A 78ª edição do Festival de Cannes chega ao fim neste sábado (23), com grandes chances de prêmios para “O Agente Secreto”, novo filme de Kleber Mendonça Filho. E uma dessas honrarias pode ser conquistada pelo ator Wagner Moura, que protagoniza o filme.
Uma das apostas da revista Vanity Fair, o ator brasileiro pode levar para casa o prêmio de Melhor de Interpretação Masculina, um feito inédito para o país até então. Anteriormente, apenas Fernanda Torres conquistou a honraria na categoria de atuação feminina, por sua performance em “Eu Sei que Vou Te Amar”, em 1986.
Porém, o ator terá uma disputa acirrada pela frente, com as performances de destaque de Guillaume Marbeck (“Nouvelle Vague”), Aleksandr Kuznetsov (“Two Prosecutors”), e Benicio del Toro (“O Esquema Fenício”).
O vencedor da Palma de Ouro é escolhido pelo júri, que em 2025 é presidido pela atriz francesa Juliette Binoche e formado por Halle Berry, Payal Kapadia, Alba Rohrwacher, Leïla Slimani, Dieudo Hamadi, Hong Sangsoo, Carlos Reygadas e Jeremy Strong.
Os líderes do PL e PSB na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) e Pedro Campos (PE), respectivamente, debateram, nesta sexta-feira (23), no CNN Arena, sobre a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as fraudes em pagamentos do INSS.
O deputado do PSB, que faz parte da base governista, disse que as investigações estão sendo feitas e expressou o desejo do partido com o desfecho do caso.
“Uma CPMI neste momento é politizar um assunto extremamente sério, que está sendo investigado, sem viés político eleitoral, e que nós desejamos que os culpados sejam presos, e obrigados a devolver os recursos que roubaram dos aposentados”, afirmou Campos.
“Cabe sim a decisão do STF, ser feita em relação a isso”, declarou.
Já Sóstenes, compartilhou a alegria que está, com a atitude do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) em acionar o Supremo para obrigar uma CPI do INSS na Câmara.
A oposição também contesta a justificativa que vem sendo dada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que não instala o colegiado porque há uma fila de CPIs para serem feitas antes da do INSS.
“CPI não se votou e não se houve deliberação do plenário, CPI é uma decisão da Câmara, e neste momento, pelo regime, está impedido de tomar essa decisão”, afirmou o líder do PL.
“Então só resta uma alternativa, o Supremo Tribunal Federal poder tomar a decisão”, acrescentou.
Para Campos, as comissões não são, por completo, o melhor caminho, já que possui certos receios.
“Temos muito receio que uma CPI, ou uma CPMI, atrapalhe ao invés de ajudar“, compartilhou.
Porém, para Sóstenes, “é um direito da minoria e da oposição”.
“Todos têm que ser investigados, a CPI, ou a CPMI, ladrão tem que ir para cadeia, e mais ainda ladrão de aposentados e pensionistas. A CPI é um direito da minoria e da oposição. Nós da oposição vamos estar de olho no que o governo quer fazer”, concluiu.
Amelia e Eliza Spencer, as sobrinhas gêmeas de Lady Di, cruzaram o tapete vermelho do Festival de Cannes nesta quinta-feira (22).
Com vestidos complementares, as irmãs estiveram presentes no tapete vermelho de “Colours Of Time”, filme francês que se intitula “La Venue De L’avenir” no idioma original.
Para a ocasião, elas escolheram modelitos Fanel da coleção de noiva da estilista americana Vera Wang, sendo que Amelia usou uma versão branca do look, enquanto Eliza Spencer desfilou com o vestido em preto.
Kitty Spencer, a irmã mais velha das gêmeas, também foi fotografada no evento, com um vestido roxo da marca Dolce & Gabbana com lantejoulas.
As gêmeas são filhas do irmão de Diana,Charles Spencer, 9º Conde Spencer, e segundo a revista People, frequentemente usam looks de alta costura coordenados — embora não exatamente iguais — em grandes eventos, incluindo o British Fashion Awards de 2024, em dezembro passado.
Um voo transportando 45 imigrantes chilenos deportados pelos Estados Unidos pousou em Santiago, capital do Chile, na quinta-feira (22). As famílias receberam os passageiros nos portões do aeroporto, enquanto choravam e se abraçavam.
A maioria deles alegou que foram maltratados pelas autoridades dos EUA. Um deles chegou a dizer que foi tratado “como um cão”. Já outro comentou que estavam vivendo praticamente em uma prisão.
