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Brasil pode perder R$ 1 bilhão com isenção na importação de alimentos


A isenção do imposto de importação (II) de nove produtos alimentícios, anunciada na noite de quinta-feira (6/3) pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), pode gerar perda de arrecadação da ordem de R$ 1 bilhão por ano. O objetivo da medida é arrefecer a inflação dos alimentos, que está pressionando o governo.

O cálculo é de Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos. O total da arrecadação perdida no ano de 2025 vai depender do início da vigência da medida, além de considerações de sazonalidade. Salto explica que o custo para os cofres públicos não é muito relevante, ao menos neste momento.

O Ministério da Fazenda ainda não apresentou o cálculo oficial de impacto fiscal das medidas. O ministro Fernando Haddad, inclusive, não participou das reuniões desta semana em Brasília, pois tem passado os últimos dias no gabinete em São Paulo. Representaram o ministro o secretário-executivo, Dario Durigan, e o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.

Terão as alíquotas de importação zeradas:

  • Café, hoje taxado em 9%;
  • Azeite de oliva, hoje em 9%;
  • Óleo de girassol, hoje em 9%;
  • Milho, hoje em 7,2%;
  • Açúcar, hoje em 14%;
  • Sardinha, hoje em 32%;
  • Biscoito, hoje em 16,2%;
  • Massa alimentícia (macarrão), hoje em 14,4%; e
  • Carne, hoje em 10,8%.

Segundo Salto, são três os produtos que respondem pela quase totalidade do efeito fiscal da isenção: azeite, milho e carnes.

A medida ainda não tem data para entrar em vigência, pois depende da aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que deverá identificar os códigos dos produtos isentos.

Portanto, essa é uma estimativa preliminar dos efeitos fiscais a partir de dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Lula citou possíveis novas medidas drásticas

Em agenda em Minas Gerais nesta sexta-feira (7/3), o presidente Lula dedicou uma grande parte do discurso ao problema dos alimentos.

“Eu quero que vocês saibam que preço do café está muito caro para o consumidor, o preço do ovo está muito caro, o preço do milho está caro e nós estamos tentando encontrar uma solução. A gente não quer brigar com ninguém, a gente quer encontrar uma solução pacífica”, disse Lula.

“Mas, se a gente não encontrar, a gente vai ter que tomar atitude mais drástica, porque o que interessa é levar a comida barata para a mesa do povo brasileiro”, destacou o chefe do Palácio do Planalto.

As medidas já anunciadas não foram bem recebidas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Para a bancada, as iniciativas são “pontuais e ineficazes para efeito imediato”.

“A redução mais eficiente para combater a inflação de alimentos é a colheita da safra brasileira que ocorre nos próximos meses e a correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil”, ressaltou a FPA em nota.
Para a bancada do agro, a gestão petista “tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação”.



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Polícia prende suspeito de amarrar e matar jornalista no Paraná


A Polícia Civil do Paraná prendeu na manhã da última quinta-feira (6) um homem suspeito de ter extorquido e matado o jornalista Cristiano Luiz Freitas, de 49 anos, encontrado morto dentro da casa onde morava em Curitiba (PR).

De acordo com as informações, o suspeito foi localizado em um flat no centro de Curitiba (PR).

Segundo a polícia, o indivíduo teria praticado os crimes contra seis vítimas, marcando encontros por aplicativo e depois realizando ameaças, com uso de arma de fogo, para que as vítimas realizassem transações via Pix.

A Polícia Civil afirmou que investigações serão realizadas, a fim de verificar a possível relação com esse crime.



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Um dia após novas regras, Pix tem instabilidade nesta sexta (7/3)


Nesta sexta-feira (7/3) usuários de instituições financeiras como o Itaú e o BRB estão relatando problemas para realizar transferências e pagamentos via Pix.

Segundo informações do site Downdetector, que monitora em tempo real falhas em todos os tipos de serviço, houve um pico de 319 notificações sobre falhas no sistema de pagamento instantâneo às 19h28 dessa quinta-feira (6/3). Nesta sexta, o número de problemas reportados chegou a 134 às 13h01.

