Quando casais famosos terminam suas relações, é comum que fãs fiquem chateados e até mesmo sofram como se aquilo estivesse ocorrendo com alguém próximo. Foi assim com o casal Zé Felipe e Virginia Fonseca e, mais recentemente, com o fim do casamento entre Carlinhos Maia e Lucas Guimarães. Segundo especialistas, isso tem nome: luto coletivo.
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Sofrimento entre seguidores
A psicanalista Jenifer Lima explica que o luto coletivo ocorre quando muitas pessoas, mesmo sem conhecer pessoalmente o casal em questão, sentem uma perda emocional ao ver o fim da relação.
“Isso acontece porque projetamos sonhos, desejos e expectativas nessas histórias públicas”, comentou a especialista. “Quando elas terminam, é como se uma parte dessas fantasias e esperanças também acabasse para nós”, reforça.
Com as redes sociais, em que esses famosos parecem cada vez mais íntimos, essa sensação é potencializada. Festas, viagens, nascimentos e, claro, términos são todos publicados nas plataformas. De acordo com a psicanalista, no entanto, tal “proximidade” não passa de ilusão.
“As redes sociais amplificam a conexão. Elas permitem que as pessoas acompanhem cada detalhe, criem narrativas imaginárias e se sintam próximas desses casais. Isso transforma a relação deles em algo nosso, coletivo, quase como se fossem parte da nossa própria história emocional”, afirma Jenifer.
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Virginia Fonseca e Zé Felipe
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Carlinhos Maia e Lucas Guimarães.
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Zé Felipe e Virginia Fonseca
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Carlinhos Maia e Lucas Guimarães
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Virginia e Zé Felipe
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Carlinhos Maia e Lucas Guimarães
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Por isso, quando romances que aparentam ser “perfeitos” chegam ao fim, parte do público reage com mais intensidade emocional. “Inconscientemente, essas histórias refletem nossas próprias experiências e desejos. É uma fantasia compartilhada, uma forma de lidar com sentimentos que às vezes nem conseguimos nomear”, analisa.
Efeitos na vida real
Essa idealização de casais famosos, no entanto, tem efeitos concretos nas expectativas amorosas de seus seguidores. De acordo com a especialista, quando se acredita na imagem de um relacionamento “perfeito”, qualquer realidade fora desse padrão pode parecer um fracasso.
“Idealizar esses casais cria uma imagem quase perfeita do amor, o que faz com que a gente se sinta super inadequado ou frustrado quando nossos próprios relacionamentos não correspondem a essa fantasia”, alerta.
Para Jenifer, a era digital acabou por mudar a forma como construímos vínculos afetivos. “Não nos conectamos apenas com quem está próximo. Vivemos imersos em imagens, histórias e narrativas que misturam o real com o imaginário. Isso pode tanto nos aproximar quanto confundir nossas relações”, completa.