“Me fizeram esperar dois anos e cinco meses num centro de imigração que era tecnicamente uma prisão. Nos trataram como animais, de uma forma horrível.”
Um deles também compartilhou que os imigrantes eram obrigados a permanecerem deitados em uma sala fria, cuja temperatura era de cerca de 10°C.
“Recebemos um tratamento terrível. Estávamos deitados no chão em uma sala chamada ‘freezer’. Imagine só, o que posso lhe dizer? Estava a 12°C”, contou.
Três dos imigrantes chilenos tinham ordens de detenção nos EUA, informaram os meios de comunicação chilenos.
Deportações em massa do governo Trump
Em uma pesquisa realizada da CNN e conduzida pela SSRS em abril, mais da metade dos cidadãos dos Estados Unidos avalia que o presidente Donald Trump foi “longe demais” com as medidas para deportação de imigrantes irregulares.
Ao todo, 52% das pessoas ouvidas pelo levantamento entendem que a administração federal foi “longe demais” no assunto. Em fevereiro, esse número era 45%.
Ao contrário da população americana, Trump se orgulha das políticas de imigração do mandato atual, considerando a ação como uma das maiores “promessas cumpridas” de sua campanha.
Os imigrantes venezuelanos, que são o grupo que mais vem sofrendo com as deportações em massa, também já relatou os maus-tratos do governo americano contra os deportados. Em março, alguns cidadãos venezuelanos repatriados relataram experiências traumatizantes após serem detidos.
“Nós passamos por muitos traumas psicológicos, emocionais e físicos. Eles violaram nossos direitos. Muitos dos que estão aqui foram agredidos fisicamente”, disse o homem em um vídeo postado no Telegram pelo Ministro das Comunicações da Venezuela, Freddy Nanez.
“Trata-se de uma decisão que tende a desestimular investimentos e encarecer o acesso ao crédito, com efeitos negativos sobre a economia brasileira”, afirmou no X (antigo Twitter).
“Infelizmente, o atual governo, em sua ânsia por elevar a arrecadação, reverteu essa política e anunciou um aumento generalizado nas alíquotas do IOF câmbio”, afirmou.
Presidente de honra do PL, Bolsonaro afirmou ainda que avalia com lideranças da sigla estratégias para “barrar mais esse aumento de impostos” promovido pelo governo Lula. “O país não suporta mais a elevação constante da alta carga tributária”, disse o ex-chefe do Executivo.
O aumento no IOF foi anunciado pelo governo Lula com o objetivo de aumentar a arrecadação e reduzir distorções entre diferentes modalidades de investimento e crédito. Ante a reação negativa de agentes do mercado, o Executivo decidiu revogar o aumento para aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior, que continuará com alíquota zero.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o conjunto de ajustes no IOF podem causar impacto de R$ 61,5 bilhões até 2026, sendo R$ 20,5 bilhões neste ano.
Oposição reage
No Congresso, a oposição já se mobiliza sobre o tema. Como a CNN mostrou, o líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), apresentou na quinta-feira (22), um Projeto de Decreto Legislativo para sustar o aumento do IOF.
Nesta sexta-feira (23), o parlamentar também anunciou ter apresentado pedido de convocação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para prestar esclarecimentos sobre a questão do IOF. Tanto o projeto quanto o requerimento ainda precisam ser votados para entrarem em vigor.
O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e no mundo, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). E, embora as taxas de cura sejam altas, há subtipos graves que podem levar à metástases (quando o tumor se espalha para outras regiões do organismo).
O tema será discutindo no “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” deste sábado (24). Nele, o Dr. Roberto Kalil entrevista Marco Antônio Oliveira, dermatologista do Hospital A.C. Camargo, e Paula Bellotti, também dermatologista.
O câncer de pele pode ser dividido em dois tipos: melanoma e não melanoma, sendo o segundo o mais frequente no Brasil. Apesar disso, o melanoma é o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase.
Segundo Oliveira, os carcinomas se desenvolvem de maneira mais lenta, e permitem mais tempo entre diagnóstico e o tratamento. “Já o melanoma, não. Ele é um tumor mais agressivo, que gera metástase e que pode levar a óbito se não tratado precocemente”.
Porém, de acordo com Paula Bellotti, cerca de 80% dos brasileiros desconhecem o melanoma. “Muitas vezes, a pessoa não sabe nem que a pele é um órgão, e não fica atento ao diagnóstico precoce, que dá 90% de chance de cura”, afirma.
