Comer frutas e vegetais pode reduzir sofrimento mental, mostra estudo


O sofrimento psíquico, um dos maiores sintomas de quadros como depressão e ansiedade, pode ser reduzido com uma dieta mais rica em vegetais e frutas. A associação foi revelada em um estudo feito por pesquisadores australianos e publicada na revista International Journal of Environmental Research and Public Health em julho.

A conclusão foi feita após a análise de dados de três pesquisas de saúde pública que somaram mais de 45 mil australianos para entender a relação entre dieta e saúde mental.

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A investigação mostrou que pessoas que comiam menos de uma porção de vegetais por dia (aproximadamente 150 gramas) apresentaram 160% vezes mais chances de relatar os sintomas em comparação às que ingeriam cinco ou mais porções (a partir de 750 gramas).

Aumentar os vegetais pode afastar o risco

Das pessoas incluídas na amostra, 5,7 mil relataram ter níveis altos ou muito altos de sofrimento psicológico. Pouco mais de 50% dos participantes consumiram as porções diárias recomendadas de frutas e apenas 7,7% deles ingeriam as cinco ou seis porções diárias de vegetais que são aconselhadas.

O benefício de uma dieta reforçada em vegetais foi ainda mais consistente entre as mulheres. “Para elas, cada porção extra de vegetais adicionada ao prato parecia reduzir o risco de sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Não ultrapassamos, porém, as cinco porções diárias de vegetais”, afirma a professora Kerri Gillespie, uma das líderes do estudo, em entrevista ao site da Universidade de Queensland.

Entre homens, o efeito positivo atingiu o pico com três ou quatro porções. A pesquisadora detalha, porém, que as mulheres também começaram com um nível de sofrimento inicial muito mais alto e que os benefícios observados podem vir deste ajuste.

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Frutas ajudam, mas com limites

Para a professora Selena Bartlett, coautora do estudo, a amostra ampla do estudo reforça a relevância dos achados, embora ressalte que a correlação não significa causalidade. “Temos que ter cuidado para não confundir uma relação com uma ligação de causa e efeito. Mas, nossa pesquisa é uma oportunidade rara para pensarmos profundamente sobre como a dieta afeta nossa saúde psicológica, e acho que essa é a beleza do estudo”, afirma.

Além disso, não foi só o hábito de ingestão que mostrou correlações na dieta. Fatores como idade mais avançada, não praticar atividade física, ter ingestão frequente de álcool e fumar também foram associados a maiores índices de sofrimento psicológico na população analisada.

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