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2 de 2Luh Fiuza/Metrópoles @luhfiuzafotografia

O problema no Pix ocorre um dia após uma atualização nas regras do serviço pelo Banco Central (BC).

O Itaú Unibanco informou que identificou “uma instabilidade pontual” na tarde desta sexta, que impactou uma parcela de clientes para a realização de transferências via Pix. “O banco ressalta que está trabalhando para que as operações sejam normalizadas o mais rápido possível e pede desculpas aos clientes pelo inconveniente”, disse a assessoria do Itaú.

O Metrópoles também procurou o BC, responsável pelo sistema de pagamentos contínuo e em tempo real, mas ainda não obteve resposta. A reportagem será atualizada quando houver posicionamento.



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Trump diz que enviou carta ao líder do Irã para negociar acordo nuclear


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que quer negociar um acordo nuclear com o Irã e enviou uma carta aos líderes do país na quinta-feira (6) afirmando que espera que eles concordem em conversar.

“Eu disse: espero que vocês negociem, porque será muito melhor para o Irã”, informou Trump em entrevista à Fox Business Network transmitida nesta sexta-feira (7).

Segundo o presidente, “eles querem receber essa carta. A alternativa é que temos que fazer alguma coisa, porque não podemos permitir outra arma nuclear.”

A carta parece ter sido endereçada ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.

A Casa Branca não respondeu imediatamente a uma solicitação sobre o assunto.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, também discutiu os esforços internacionais para resolver a situação em torno do programa nuclear do Irã com o embaixador iraniano Kazem Jalali, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta sexta-feira.



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INSS: 13º salário de aposentados vai ser antecipado em 2025? Entenda


Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão com a expectativa de receber a antecipação do pagamento do abono anual da Previdência Social, também conhecido como 13º salário do INSS, como vem ocorrendo nos últimos anos, desde 2022.

No ano passado, a decisão foi tomada em março, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto a fim de antecipar para abril e maio os pagamentos do auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão da Previdência.

A antecipação, porém, só poderá ser decidida depois da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que ainda não foi votada pelo Congresso Nacional — projeto deveria ter sido votado até o fim do ano passado. Há previsão de que essa votação seja destravada na segunda quinzena de março.


Entenda

  • Geralmente, o abono do INSS é pago no segundo semestre de cada ano.
  • No entanto, nos últimos anos, os governos Bolsonaro e Lula anteciparam o benefício com o objetivo de estimular a economia.
  • Em 2022 e 2023, o abono foi pago entre maio e junho. Já em 2024, o pagamento ocorreu entre abril e maio.
  • O governo espera a votação do Orçamento de 2025 para tomar decisão.

Sem a aprovação do projeto, o Orçamento de 2025 é executado de forma limitada. Como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) — que serve de base para a LOA — foi aprovada, o Executivo começou o ano usando a liberação mensal de 1/12 (um 12 avos ou um duodécimo) do valor previsto para o custeio da máquina pública.

Nos últimos anos, o calendário de antecipação do 13º salário dos aposentados foi dividido em duas etapas: na primeira, o pagamento foi feito para quem recebia um salário-mínimo; na segunda, o valor era depositado para os demais beneficiários.



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Atlas: 9 em 10 brasileiros consideram criminalidade uma grande preocupação


Nove em cada dez brasileiros consideram a criminalidade uma grande preocupação, de acordo com levantamento Atlas/Bloomberg divulgado nesta sexta-feira (7).

Foram ouvidas 5.710 pessoas, por meio de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), entre os dias 24 e 27 de fevereiro. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Criminalidade

Nível de criminalidade

Os entrevistados foram indagados sobre como avaliam o nível de criminalidade no Brasil no momento atual.

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Percepção

Para a maior parte dos brasileiros, a criminalidade está piorando no país.

Na avaliação dos entrevistados pelo levantamento, a criminalidade no Brasil aumentou nos últimos seis meses.