Os dois principais fatores de risco são a predisposição genética e a exposição solar, principalmente sem proteção. Os especialistas alertam que o sol tem efeito cumulativo sobre a pele.
“A gente se expõe desde a infância, adolescência, até a vida adulta. Nessa fase jovem, a gente ia lá, tomava sol, ficava vermelho, descascava e achava que ficava por aí. Hoje a gente sabe que não. O sol vai machucando a nossa pele e o DNA da célula todos os dias, aos pouquinhos. E ele sempre vai levar de 10 a 20 anos para mostrar o efeito deletério na nossa pele”, afirma Oliveira.
Por isso, os especialistas reforçam: protetor solar e exposição ao sol fora do horário de pico de radiação ultravioleta, que é entre 11h e 15h.
Bellotti também ressalta a importância do uso de proteção solar nas crianças. “A queimadura por sol na infância aumenta – e muito – o risco de desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta. Por isso, a partir dos seis meses de idade a gente já pode utilizar a proteção solar nas crianças”, afirma.
Cultura do bronzeamento é vilã contra a pele
Durante a conversa, ambos os dermatologistas alertam para a cultura do bronzeamento, popular no Brasil.
“Eu, na minha época, cheguei a passar Coca-Cola no corpo, urucum (para bronzear). Mas a gente não tinha essa informação toda. E hoje é inacreditável o que ainda existe”, diz Bellotti, referindo-se a notícias falsas e às mídias sociais. “São absurdos que a gente tenta desmistificar, porque a desinformação é muito grande e grave”, alerta.
O mesmo vale para o bronzeamento artificial. Embora as câmaras de bronzeamento estejam proibidas no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os dermatologistas explicam que ainda há quem faça, apesar dos riscos.
“Não existe dose de segurança, mesmo calibrando uma lâmpada, você não tem como garantir que aquela irradiação vai ser segura para a formação de um câncer de pele”, disse Oliveira.
Sinais de alerta para câncer de pele
Entre os principais sintomas de câncer de pele estão manchas que coçam, descamam ou sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e feridas que não cicatrizem em quatro semanas.
“A gente tem a regra do ‘ABCDE’. Então, ‘assimetria’, ou seja, um lado é diferente do outro. Depois, as ‘bordas’ dessa mancha ou dessa pinta são irregulares. A ‘cor’ em várias tonalidades, que vai desde o marrom, preto, azul, vermelho. Depois, a ‘dimensão’, ou seja, [é importante] ficar atento a lesões maiores que seis milímetros. E a ‘evolução’ também de uma mancha. Por exemplo, sangrou, alterou cor, aumentou de tamanho…” enumera Bellotti.
As áreas mais afetadas do corpo são exatamente aquelas mais expostas ao sol. “Mas isso não ignifica que você não possa ter um câncer de pele em áreas não expostas”, afirma a dermatologista.
Inclusive, os especialistas desmistificam a ideia de que pele negra não tem câncer de pele. “Peles claras são mais suscetíveis, mas peles negras também podem ter câncer de pele, que se comporta de maneira diferente e, por isso mesmo, nem sempre são diagnosticados precocemente”, diz Bellotti.
O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 24 de maio, às 19h30, na CNN Brasil.
Uma trégua surpresa na crescente guerra tarifária entre os EUA e a China na semana passada foi celebrada por especialistas chineses como um sucesso para o país. No entanto, Pequim está se preparando para um caminho turbulento nas relações e negociações futuras.
Já nos dias imediatamente após o acordo de 12 de maio entre negociadores americanos e chineses em Genebra, Pequim tem atacado Washington.
Na segunda-feira (19), o Ministério do Comércio da China acusou os EUA de “minar” as conversas de Genebra após a administração Trump alertar empresas contra o uso de chips de IA fabricados pela campeã nacional de tecnologia Huawei.
Dois dias depois, afirmou que Washington estava “abusando dos controles de exportação para suprimir e conter a China”, referindo-se novamente às diretrizes de Trump sobre chips de IA.
Pequim também manteve sua posição sobre o fentanil, chamando a praga das drogas de “problema dos EUA, não da China” — mesmo que uma maior colaboração com Washington para conter a produção de produtos químicos que podem ser usados para fabricar a droga pudesse ajudar Pequim a reduzir as tarifas americanas remanescentes sobre seus produtos.
