Em reunião com Galípolo, bancos discutem “dividir” ativos do Master com BRB


O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, se reúne neste sábado (5) com dirigentes de quatro dos maiores bancos privados do país para discutir o avanço da negociação entre o Banco Regional de Brasília (BRB) e o Banco Master.

Na mesa, uma fórmula para mitigar os riscos da operação: o BRB ficaria com a fatia principal da instituição, enquanto um consórcio de bancos privados assumiria os ativos considerados de maior risco, com operações lastreadas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

A informação foi antecipada pela Folha de S.Paulo e confirmada pela CNN, que ouviu uma fonte envolvida nas tratativas.

A ideia é uma solução completa: compra de precatórios, direitos creditórios de ações judiciais, ações de empresas e parte de crédito da fatia do Master. A expectativa é de que a proposta seja fechada até meados da próxima semana.

Por terem menor liquidez e maior risco, esses ativos foram apartados da parte comprada pelo BRB.

A proposta em discussão prevê que o BRB conclua a aquisição de 58% do capital do Master, como já aprovado pelo seu conselho. Paralelamente, o BTG assumiria parte dos precatórios, enquanto o consórcio formado pelos demais bancos ficaria com os ativos restantes, sob garantia do FGC.

O uso do fundo é justamente o principal ponto de preocupação dos grandes bancos. Responsáveis por sua maior parte, eles querem evitar que o FGC seja usado como proteção automática em operações que tragam riscos desproporcionais, sobretudo sem contribuição equivalente à sua sustentabilidade.

O temor é que instituições menores usem a cobertura do FGC como atrativo para captação, repassando o risco ao sistema financeiro.

O encontro com Galípolo contou com a presença diretor presidente do FGC, Daniel Ferreira Limados, dos presidentes Marcelo de Araújo Noronha (Bradesco), Mario Roberto Opice Leão (Santander), Milton Maluhy (Itaú-Unibanco), além do Chairman e Sócio Sênior do BTG, André Santos Esteves.

A operação do BRB ainda depende de aval do BC e do Cade. Pela proposta aprovada pelo Conselho no fim de março, o banco público vai pagar 75% do patrimônio líquido do Master para adquirir 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais.



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