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Desempenho do governo Lula

O desempenho do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segurança pública foi analisado pela pesquisa.

Hábitos

O levantamento também avaliou se os entrevistados alteraram hábitos diários por conta da preocupação com a criminalidade e, se sim, quais.

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Crimes ou incidentes

Outra questão abordada pelo levantamento é se os respondentes testemunharam, nos últimos três meses, algum crime ou incidente de segurança pública.

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Entre os crimes e/ou incidentes mais observados pelos entrevistados estão tráfico de drogas (50,8%), roubo de celular (49,0%), roubo à mão armada (42,9%), dentre outros (relação completa abaixo).



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Gleisi critica oposição e defende BC: "Morto não pode fazer Pix"


Nessa quinta (6/3), o BC determinou que os bancos deverão excluir as chaves Pix de CPFs e CNPJs que tiverem cadastro irregular na Receita



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O que a crise na Síria pode significar para o equilíbrio de forças no Oriente Médio?


As partes interessadas agora precisam considerar o impacto geopolítico de uma ofensiva rebelde liderada por um grupo islâmico na Síria que poderia potencialmente ameaçar o controle do presidente Bashar al-Assad sobre o país.

Os rebeldes sírios fizeram um avanço relâmpago no norte do país, tomando duas grandes cidades: Aleppo, a segunda maior cidade, e Hama, uma cidade estrategicamente importante que fica em uma rota de suprimento vital.

Os rebeldes estão dizendo que avançarão mais para o sul, para Homs, a pouco mais de 160 km da capital síria, Damasco.

“Quando falamos sobre objetivos, o objetivo da revolução continua sendo a derrubada deste regime. É nosso direito usar todos os meios disponíveis para atingir esse objetivo”, disse Abu Mohammad al-Jolani, o ex-combatente da Al Qaeda que agora lidera a rebelião, à CNN em uma entrevista na quinta-feira (5).

Embora Assad tenha muitos inimigos na região e além, sua queda não seria bem-vinda por todos.

Estados ocidentais e árabes, assim como Israel, gostariam de ver a influência do Irã na Síria reduzida, mas nenhum deseja um regime islâmico radical para substituir Assad.

Para a Rússia, a queda da Síria pode significar perder seu aliado mais próximo do Oriente Médio e minar sua capacidade de projetar poder enquanto luta uma guerra na Ucrânia. Para o Irã, pode destruir seu chamado Eixo de Resistência, composto por estados aliados e milícias.

Como os eventos na Síria podem impactar o Oriente Médio?

Estados árabes

Os avanços rebeldes na Síria marcam o primeiro teste real do comprometimento dos poderosos estados árabes em se reconciliar com Assad.

No auge da guerra civil síria, os estados árabes sunitas, incluindo as potências regionais Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, romperam laços com o regime de Assad, aliado ao Irã, moveram-se para isolá-lo e apoiaram grupos de oposição que tentavam derrubá-lo, vendo isso como uma oportunidade de conter a influência regional de Teerã.

Mas Assad, auxiliado pela Rússia, Irã e Hezbollah do Líbano, sobreviveu e recuperou o território perdido para os rebeldes. Sob pesadas sanções dos EUA, a Síria se transformou no que alguns especialistas chamaram de “narcoestado”, alimentando uma crise de drogas em países vizinhos.

A nova realidade da Síria levou as nações árabes a estenderem a mão ao regime de Assad e, nos últimos anos, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos lideraram esforços para sua reabilitação regional e internacional. Em 2023, o regime sírio foi readmitido na Liga Árabe.

Mais de uma década depois de apoiarem a oposição síria, os estados árabes do Golfo, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, agora estão do lado de Assad, pois ele mais uma vez enfrenta uma rebelião.

“Em 2011, um número muito grande de países rapidamente chegou à conclusão de que estariam melhor se Assad caísse e queriam se livrar dele, mas os sauditas, emiradenses e outros na região veem isso agora como uma situação desafiadora e desestabilizadora para eles se Assad cair neste ponto”, disse Trita Parsi, vice-presidente executiva do Quincy Institute, sediado em Washington DC.

