Corpo de guia turístico morto em operação policial é exumado. Entenda


A Justiça acatou a solicitação do Ministério Público da Bahia que pediu a exumação do corpo do guia de turismo Victor Cerqueira Santos Santana, de 28 anos, morto em uma operação policial em 10 de maio. O homem era amplamente conhecido em Caraíva, distrito turístico localizado em Porto Seguro (BA). Diante disso, a população se mobilizou na cobrança por respostas acerca da morte inesperada.

Segundo informações de familiares, que criaram um perfil nas redes sociais para cobrar por Justiça, o Ministério Público instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) independente para apurar as circunstâncias da morte. A exumação ocorreu em 24 de maio.

Em uma publicação feita no perfil, a família explicou que a realização do procedimento visa aprofundar a perícia sobre a causa da morte e, sobretudo, esclarecer a dinâmica da ação policial, uma vez que, desde o início, a comunidade declara acreditar que houve abuso de poder por parte dos policiais envolvidos na operação.

Após a notícia da exumação, um post foi feito para pedir apoio.  “Continuar mobilizando importa. Cada voz que compartilha, denuncia e cobra para garantir que essa violência não seja esquecida e que a justiça seja feita”, escreveu.

O perfil criado para cobrar ações da Justiça já acumula cerca de 23,8 mil seguidores. “A exumação só acontece quando há indícios ou necessidade de esclarecer fatos que podem ter passados despercebidos na primeira análise, costuma ocorrer quando há fortes indícios de que a primeira análise foi insuficiente ou falhou em relatar a verdade completa dos fatos”, explicaram em uma mensagem exposta no perfil.

 

A morte

A morte de Victor — que era carinhosamente chamado de Vitinho pela comunidade — gerou revolta. Segundo moradores da região onde a operação conjunta entre a Polícia Militar da Bahia e da Polícia Federal foi deflagrada, o guia foi baleado quando os policiais procuravam por um suspeito conhecido como “Alongado”, líder de uma facção criminosa envolvida com tráfico de drogas, armas, homicídios e lavagem de dinheiro.

A população, indignada com um fato, alega que Victor não tinha envolvimento com nenhum dos crimes. O homem era guia de turismo e trabalhava com passeios de lancha e de buggy na região.

Dois dias após a morte, a população, comovida, se mobilizou em um protesto para pedir por Justiça. Eles alegavam que Victor não reagiu à abordagem, mas que teria sido levado algemado e, posteriormente, encontrado morto.



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