Kid preto sobre atuação do Exército em QGs: “Houve um erro grande”


O coronel do Exército Márcio Nunes de Resende disse ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (28/7), que o Exército “errou” ao não se posicionar contra a permanência de pessoas acampadas em frente aos quartéis-generais, após as eleições de 2022. “Houve um silêncio ensurdecedor por parte do Exército”, disse o militar em interrogatório, ao qual foi submetido como réu do núcleo 3 de trama golpista julgada na Corte.

O kid preto, integrante das forças especiais, ressaltou que a situação ficava cada vez mais complicada e que, da maneira como estava, se Jair Bolsonaro (PL) “viesse em cadeia nacional e invocasse o [art.] 142”, não conseguiria controlar a situação.

“Houve um erro grande. Houve um silêncio ensurdecedor por parte do Exército. Não gostaria de estar aqui criticando a instituição que servi por 33 anos, sem nenhuma mágoa. Mas, com aquele pessoal acampado ali na frente dos quartéis, achando que teria alguma coisa”, disse.

O artigo 142 da Constituição Federal diz que “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Exército deveria ter se pronunciado, diz kid preto

O coronel do Exército disse acreditar que a corporação deveria ter se pronunciado, dito: “Vocês estão aqui, mas não apoiaremos nada”. Para ele, em caso de convocação de Bolsonaro, não teria como segurar os acampados, devido aos “vácuos” de pronunciamentos.

“Seria um barata voa ali. Poderia perder o controle da situação por não ter… por não se precaver nesse sentido. Um informativo do Exército ali seria importante”, disse.

Resende Júnior fez reunião de kids pretos no salão de festas do pai na Asa Norte, área nobre de Brasília, em 28 de novembro de 2022. Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), nessa ocasião, foram debatidos detalhes da suposta trama golpista.



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