Em sua cúpula anual do Gulf Cooperation Council (GCC) no último fim de semana, os líderes árabes do Golfo pediram a preservação da integridade territorial da Síria, declararam respeito por sua soberania e rejeitaram a interferência regional em seus assuntos internos.

Em contraste, a declaração após a cúpula do GCC de 2011 pediu a Assad que “parasse imediatamente a máquina de matar, pusesse fim ao derramamento de sangue e libertasse os detidos”.

“Podemos ver que muitos desses países gostariam de tirar vantagem da situação para melhorar sua própria posição dentro da Síria, particularmente com o Irã, mas isso exige que Assad seja enfraquecido, mas permaneça – uma posição muito diferente da que eles tinham antes, quando estavam jogando tudo nele para se livrar dele de uma vez por todas”, disse Parsi.

Irã

O Irã usou a Síria para expandir sua influência regional por meio de grupos proxy estacionados no país. A República Islâmica, junto com seu proxy mais formidável, o Hezbollah, provou ser fundamental para manter Assad no poder, ajudando as forças do governo sírio a recuperar territórios perdidos, enquanto enviava seus próprios comandantes do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) para aconselhar os militares de Assad.

Depois que o grupo militante palestino Hamas lançou seu ataque a Israel em outubro do ano passado, o Hezbollah começou a trocar tiros com Israel, provocando uma retaliação israelense que teve os altos escalões do grupo assassinados e debilitou significativamente suas capacidades.

Como resultado, o Hezbollah retirou suas forças da Síria para se concentrar em sua guerra com Israel, deixando Assad exposto, disseram especialistas.

Na Síria, Israel tem consistentemente como alvo pessoal iraniano e rotas de suprimentos usadas para transferir armas para seus proxies. A queda de Aleppo e potencialmente outras cidades que fazem fronteira com o Líbano podem interromper ainda mais essas rotas, colocando o Irã em uma posição difícil.

Na semana passada, o Ministro das Relações Exteriores iraniano Abbas Araghchi disse ao canal de notícias do Catar Al Araby Al Jadeed que Teerã consideraria enviar tropas para a Síria se solicitado pelo regime de Assad.

No entanto, a escalada da guerra na Síria poderia minar os esforços do Irã para buscar diplomacia com o Ocidente e os estados árabes.

Perder a Síria seria “um grande golpe” para o Irã, disse Parsi. “O investimento que os iranianos fizeram na Síria é muito significativo, é uma importante ponte terrestre para o Líbano, mas também a aliança que os iranianos têm com o regime de Assad perdurou ao longo da história da República Islâmica.”

O Irã também pode usar seus representantes na região como alavanca em possíveis negociações com uma nova administração Trump, disse Parsi.

“Se o Irã perder muito de sua posição na região, eles serão fracos demais para negociar? Mas se eles lutarem para tentar manter o máximo possível dessa posição, eles correm o risco de escalar a guerra a ponto de a diplomacia não ser mais possível?” ele disse. “Eles estão caminhando em um equilíbrio delicado”,

Israel

Israel também está preso em uma posição difícil. Assad, que vê Israel como um inimigo, não representa uma ameaça direta ao país, optando por não responder aos ataques israelenses regulares na Síria no ano passado. Mas o regime permitiu que seu território fosse usado pelo Irã para abastecer o Hezbollah no Líbano.

Hadi al-Bahra, um líder da oposição síria que representa grupos anti-Assad, incluindo o Exército Nacional Sírio (SNA) apoiado pela Turquia, disse que os rebeldes se sentiram encorajados a fazer um avanço para Aleppo na semana passada depois que Israel debilitou o Hezbollah e enfraqueceu a presença do Irã na região.