O discurso duro da China envia um sinal claro antes das negociações esperadas: mesmo que Pequim enfrente grandes dores econômicas devido às fricções comerciais, não está disposta a fazer concessões rápidas às custas de sua própria imagem ou interesses.
É também um lembrete de que, apesar da redução temporária, uma rivalidade estratégica EUA-China enraizada lançará uma pesada sombra sobre essas conversas.
Washington agora vê uma China cada vez mais assertiva como uma ameaça e tem se movido para apertar os controles sobre o acesso chinês à tecnologia e investimentos americanos, enquanto fortalece suas alianças asiáticas — atos que Pequim vê como “contenção”.
O relógio já está correndo nas negociações comerciais, já que a trégua acordada por funcionários americanos e chineses no início deste mês dura apenas 90 dias.
Sob esse acordo, os dois lados concordaram em reduzir em 115 pontos percentuais as tarifas que haviam chegado a um embargo comercial de facto entre duas economias altamente integradas — deixando linhas de montagem paralisadas, portos silenciosos e empresas dos dois lados lutando para lidar com a situação.
Não houve anúncio de novas negociações comerciais entre os EUA e a China, embora o representante comercial dos EUA Jamieson Greer e o enviado comercial chinês Li Chenggang tenham se reunido à margem de um encontro de ministros do comércio da APEC na Coreia do Sul na semana passada, informou a Reuters.
Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que o Vice-Ministro Ma Zhaoxu conversou com o Subsecretário de Estado para Gestão e Recursos dos EUA, Richard Verma, sobre as relações China-EUA.
“O reavivamento dos laços comerciais EUA-China beneficia ambos os lados e a economia global”, disse a emissora estatal chinesa CCTV de forma amigável em 14 de maio, quando as reduções entraram em vigor, adotando um tom mais modesto que comentaristas como Hu Xijin, ex-editor de um tabloide nacionalista ligado ao Estado, que havia chamado o resultado de uma “grande vitória” para a China.
Mas, a CCTV acrescentou, os EUA devem “corrigir completamente” seu “erro de criar desculpas para impor tarifas imprudentemente. O diálogo pode começar, mas a hegemonia deve acabar”.
Quando Trump anunciou os chamados impostos recíprocos sobre parceiros comerciais em todo o mundo no mês passado, a China adotou uma abordagem diferente da maioria dos países, retaliando rapidamente com suas próprias medidas.
E não recuou mesmo quando o presidente dos EUA pausou a maioria das tarifas sobre outros países, mas as aumentou sobre a China, com Pequim se projetando como um líder global enfrentando um valentão enquanto suas tarifas de retaliação escalavam.
Agora, os líderes chineses provavelmente se sentem “seguros de que sua estratégia em relação aos EUA está no caminho certo”, segundo o estrategista geopolítico Brian Wong, professor assistente na Universidade de Hong Kong.
Mas a questão para Pequim é como transformar isso em uma vitória duradoura para sua economia — e sua narrativa, apesar de uma profunda desconfiança mútua e crescente competição EUA-China em tecnologia, poderio militar e influência global, sem mencionar um presidente conhecido por sua política agressiva.
“Não há absolutamente nenhuma ilusão por parte dos tomadores de decisão seniores (da China) sobre… um alívio das tensões sino-americanas”, disse Wong. As apostas são altas para a China garantir que as tarifas sejam reduzidas para seu maior mercado de exportação – e não voltem a subir.
Se as atuais tarifas reduzidas permanecerem em vigor, o comércio EUA-China poderia ser cortado pela metade, reduzindo o crescimento da China em 1,6% e levando a perdas de quatro a seis milhões de empregos, de acordo com a economista-chefe para Ásia-Pacífico Alicia Garcia Herrero do Natixis, um banco de investimentos.
O governo Trump ainda não estabeleceu um conjunto claro de demandas para as negociações com a China, mas o presidente há muito critica o déficit comercial de aproximadamente US$ 300 bilhões dos EUA com a China e culpa o país pela transferência de empregos americanos e pelo declínio da manufatura dos EUA.
Apesar do discurso duro, observadores dizem que Pequim provavelmente está preparada para fazer algumas concessões. Isso poderia incluir retornar ou expandir um acordo comercial para comprar mais produtos americanos alcançado durante a primeira guerra comercial de Trump, que nunca foi totalmente implementado.
A colaboração na aplicação da lei ou controles mais rígidos sobre a produção de produtos químicos precursores usados para fazer fentanil poderiam ser outra opção.
