A bebê de um ano e nove meses, estuprada pelo próprio pai no dia 9 de julho, em Camapuã, morreu asfixiada, segundo revelou o laudo necroscópico e a reportagem do Campo Grande News.
O pai, que confessou ser autor do crime, foi indiciado por estupro com resultado morte e a mãe da criança por maus-tratos.
Conforme noticiado na época, a criança havia recebido alta hospitalar no dia 8 de julho, após tratar uma infecção na traqueostomia (com larvas e piolhos) e pneumonia em Campo Grande. Na noite da alta, a mãe retornou para Camapuã e dormiu com o pai da criança, que a estuprou.
A mulher relatou à polícia que a menina brincou no dia seguinte, mas depois passou mal. A criança já chegou sem vida à unidade de saúde de Camapuã, onde a equipe médica percebeu ferimentos nas partes íntimas e acionou a polícia.
O delegado Matheus Alves Vital, à frente da investigação, informou que o laudo sexológico confirmou o abuso, enquanto o médico legista determinou que a causa da morte foi asfixia mecânica por sufocação direta, o que significa que a passagem de ar pela traqueostomia da criança foi obstruída.
Depois desse caso monstruoso, o irmão da vítima, de dois anos, foi afastado do convívio familiar, por determinação da Justiça. Além disso, foram impostas medidas protetivas contra os pais. Desde então, o menino está sob acolhimento provisório por meio do Programa Família Acolhedora de Camapuã.
A 2ª Vara de Justiça da cidade determinou que o menino receba acompanhamento psicológico pela rede pública de saúde para suporte emocional.
Conforme o Campo Grande News, a família já era acompanhada pela Assistência Social desde janeiro de 2024, mas o alerta de negligência em relação à bebê chegou ao Conselho Tutelar apenas dois dias antes de sua morte, sem tempo hábil para intervenção.
O pai da criança, que já estava preso desde a morte da filha, foi indiciado pelo crime hediondo de estupro com resultado morte. Ele havia confessado o crime anteriormente, alegando não ter “segurado os impulsos sexuais”. A mãe, que foi levada ao Batalhão da PM (Polícia Militar) após a comoção popular e segue em liberdade, agora responderá por maus-tratos.
Com o inquérito concluído e os pais indiciados, o caso agora segue para o Ministério Público, que decidirá sobre a denúncia formal à Justiça.