“Devido à guerra libanesa e à diminuição das forças do Hezbollah, o regime (de Assad) tem menos apoio”, disse Al Bahra à Reuters em uma entrevista, acrescentando que as milícias apoiadas pelo Irã também têm menos recursos, e a Rússia está fornecendo menos cobertura aérea às forças de Assad devido ao seu “problema com a Ucrânia”.

O grupo que lidera a rebelião, no entanto, é Hayat Tahrir Al Sham (HTS), cujo líder Abu Muhammad Al Jolani é um ex-combatente da Al Qaeda com uma ideologia islâmica que se opõe a Israel.

“Israel está entre o Irã, seus representantes e os rebeldes islâmicos da Síria”, disse Avi Melamed, um ex-oficial de inteligência israelense, à CNN. “Nenhuma das escolhas é boa no que diz respeito a Israel, mas, por enquanto, o Irã e seus representantes estão enfraquecidos, o que é bom.”

Israel tem que garantir que a ofensiva não evolua para um “novo desafio” imposto pelo HTS e pelos rebeldes sunitas que lideram a ofensiva na Síria, ele acrescentou.

Rússia

Assad estava em uma sequência de derrotas na Síria até que o presidente russo Vladimir Putin interveio em 2015. Sem o apoio aéreo russo, a retomada de Aleppo em 2016, um ponto de virada para o presidente sírio em dificuldades, teria sido difícil, se não impossível.

O Kremlin disse esta semana que “certamente continuará a apoiar” Assad enquanto os jatos russos intensificam os ataques às forças da oposição no norte da Síria.

Nicole Grajewski, bolsista do Programa de Política Nuclear do Carnegie Endowment for International Peace com foco na Rússia, disse que o regime de Assad foi pego de surpresa durante a última ofensiva dos rebeldes, e os rebeldes podem ter aproveitado a distração da Rússia com a Ucrânia para tomar terras na Síria.

Moscou não havia comprometido um grande número de forças para a Síria e ainda pode ser capaz de apoiá-la, ela acrescentou, mas a capacidade da Rússia de mobilizar forças seria difícil, dada a rapidez com que os rebeldes estão avançando pelo norte da Síria.

No geral, o avanço dos rebeldes com a ajuda da Turquia é uma “ameaça muito grande para a Rússia”, disse Grajewski à CNN. “A Rússia investiu muito capital em Assad e a perda da Síria seria uma perda ainda maior, pois seu status mais amplo como uma grande potência e sua capacidade de manobra no Oriente Médio.”

Turquia

A Turquia tentou se distanciar das ações dos rebeldes no norte da Síria, mas é o principal apoiador do Exército Nacional Sírio, um dos grupos que impulsionam a ofensiva.

Ancara também representou a oposição em negociações com a Rússia ao longo de vários anos na última década, o que acabou levando a um acordo de cessar-fogo em 2020 entre as partes na Síria que cada uma delas apoia.

Apesar de seu apoio às forças da oposição, a Turquia não descartou uma reaproximação com a Síria.

O presidente Recep Tayyip Erdogan convocou uma reunião com Assad, o homem que ele uma vez rotulou de terrorista, para restabelecer as relações. Assad se recusou a encontrá-lo enquanto a Turquia continuar a ocupar partes de seu país.

A Turquia também buscou uma solução para cerca de 3,1 milhões de refugiados sírios que abriga – mais do que qualquer outro país. Os refugiados se tornaram um grande ponto de discórdia na Turquia, muitas vezes levando a tumultos anti-Síria e pedidos de deportação em massa por partidos da oposição.

Até recentemente, a situação da Síria era vista na Turquia como “o regime está ganhando, a oposição está perdendo”, com o eixo Irã-Rússia definindo os desenvolvimentos no local, disse Galip Dalay, consultor sênior da Chatham House, um think tank em Londres. Mas o recente impulso rebelde mudou essa dinâmica de poder.

“Agora está claro que os turcos querem se envolver em uma negociação, mas mostrando a Assad que ele está entrando na negociação de um ponto fraco. Se as negociações ocorrerem agora, a única maneira de levar a algo é se Assad fornecer concessões reais, não concessões cosméticas”, disse Dalay à CNN.