“Os chineses estão dispostos a fazer acordos para enfrentar a tempestade chamada Trump”, disse Yun Sun, diretora do programa China no think tank Stimson Center em Washington.
“Se houver uma maneira de minimizar o custo e estabilizar as relações bilaterais… isso é preferível. Mas eles querem que os EUA sejam práticos e razoáveis.”
Existem pontos claros de atrito. Pequim provavelmente gostaria de trabalhar para reduzir a lacuna comercial comprando tecnologia americana de ponta, muito da qual está agora proibida para venda lá.
As autoridades chinesas também podem estar receosas de negociar muito amplamente com a equipe de Trump e fazer concessões relacionadas à abertura de seu sistema econômico, algo que os países ocidentais há muito pedem.
Mas Pequim também tem sua própria influência, já que parece continuar mantendo um controle rígido sobre suas exportações de terras raras, que são críticas para as indústrias automobilística, aeroespacial e militar.
E os observadores veem a China como mais capaz de suportar a dor econômica do que os EUA.
Isso é em parte porque o líder chinês Xi Jinping, um homem forte no topo de um sistema do Partido Comunista rigidamente controlado, não é vulnerável da mesma forma que Trump à reação pública sobre a dor econômica e a queda dos preços das ações.
“Embora os efeitos das tarifas na economia chinesa se tornem mais agudos, Pequim acredita que pode suportar a guerra comercial por mais tempo que os Estados Unidos”, escreveu o ex-diplomata chinês Zhou Xiaoming em uma análise online no início deste mês antes das negociações de Genebra.
Onde as negociações chegarem até 12 de agosto, quando a janela de 90 dias se fecha, terá um grande impacto na trajetória mais ampla das relações entre as potências globais rivais. Mas enquanto isso, Pequim continua se preparando para uma ruptura de longo prazo com os EUA.
As tensões comerciais adicionaram urgência aos esforços duplos da China para impulsionar o consumo doméstico e expandir outros mercados de exportação, enquanto o governo procura maneiras de compensar a potencial perda de clientes americanos.
Xi e seus funcionários lançaram uma série de iniciativas diplomáticas visando parceiros da América Latina à Europa e ao Sudeste Asiático, projetando a China como um parceiro responsável – e oferecendo-se para fortalecer a cooperação ou expandir o livre comércio.
Pequim tem feito isso “brilhantemente”, segundo Suisheng Zhao, diretor do Centro de Cooperação China-EUA na Escola Josef Korbel de Estudos Internacionais em Denver.
“Se Trump continuar esta guerra tarifária (global), isso dará muita vantagem estratégica à China.”
E isso é importante para Pequim, ele acrescentou, porque independentemente do que acontecer nos próximos 90 dias, a rivalidade mais ampla entre EUA e China significa que ambos esperam se tornar menos dependentes um do outro.
“Não importa sobre o que eles conversem (nas negociações)… eles prefeririam reduzir seu comércio com o outro – essa é a tendência”, disse ele.
As Forças Armadas russas estão criando uma “zona de segurança” ao longo da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, falou o presidente Vladimir Putin na quinta-feira (22).
“Já falei que a decisão foi tomada para criar a zona de segurança necessária ao longo da fronteira. Nossas Forças Armadas estão atualmente resolvendo esse problema. Os pontos de tiro inimigos estão sendo ativamente suprimidos, o trabalho está em andamento”, afirmou Putin.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Heorhii Tykhyi, disse que o plano era “agressivo” e demonstrava que “a Rússia é o obstáculo para os esforços de paz agora”.
O anúncio de quinta-feira (22) foi feito antes de uma troca esperada de prisioneiros entre os dois países – resultado das negociações presenciais da semana passada na Turquia, a primeira vez que ambos mantiveram conversas diretas em três anos.
Ele reforçou a importância do plano de fronteira durante uma reunião na quinta-feira (22) com membros do governo, na qual discutiu a necessidade de “restaurar e reconstruir tudo o que foi destruído” na região fronteiriça.
Oficiais ucranianos retiram pessoas de cidades e vilas da linha de frente na região de Donetsk, Ucrânia, em 21 de maio. • Anatolii Stepanov/Reuters via CNN Newsource
“(Devemos) ajudar as pessoas a retornarem às suas aldeias e povoados de origem, (e) onde as condições de segurança permitirem, restaurar todo o transporte e outras infraestruturas”, acrescentou Putin.
O líder russo planeja realizar uma reunião dedicada para discutir os projetos de “restauração”, informou a mídia estatal russa na quinta-feira (22).
