A primeira picape média da Fiat no mercado nacional mudou de casa. A Stellantis deu início à produção seriada Titano em sua fábrica de Córdoba, na Argentina. Até então o veículo era montado pela Nordex, no Uruguai. Segundo a empresa o objetivo é atualizar a Fiat Titano e ampliar sua presença em novos mercados. Além da mudança de “maternidade”, a picape receberá novidades muito aguardadas pelos clientes.
O assunto foi revelado em entrevista coletiva com o presidente da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano. O executivo confirmou aprimoramento da Fiat Titano e ainda revelou que a fábrica na Argentina vai produzir outra picape, que não vai afetar os produtos feitos pela empresa em Minas e Pernambuco. A picape argentina chega em breve ao mercado brasileiro.
O grande destaque está no motor: a Fiat Titano 2026 passa a utilizar o propulsor 2.2 Multijet turbodiesel, o mesmo que já equipa os modelos Toro e Rampage no Brasil. Nas picapes vendidas por aqui, esse motor entrega 200 cv de potência e 450 Nm, e a expectativa é que esses números se mantenham na Titano fabricada em Córdoba. Esse novo motor representa um aumento de 20 cv e 50 Nm em relação ao antigo 2.2 turbodiesel utilizado até então pela picape.
Inicialmente 2.2 Multijet seguirá importado da Itália, mas a Stellantis já confirmou que iniciará a fabricação local do propulsor na Argentina a partir de 2027. De acordo com o executivo, Córdoba será um hub regional regional especializado na produção de picapes. Atualmente, além da Fiat Titano, a unidade também é responsável pela fabricação do sedã Fiat Cronos.
Além da motorização, a Titano vai ganhar novidades na suspensão e segurança. A picape deverá oferecer pacote ADAS (sigla para Advanced Driver Assistance Systems) em suas versões mais completas. Recursos como frenagem autônoma de emergência e assistente de permanência em faixa, já presentes em concorrentes como Ford Ranger, Toyota Hilux e Chevrolet S10, devem integrar a lista de equipamentos.
Por outro lado, o visual da picape deve permanecer igual o já conhecido na atual Titano. Derivada da chinesa Changan Hunter, a picape com a marca italiana ainda está sem segunda geração, enquanto a “irmã gêmea” já evoluiu para um novo visual e ganhou mais tecnologia. Com a mudança de fábrica, é provável que a Titano argentina ganhe novidades no futuro.