Outro objetivo da Turquia é repelir grupos insurgentes curdos localizados ao longo da fronteira entre a Turquia e a Síria e criar uma zona de proteção.

Erdogan há muito se opõe ao nacionalismo curdo e deixou claro que seu objetivo final é eliminar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo político e militante de extrema esquerda curdo baseado na Turquia e no Iraque que luta contra o estado turco há mais de três décadas.



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Fórmula 1: Lando Norris conquista pole position do GP de Abu Dhabi


Na última classificação da temporada da Fórmula 1, Lando Norris garantiu o primeiro lugar para o GP de Abu Dhabi, que acontece neste domingo (8), às 10h (de Brasília).

Como havia acontecido nos dois últimos treinos livres, a McLaren dominou o classificatório, com Oscar Piastri na segunda colocação. Carlos Sainz, da Ferrari, ficou com o terceiro lugar.

Com o resultado nos Emirados Árabes, Norris larga na frente pela 8ª vez temporada e empata com Max Verstappen em números de poles em 2024.

Na disputa pelo segundo lugar no Mundial de Pilotos, Norris tem uma boa vantagem no grid diante de Charles Leclerc, da Ferrari, que errou no Q2 e larga apenas na 14ª posição. O britânico tem 349 pontos, contra 341 de Leclerc.

Ao final do Q1, Lewis Hamilton precisava de uma volta rápida para avançar na classificação, mas terminou apenas na 18ª colocação em sua última sessão de classificação pela Mercedes. Na próxima temporada da Fórmula 1, o heptacampeão mundial vai correr pela Ferrari.

Quem também parou na fase inicial da classificação foram Alexander Albon (16º), Ghuanyu Zhou (17º), Franco Colapinto (19º) e Jack Doohan (20º).

No Q2, Verstappen foi o primeiro a abrir uma volta rápida e conseguiu, com 1min22s99, se manter na primeira colocação até nos momentos finais dessa parte da classificação, quando foi superado por Carlos Sainz, com 1min22s985.

Charles Leclerc também fez um tempo mais rápido, mas não teve a volta considerada por ter ultrapassado os limites da pista. Com isso, o piloto da Ferrari terminou na 14ª colocação. Também ficaram fora da parte final do treino classificatório Yuki Tsunoda (11º), Liam Lawson (12º), Lance Stroll (13º) e Kevin Magnussen (15º).

Nos 12 minutos do Q3, Max Verstappen também conseguiu registrar um bom tempo (1min22s945), apesar de quase perder a traseira na curva final da volta. Ele foi seguido de perto por Norris e Piastri. Os três foram os únicos a andar abaixo dos 1min23s00 no início do Q3.

Com cronometro zerado, Nico Hulkenberg fez o melhor tempo (1min22s886), mas depois foi superado por Norris (1min22s595), Piastri (1min22s804) e Sainz (1min22s824).

Confira o grid de largada para o GP de Abu Dhabi:

  1. Lando Norris (ING/McLaren), 1min22s595
  2. Oscar Piastri (AUS/McLaren), 1min22s804
  3. Carlos Sainz (ESP/Ferrari), 1min22s824
  4. Nico Hulkenberg (ALE/Haas), 1min22s886
  5. Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min22s945
  6. Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min22s984
  7. George Russell (ING/Mercedes), 1min23s132
  8. Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min23s196
  9. Valtteri Bottas (FIN/Kick Sauber), 1min23s204
  10. Sérgio Perez (MEX/Red Bull), 1min23s264
  11. Yuki Tsunoda (JAP/RB), 1m23s419
  12. Liam Lawson (NEO/RB), 1min23s472
  13. Lance Stroll (CAN/Aston Martin), 1min23s784
  14. Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min23s833
  15. Kevin Magnussen (DIN/Haas), 1min23s877
  16. Alexander Albon (TAI/Williams), 1min23s821 no Q1
  17. Ghuanyu Zhou (CHN/Kick Sauber), 1min22s880
  18. Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 1min23s887
  19. Franco Colapinto (ARG/Williams), 1min23s912
  20. Jack Doohan (AUS/Alpine), 1min23s105

Com agência





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Veja como são os primeiros carros híbridos fabricados pela GWM no Brasil


A GWM dará início à produção de modelos nacionais em 2025. A montadora chinesa tem fábrica em Iracemápolis (SP), e a montagem está marca começar já no primeiro semestre do próximo ano. 

