Joia rara ou bijuteria? Como fiscais da Receita armaram megafraude


A Operação Snooker, deflagrada nesta quinta-feira (11/9) pela Polícia Federal em conjunto com a Corregedoria da Receita Federal, revelou os mecanismos de um esquema que, segundo as investigações, transformava prata em bijuteria no papel para driblar a fiscalização tributária e reduzir drasticamente os impostos de importação.

As apurações mostram que, entre 2020 e 2025, o grupo teria operado em duas frentes principais: a importação de produtos chineses e o ingresso irregular de grandes quantidades de prata.

A fraude só se sustentava porque documentos técnicos eram manipulados. De acordo com a investigação, um auditor fiscal e um perito credenciado pela Receita Federal, ambos afastados por decisão judicial, teriam atuado para validar relatórios e registros que davam aparência de legalidade às operações. A conduta é enquadrada em falsidade ideológica, com pena prevista de até cinco anos de prisão.

Além do descaminho, a investigação identificou indícios de corrupção ativa e passiva, fraude à fiscalização tributária e lavagem de dinheiro. Para movimentar os valores ilícitos, os investigados recorreram a empresas de fachada, interpostas pessoas e operações em criptoativos, alcançando cifras milionárias.

A Justiça determinou o bloqueio de contas, sequestro de veículos e de uma embarcação de luxo, além do congelamento de ativos digitais que somam mais de R$ 40 milhões.

Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em Fortaleza, Aquiraz, Maranguape, Maracanaú, Salvador e Barueri (SP), além de diligências no recinto alfandegário do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza.



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