduardo afirma que Trump é o único capaz de frear os supostos desmandos do minitro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Mores.
“O problema de retornar ao Brasil não é necessariamente necessariamente preso, minha preocupação está em fechar o único canal pelo qual Moraes se sentiu pressionado pela 1ª vez em anos: o Fator T, de Trump”, escreveu Eduardo Bolsonaro.
Na quarta passada (9/7), Trump anunciou uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros como uma espécie de punição ao cerco judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado dele. Trump classifica como “vergonhosa” a forma como o ex-presidente está sendo pela Justiça brasileira tratado e cita as ações contra redes sociais no Brasil.
Trump, tarifas, Brasil e Bolsonaro
- Trump tem ameaçado o mundo com a imposição de tarifas comerciais, desde o início do mandato, e tem dado atenção especial ao grupo do Brics e ao Brasil.
- O presidente norte-americano chegou a ameaçar taxas de 100% aos países-membros do bloco que não se curvarem aos “interesses comerciais dos EUA”.
- Após sair em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump ameaça aumentar as tarifas sobre exportações brasileiras.
- Nessa quarta-feira (9/7), o líder norte-americano alegou que o Brasil não está “sendo bom” para os EUA.
O filho 03 de Bolsonaro vem circulando pelos corredores da Casa Branca, desde março, em busca de apoio das autoridades norte-americanas contra o ministro Alexandre de Moraes.
Eduardo Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal justamente sobre a sua movimentação nos Estados Unidos. Na terça-feira (8/7), Moraes atendeu a um pedido da corporação por mais prazo para concluir as investigações sobre o parlamentar por obstrução de Justiça. Com isso, o inquérito foi prorrogado por 60 dias.