Queria criar algo inserido em um mundo próprio, afirma criador de ‘A Roda do Tempo’


Seja pelas tramas palacianas de “Game of Thrones“, pelas planícies arenosas de “Duna: A Profecia“, ou pela busca incessante pelos “Anéis do Poder“, na antiga Terra Média, não faltam séries de fantasia na televisão. Mesmo assim, “A Roda do Tempo” se tornou a produção mais vista na Prime Video de 2021 e retorna para a sua terceira temporada em 2025.

“Uma das coisas mais especiais sobre ‘A Roda do Tempo’ é que ela não está perseguindo nada. Quando eu comecei a adaptar os livros, muitos diziam que eu deveria transformá-los em série porque buscavam um novo ‘Game of Thrones’. Mas eu queria produzir algo que estivesse no seu próprio mundo”, diz Rafe Judkins, criador do seriado, durante sua vinda à CCXP 2024, em São Paulo.

Entre feiticeiros, monstros e outros seres místicos, a produção segue a onda de transformar a luta entre o bem e o mal em uma relação mais complexa, além do que os olhos enxergam. Cavalheiros em armaduras brancas, magos sábios e barbudos e fadas misericordiosas não estão mais aqui. Mas nem por isso os personagens deixam de lutar pelo que acreditam e batalhar por seus princípios.

Segundo Judkins, o centro da produção está em sua humanidade. “Sempre que tivermos que escolher entre a ação e os personagens, escolhemos os personagens. Para acompanhar a nossa história, você precisa estar com eles”, diz o showrunner. Segundo ele, a escala dos acontecimentos não é uma preocupação.

Baseada na saga literária do autor Robert Jordan, considerada a principal obra de literatura fantástica desde J.R.R Tolkien e o seu “O Senhor dos Anéis”, a adaptação custou cerca U$ 90 milhões de dólares em sua primeira temporada. O orçamento se aproxima dos U$ 15 milhões gastos por episódio na última temporada do drama medieval da HBO, que foi ao ar em 2019.

Ainda assim, ele garante que a escala dos acontecimentos, cobrança natural para um projeto desse tamanho, não é uma preocupação.

“Nós temos atores incríveis, então sempre podemos priorizar cenas que se resumem a duas pessoas conversando em uma sala. Certos shows de fantasia ou ficção científica não permitem isso, mas a força desses livros e suas histórias nos autoriza a seguir por esse caminho.”

Dividida em 14 livros, a trama de “A Roda do Tempo” acompanha as aventuras das Aes Sedai, clã de feiticeiras que acredita na reencarnação de um antigo ser responsável pela destruição do mundo, o Dragão Renascido. Responsável por combater uma força maligna, uma rebelde do grupo, vivida por Rosamund Pike, lidera cinco jovens em uma jornada para salvar o mundo, convicta de que um dos viajantes é a figura profética.

“Eu penso que a paixão das pessoas pelos livros vem das emoções humanas que estão no coração dessa história. Elas carregam uma série de nuances e isso permanece sendo um foco da série”, diz Madeleine Madden, que vive um dos cinco prodígios, Egwene.

Ela e o ator Joshua Stradowski, que vive Rand al’Thor, o tal Dragão Renascido, também estiveram no Brasil para o evento. O artista falou da emoção de trabalhar com a mesma equipe por bastante tempo. “Nós estamos trabalhando juntos pelos últimos cinco anos. É um projeto feito em conjunto e tenho plena confiança no caminho que estamos seguindo.”



Source link

Cookie policy
We use our own and third party cookies to allow us to understand how the site is used and to support our marketing campaigns.

Hot daily news right into your inbox.