COP30 proíbe açaí em restaurantes oficiais por risco de contaminação


A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) proibiu a comercialização de todos os tipos de açaí e outros pratos tradicionais da cultura amazônica em restaurantes oficiais na COP30, em Belém, Pará. A proibição, expressa em edital para contratar restaurantes e quiosques para atender ao evento, aponta risco de contaminação.

O cadastro das propostas dos estabelecimentos foi aberto na última terça-feira (12). Se selecionados, os restaurantes e quiosques vão atuar em locais da Zona Azul e Zona Verde, onde acontecem as reuniões de cúpula, de 3 a 28 de novembro. Segundo o anexo que detalha alimentos proibidos, o açaí pode apresentar alto risco de contaminação pelo trypanosoma cruzi, vetor da doença de chagas, caso não seja pasteurizada. Mesmo os produtos que passaram pela pasteurização estão vetados, de acordo com a tabela.

O alimento esteve presente na COP28, em Dubai, no formato de sorvete. Nas redes sociais, Marcio Saboya, empresário responsável por levar o açaí para o espaço, afirmou que o alimento deveria estar na COP30 “como símbolo de sustentabilidade, biodiversidade e do poder transformador da nossa floresta”. O tucupi, caldo extraído da mandioca-brava, e a maniçoba também não podem estar no cardápio. A OEI alega que os dois alimentos, tradicionais da cultura paraense, podem conter toxinas naturais se não forem preparados adequadamente e pasteurizados.

A medida foi alvo de críticas nas redes sociais por internautas que alegaram desrespeito à cultura local. Por outro lado, usuários apontam que restrição pode alavancar a procura por restaurantes especializados na culinária de Belém. Carnes malpassadas, ostras cruas, maioneses e molhos caseiros e sucos de fruta in natura também foram proibidos por risco de contaminação.



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