4ª Conferência das Mulheres discute políticas públicas, igualdade e conquistas – CGNotícias


Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade e Mais Conquistas para Todas”, a 4ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres está sendo realizada nesta quinta-feira (24), com a presença de mais de 200 mulheres inscritas. As atividades acontecem no Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza, localizado na Rua Joaquim Murtinho, nº 5160 – Bairro Tiradentes.

Estruturado em três eixos temáticos, o evento propõe o debate sobre a participação política paritária e o fortalecimento da democracia, o enfrentamento a todas as formas de violência de gênero e a promoção da autonomia econômica e inserção das mulheres no mundo do trabalho.

A secretária Executiva da Mulher, Angélica Fontanari, destaca que a conferência tem como principal objetivo discutir, propor e construir uma agenda de prioridades voltada às mulheres campo-grandenses, considerando os desafios e especificidades locais. “É um evento histórico, porque há quase 10 anos não temos a realização de uma conferência nacional de políticas públicas para as mulheres. O mais significativo é que são mulheres de diferentes áreas e realidades. Vamos dialogar com representantes de diversos segmentos. E tudo isso com um único objetivo: o fortalecimento das políticas públicas voltadas às mulheres.”

A coordenação do evento está sob responsabilidade da Subsecretaria de Políticas para a Mulher (Semu), com apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), e conta com uma comissão organizadora formada por representantes de ambas as instituições.

Para Mirella Ballatore, presidente da Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul, a conferência fortalece a participação coletiva e traz visibilidade às mulheres com deficiência.

“Esse tipo de evento, assim como todas as outras conferências que ocorrem no Estado, servem justamente para que as críticas e propostas sejam levadas inicialmente ao nível municipal, depois ao estadual e, por fim, à esfera federal, em Brasília. Isso é fundamental para que as políticas públicas — especialmente no meu caso, voltadas às mulheres com deficiência e à defesa dos nossos direitos — possam, de fato, ser acessadas de forma justa e legal. Precisamos mudar o discurso, sair da invisibilidade e fazer com que as políticas públicas sejam construídas com participação, de forma pacífica e efetiva”, afirma Mirella.

A artesã Sônia Aparecida Queiroz também participa do evento e expõe suas obras sensoriais durante a conferência. “Dentro dessas ações, há oficinas e exposições. Os quadros que trouxe fazem parte da coleção Mulheres Empoderáveis. São representações de diversos perfis: mulheres negras, asiáticas, brancas e sempre buscando retratar elementos da realidade feminina. Os quadros são feitos com materiais naturais e recicláveis”, disse.

A coordenadora municipal da Casa da Mulher Brasileira, Iacita Azamor, reforça a importância dos temas abordados. “Vivemos uma verdadeira epidemia de violência, e, infelizmente, a mulher, que deveria ser mais protegida, continua sendo a que mais sofre. Hoje é um dia de luta por todas essas causas. É um momento muito importante. Ao final, vamos apresentar as propostas e políticas públicas que serão levadas à conferência nacional.”

A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Clarissa Carlotto Torres, avalia que a conferência acontece em um momento crucial. “A oportunidade de discutir políticas públicas em um momento em que, infelizmente, vemos retrocessos em vez de avanços, é essencial. Não podemos esquecer disso, assim como não podemos ignorar que a violência continua — e continua cada vez mais grave. A medida protetiva salva vidas. Quero reforçar isso para vocês: a medida protetiva tem esse papel, ela protege e ampara”, diz.

Já a coordenadora estadual da Casa da Mulher Brasileira, Carla Stephanini, enfatiza que a defesa dos direitos das mulheres exige compromisso constante. “Esse olhar vigilante — que é inegociável — precisa ser ativo, para que possamos, de fato, atuar pela garantia dos nossos direitos”.

Representando a prefeita Adriane Lopes no evento, a vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Camilla Nascimento, defendeu que a justiça social só será alcançada com equidade. “Enquanto uma sociedade não promover a segurança das mulheres, não der voz às mulheres, não respeitar e não promover oportunidades, ela não será justa. Só será justa por meio de políticas públicas que atinjam todas as mulheres e não fiquem somente no papel”, afirma a vice-prefeita.

A participação na conferência é aberta a representantes de instituições públicas e privadas, movimentos sociais, universidades, conselhos de direitos, além de integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A parte da manhã ocorrem palestras e oficinas no período da tarde.

#ParaTodosVerem. A imagem de capa mostra o credenciamento das partipantes. As imagens internas são do público presente sentado, entrevistadas e autoridades.





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