Alguns modelos já estão confirmados para a planta, como a linha Haval H6, que tem quatro diferentes configurações. Contudo, na última quinta-feira (5), a marca revelou a inclusão de mais dois modelos na linha de produção — um SUV e uma picape.

Embora não haja confirmação oficial, é provável que os novos modelos nacionais sejam o GWM Tank 300 e a picape Poer. Ambos já apareceram no Brasil e já foram flagrados em testes.

Por enquanto, não há confirmação de fabricação nacional de modelos elétricos por parte da GWM no país.

A linha Haval, cuja confirmação de produção em Iracemápolis já existe, tem quatro variantes:

  • H6 HEV;
  • H6 PHEV19;
  • H6 PHEV34; e
  • H6 GT.

H6 HEV 

O SUV híbrido tem preço de R$ 216 mil, mas não possui capacidade para recarregar as baterias na tomada. A potência do modelo é de 243 cv e 54 kgfm de torque. A transmissão é automática com duas velocidades e tração dianteira. 

  • Comprimento: 4,68 m
  • Largura: 1,88 m
  • Altura: 1,73 m
  • Consumo urbano: 13,8 km/l
  • Consumo rodoviário: 12 km/l
  • Velocidade máxima: 175 km/h
  • Peso: 1.699 kg

Haval H6 HEV é a versão mais barata do modelo
Haval H6 HEV é a versão mais barata do modelo • Divulgação

H6 PHEV19

Vendido por R$ 241 mil, o modelo já tem sistema de recarga plug-in. Combinados, os motores geram 326 cv de potência e 54 kgfm de torque. A autonomia máxima para rodar no modo 100% elétrico é de 74 km (Inmetro). 

  • Comprimento: 4,68 m
  • Largura: 1,88 m
  • Altura: 1,73 m
  • Carregamento AC: 3 horas
  • Carregamento DC (30-80%): 28 min
  • Velocidade máxima: 180 km/h
  • Peso: 1.890 kg

O PHEV19 é a variante de entrada para a gama plug-in
O PHEV19 é a variante de entrada para a gama plug-in • Divulgação

H6 PHEV34

Modelo é comercializado por R$ 283 mil no Brasil. Mais potente que a versão PHEV19, o PHEV34 tem 393 cv de potência e 77,7 kgfm de torque. A bateria é de 34 kWh, e é referência à nomenclatura. A autonomia elétrica chega aos 113 km. 

  • Comprimento: 4,68 m
  • Largura: 1,88 m
  • Altura: 1,73 m
  • Carregamento AC: 5 horas
  • Carregamento DC (30-80%): 29 min
  • Velocidade máxima: 180 km/h
  • Peso: 2.040 kg

Modelo tem motor mais forte que a variante anterior
Modelo tem motor mais forte que a variante anterior • Divulgação

H6 GT

A versão esportiva com carroceria cupê. Tem motor de 393 cv e 77,7 kgfm. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita abaixo dos quatro segundos. A autonomia elétrica chega aos 116 km nesta versão. O modelo, porém, tem medidas diferentes dos demais. 

  • Comprimento: 4,72 m
  • Largura: 1,94 m
  • Altura: 1,73 m
  • Carregamento AC: 5 horas
  • Carregamento DC (30-80%): 29 min
  • Velocidade máxima: 180 km/h
  • Peso: 2.050 kg

Variante com visual cupê tem maior comprimento e largura
Variante com visual cupê tem maior comprimento e largura • Divulgação



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