Novo ataque ucraniano na Rússia
Doze civis – incluindo duas crianças – ficaram feridos em um ataque ucraniano na cidade de Lgov, em Kursk, informou o governador em exercício da região.
Segundo uma avaliação inicial, quatro veículos, duas casas e um prédio de apartamentos também foram destruídos no ataque “massivo”, relatou a autoridade.
Putin discutiu a nova zona de amortecimento com autoridades municipais durante sua visita à região, segundo um relatório recente do Instituto para o Estudo da Guerra, um monitor de conflitos sediado nos EUA, publicado na quarta-feira (21).
O relatório diz que o presidente russo foi solicitado por uma autoridade local a criar a zona na região de Sumy, o qual Putin perguntou quantos quilômetros de profundidade a zona deveria ter.
Ele também falou durante a visita que as forças ucranianas estavam tentando se mover em direção à fronteira russa, segundo a agência de notícias RIA Novosti.
O Santos foi eliminado da Copa do Brasil após empatar em 0 a 0 contra o CRB, em Alagoas. A partida marcou o retorno de Neymar aos gramados, após um mês fora, por conta do tratamento de uma lesão na coxa esquerda.
Desde o aquecimento, antes do jogo começar, o camisa 10 do Peixe foi alvo de xingamentos da torcida da casa. No começo, Neymar não se importou, chegou a sorrir com a situação. Mas após o término da disputa de pênaltis, onde o Alvinegro foi derrotado por 5 a 4, o craque não se conteve.
Com os gritos exaltados vindos das arquibancadas, Neymar ostentou o escudo do Santos, apontando para os rivais, e fez um gesto exigindo silêncio à torcida do CRB.
“Neymar no Brasil vai ser ovacionado por todas as torcidas”
— Crônica Alvinegra (@cronicaalvinegr) May 23, 2025
A volta de Neymar
Nem a volta de Neymar pôde ajudar o Santos na Copa do Brasil.
A equipe de Cléber Xavier foi eliminada pelo CRB e, agora, só disputa o Campeonato Brasileiro em 2025. Uma queda difícil de digerir, mas que deixa algumas lições e, quem sabe, luz no fim do túnel com o retorno do craque.
Volta criativa e com pênaltis
O camisa 10 entrou aos 20 minutos da etapa complementar e, logo de cara, criou boas oportunidades para o Santos. Com três grandes passes, colocou Souza, Thaciano e Guilherme em condições de finalizar, mas o goleiro Matheus Albino salvou o CRB.
De quebra, o craque ainda assumiu a responsabilidade de bater o primeiro pênalti do Santos e converteu com maestria, sem chances para Matheus Albino, que terminaria como herói da noite ao defender a cobrança de Zé Ivaldo.
“Não sei (se vai renovar). O que dizer? Não tem o que dizer. A situação é muito ruim, a gente sabe disso. Só depende de nós para mudar a nossa situação. Eu sei que, comigo dentro de campo, as coisas são diferentes. Você viu que, em 20 e 25 minutos, eu posso fazer a diferença. Eu sei que posso ajudar meus companheiros”, disse, antes de completar:
“Primeiro jogo que eu voltei depois de um longo tempo. Mas também não pode depender só de mim. Todo mundo sabe da situação em que a gente está, e a gente precisa de todos os jogadores para sair desta situação”, analisou.
Agora, o Santos volta todas as atenções para o Campeonato Brasileiro. A equipe precisa reagir, já que, no momento, ocupa a 19ª posição na tabela, com apenas cinco pontos.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na última quarta-feira (21), o fim da reeleição para cargos de presidente da República, governadores e prefeitos, além de instalar o mandato de cinco anos e “eleições unificadas”. O texto agora irá para o plenário da Casa Legislativa. Entenda os próximos passos:
A PEC, que pretende mudar a forma como ocorrem as eleições no Brasil, tramita em regime de urgência.
O mandato de cinco anos também vale para deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores, segundo a proposta.
A matéria ainda prevê a uniformização dos mandatos, ou seja, unifica as datas de todas as eleições — municipais, estaduais e federais, que deverão ocorrer a cada cinco anos.
Para que as alterações não sejam repentinas, o relator, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), propôs um período de transição.
Pelo texto, a unificação completa das eleições ocorreria a partir de 2034. Atualmente, as eleições gerais e as eleições municipais são realizadas de forma separada com um período de dois anos entre cada uma.