Em um documento de 15 páginas e quase 20 anexos, o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB) responderam a uma série de questionamentos do Banco Central, nessa segunda-feira (28/7). Esse é o último passo da análise da operação que consiste na aquisição de 58% do capital do Master pelo BRB.
O Banco Central requisitou informações sobre o negócio em 21 tópicos. Há expectativa de que o BC aprove a compra em breve.
Desde que foi anunciada a intenção do BRB em adquirir o Banco Master, em março, a operação é escrutinada pelo BC. O presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, encontrou-se diversas vezes com o dono do Master, Daniel Vorcaro, e com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, para obter detalhes sobre o negócio.
Em 17 de junho, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição do Master pelo BRB. De acordo com a proposta, o BRB ficará com 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Master. A operação é avaliada em R$ 2 bilhões.
O assunto do mercado financeiro foi questionado no Judiciário, mas o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) João Egmont derrubou liminar que impedia a conclusão da aquisição, citando que a operação trata-se de compra de ações e não de controle total da empresa, o que não demandaria legislação própria.
Sem empecilhos na Justiça, a expectativa dos grupos envolvidos na operação é de que as informações dadas ao Banco Central nessa segunda-feira sejam suficientes para sanar as dúvidas e concluir o processo.