Debate para criação de lei para regulamentação das Feiras Culturais avança em Campo Grande – CGNotícias


A Prefeitura de Campo Grande e a Câmara Municipal deram um importante passo na construção de políticas públicas voltadas à regulamentação das Feiras Culturais da capital. Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (7), representantes da gestão municipal, vereadores, feirantes, artesãos, artistas, produtores culturais e a população em geral se reuniram para debater, de forma coletiva e participativa, a criação de uma legislação que fortaleça esses espaços de convivência, empreendedorismo e valorização da cultura local.

A proposta é consolidar um marco legal que reconheça e assegure os direitos e deveres de quem participa das Feiras Culturais, respeitando suas especificidades e promovendo a inclusão produtiva. A gestão municipal reafirmou seu compromisso com o fortalecimento do empreendedorismo local e destacou que a regulamentação é essencial para garantir respaldo jurídico às ações já realizadas, além de permitir a ampliação e o aperfeiçoamento desses eventos que movimentam a economia criativa da cidade.

A audiência marca o início de um processo colaborativo, em que os participantes apresentaram sugestões e relataram os desafios enfrentados no cotidiano das feiras. As falas evidenciaram a importância desses eventos como espaços de geração de renda, difusão cultural e construção de vínculos comunitários.

“A Feira Cultural é muito mais do que um local de venda. É um espaço onde a cultura se manifesta. Assim, o foco é organizar essas feiras que são importantes para a comunidade e o comércio local. A Prefeitura precisa regulamentar as Feiras Culturais, definindo como apoiar, estabelecendo normas, prevendo melhorias de estrutura, incentivando as associações de feirantes, visando promover o crescimento e a diversidade das feiras, com a participação de todos os envolvidos”, destacou o vereador Ronilço Guerreiro, um dos articuladores da audiência.

O assessor técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades), Oto Cândido, também enfatizou a importância da audiência como ponto de partida para a regulamentação. “O Executivo precisa dessa regulamentação para que possa promover as ações necessárias e intervir de forma a ajudar no desenvolvimento desse segmento tão importante para o nosso município na geração de receita e renda. Estamos à disposição para construir um grupo de trabalho, ouvi-los, e a partir disso montar um projeto de lei que possa efetivamente criar esse segmento e dar o apoio necessário às Feiras Culturais e à economia criativa”.

A fundadora e coordenadora do Projeto Coletivo Mulheres Empreendedoras, Rosane Nely, destacou o protagonismo feminino nas feiras e sua relevância social. “Temos 380 mulheres que participam do nosso projeto, e as Feiras Culturais são de suma importância. Desde 2020, temos atuado nesses eventos em Campo Grande. Essas feiras proporcionam de 50 a 200 empregos diretos e indiretos, em especial para mulheres artesãs, empreendedoras e mães atípicas, que encontram nas feiras uma oportunidade com maior flexibilidade de horário. Isso fomenta a economia das famílias, dos bairros onde atuamos, e promove cultura com ocupação de espaços com alegria e segurança. Por isso, é essencial o apoio da população e da gestão pública, com regras claras”.

Já a superintendente de Economia Criativa e Políticas Integradas do Governo do Estado, Luciana Cássia de Azambuja, trouxe dados relevantes sobre o impacto do setor. “Hoje, a economia criativa é responsável por 3,11% do PIB (Produto Interno Bruto), gerando 7 milhões de empregos formais, o que impacta diretamente a vida da população. Precisamos valorizar nossos talentos locais e apoiar quem está organizando essas feiras. E tanto as feiras livres quanto as culturais precisam ser mapeadas e conceituadas”.

O debate também buscou contemplar a diversidade de feiras existentes, com propostas que envolvem critérios para autorização de eventos, uso de espaços públicos, segurança, limpeza, acessibilidade, entre outros pontos. A Câmara Municipal se comprometeu a sistematizar as contribuições apresentadas e juntamente com o poder público municipal elaborar de um projeto de lei que contemple as diferentes vozes envolvidas no processo, garantindo que as Feiras Culturais continuem sendo um importante instrumento de transformação social e econômica.

A audiência pública representou um avanço significativo na busca por uma legislação que reconheça as Feiras Culturais como patrimônio cultural e econômico de Campo Grande. O diálogo entre o poder público e a sociedade civil deve seguir ativo, com o objetivo de atender às necessidades reais de quem vive, organiza e impulsiona esses espaços.

#ParaTodosVerem As imagens mostram a mesa de autoridades, auditório da Câmara e novamente mesa com autoridades.





Veja a matéria completa!

Cookie policy
We use our own and third party cookies to allow us to understand how the site is used and to support our marketing campaigns.

Hot daily news right into your inbox.